Sustentabilidade

07/08/2025 04:00h

Grupos temáticos da SB COP debatem transição energética, economia circular e financiamento para uma economia de baixo carbono

Baixar áudio

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) ganhou destaque durante a São Paulo Climate Week. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reforçou o compromisso do setor privado com a agenda climática global, apresentando os avanços da iniciativa Sustainable Business COP (SB COP) e defendeu a presença ativa das empresas no evento internacional que será sediado no Brasil, em novembro, em Belém (PA).

Lançada pela CNI, a SB COP reúne empresas e instituições nacionais e internacionais em oito grupos de trabalho temáticos, como bioeconomia, economia circular, transição energética e cidades sustentáveis, com o objetivo de apresentar soluções concretas e viáveis para acelerar o cumprimento das metas do Acordo de Paris.

O superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, explicou que a SB COP nasceu como uma plataforma de mobilização do setor produtivo brasileiro com forte articulação internacional. Segundo ele, a iniciativa é estratégica para posicionar a indústria nacional como parte da solução no enfrentamento às mudanças climáticas.

“A SB COP é uma iniciativa de mobilização e engajamento do setor privado. É uma iniciativa que tem uma amplitude não só nacional, mas também internacional. Isso é importante porque você dá legitimidade e, dessa forma, você tem um alcance maior, uma amplitude maior de mostrar o que o setor privado tem feito para se fazer a transição para uma economia de baixo carbono”, afirmou.

Ele também ressaltou o papel da COP30 como vitrine para o Brasil demonstrar seu protagonismo sustentável. “A COP em Belém é uma oportunidade de mostrar que o Brasil é um país competitivo quando se fala em sustentabilidade, é um país que tem as suas vantagens comparativas, temos aí uma matriz energética e elétrica bastante limpa, somos o segundo maior produtor de biocombustíveis, uma indústria que consome energia mas emite pouco gás de efeito estufa, temos aí a maior biodiversidade do planeta 20% ou 15% só na Amazônia, temos água. Então, temos aí essas vantagens comparativas que a chave é como transformá-las em competitividade para que a gente possa gerar emprego, gerar renda, ter acesso a novos mercados”, completou.

SB COP: financiamento climático no centro do debate

Durante o painel moderado por Ricardo Mussa, chair da SB COP, representantes dos grupos de trabalho discutiram formas de destravar o financiamento para soluções climáticas. A pauta incluiu desde mecanismos para impulsionar a economia circular até a ampliação das chamadas green skills, ou competências verdes, em regiões vulneráveis do Brasil.

Outros temas debatidos foram:

  • Soluções baseadas na natureza e sua integração aos mercados de carbono;
  • Financiamento de infraestrutura urbana net-zero em cidades sustentáveis;
  • Mecanismos para acelerar a transição energética;
  • Ampliação de fluxos de capital para a bioeconomia no Sul Global.

Gabriela Dorlhiac, diretora executiva do ICC Brasil, destacou o papel do setor privado como agente implementador do Acordo de Paris e defendeu o fortalecimento da parceria com a SB COP.

Ao fim do painel, Mussa reforçou a importância de alinhar recomendações, soluções e instrumentos financeiros para garantir entregas concretas do setor produtivo brasileiro na COP30.

SB COP: Brasil como vitrine climática

Para Dan Ioschpe, Campeão Climático da COP30, o Brasil reúne as condições ideais para ser referência em uma transição verde global. “Temos tudo para expandir nossas cadeias de valor com base na sustentabilidade. Lá fora, somos vistos como um país de soluções”, afirmou.

O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, também destacou o papel do país no cenário climático internacional. “O Brasil é uma versão pequena do universo. Nossa missão é mostrar que, apesar das diversidades e desafios, é possível alcançar resultados concretos e inspirar avanços globais”, declarou.

SB COP: rumo à COP30

O evento também apresentou o Plano de Transformação Ecológica, coordenado pelo Ministério da Fazenda, e o programa Eco Invest, que pretende atrair investimentos privados internacionais para projetos de descarbonização da economia brasileira. A iniciativa prevê leilões para selecionar projetos com alto impacto climático e retorno financeiro, alinhando crescimento econômico e sustentabilidade.

Com a COP30 se aproximando, a CNI e os parceiros da SB COP seguem trabalhando para que o setor privado brasileiro esteja preparado para protagonizar soluções no maior evento climático do mundo.

Copiar textoCopiar o texto
04/08/2025 23:30h

Movimento da CNI e do Sebrae tem apoio da FIEP e vai conectar agentes do setor produtivo e tecnológico no Campus da Indústria

Baixar áudio

Curitiba será o ponto de encontro de lideranças, especialistas e representantes do setor industrial no próximo 7 de agosto, quando a cidade recebe a Jornada Nacional de Inovação da Indústria. O evento acontece no Campus da Indústria do Sistema Fiep e integra a iniciativa itinerante da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria, no Paraná, com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

Com o propósito de revelar, conectar e dar voz às ideias que impulsionam as transformações ecológica e digital, a Jornada percorre os 27 estados brasileiros para conhecer inovações tecnológicas com identidade regional e promover diálogos que inspirem a construção de soluções conjuntas para os desafios da indústria. A rota, iniciada em julho de 2025, será concluída em março de 2026, no 11º Congresso de Inovação da Indústria, onde será apresentado um panorama nacional das experiências colhidas.

Estão convidados a participar lideranças empresariais regionais, gestores de Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) e de Parques Tecnológicos, empresas de base tecnológica, investidores, assim como governo local e organizações nacionais ou internacionais.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas neste formulário

O diretor de Desenvolvimento Industrial, Tecnologia e Inovação da CNI, Jefferson Gomes, explica que a Jornada foi criada para conhecer experiências inspiradoras e, com isso, tecer uma grande rede de inovação brasileira. “O diferencial do movimento está na capacidade de mapear e articular, de forma integrada e colaborativa, os diversos atores do ecossistema em cada território, conectando desafios reais da indústria a soluções concretas”, afirma o diretor.

Luiz Tiago Dalla Stella, coordenador de Relacionamento e Negócios em Tecnologia e Inovação do Senai/PR, destaca o momento oportuno para que as indústrias paranaenses debatam soluções diretamente com a CNI. 

“É um momento estratégico para a indústria do Paraná mostrar sua força inovadora e ajudar a construir caminhos que levem nossas indústrias ao novo patamar de competitividade e maturidade de inovação. Será um prazer receber todas as indústrias de Curitiba e região”, disse Dalla Stella. 

Dinâmica regional

A Jornada em Curitiba terá a presença de Carlos Bork, superintendente de Projetos de Inovação da CNI, que pretende oferecer insights sobre os desafios e oportunidades nacionais no campo da inovação industrial.

Os debates vão girar em torno de temas estratégicos para o desenvolvimento industrial sustentável: transformação digital e infraestrutura de data centers, economia circular e sustentabilidade, formação de capital humano, inovação em energias renováveis e descarbonização na produção e escoamento de produtos da indústria de alimentos. Além disso, serão debatidos avanços e demandas relacionados a setores como mobilidade, maquinário agrícola e automotivo.

O evento contará com painéis sobre desafios e oportunidades da transição ecológica e da transformação digital no Paraná, reunindo especialistas e lideranças empresariais para mapear gargalos e identificar caminhos que tornem as indústrias mais competitivas e alinhadas às práticas sustentáveis.

Na programação, o destaque para a presença de empresas de referência. No Painel de Transição Ecológica, participam Grupo Boticário, Sanepar e Protium Dynamics. Já no Painel de Transformação Digital, estarão CNH, Bosch e Vetrii.

Próximos encontros

Após Curitiba, a Jornada seguirá para Londrina (15/08), Cascavel (19/08) e Foz do Iguaçu (21/08), de forma a ampliar o alcance dos debates e conectar mais pessoas à rede de inovação nacional.
 

Copiar textoCopiar o texto
24/07/2025 01:00h

Evento gratuito do Sebrae acontece de 23 a 25 de julho, com 70 atividades voltadas a agentes públicos e representantes de governos. Inscrições estão abertas

Baixar áudio

O Sebrae promove em Brasília, de 23 a 25 de julho, a edição de 2025 do “Transformar Juntos”. O evento ocorre no hotel Royal Tulip, é gratuito e aberto ao público. A programação conta com 70 atividades focadas no tema central deste ano: sustentabilidade, inovação e desenvolvimento territorial.

A iniciativa é voltada principalmente para agentes de desenvolvimento, gestores públicos e representantes de prefeituras e governos estaduais. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial ou diretamente no local do evento.

O diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, afirma que o encontro tem como objetivo o compartilhamento de tecnologias, recursos e conhecimentos com o poder público, oferecidos pelo Sebrae e parceiros. “Aqui a gente pega as principais políticas disponíveis no Brasil e tenta não só articular e mobilizar, mas como instrumentalizar, colocar à disposição desses gestores que fomentam o empreendedorismo, melhoram o ambiente, estimulam a economia local — é dar as condições para que a economia flua.”

O ministro do Turismo, Celso Sabino, também destaca a relevância da iniciativa. “Um evento como esse reforça as nossas ações na área da sustentabilidade, da resiliência. O Brasil hoje tem um diferencial competitivo muito grande nessa direção, na utilização responsável e solidária dos nossos recursos humanos. E o Sebrae tem sido um grande parceiro no fortalecimento dessas cadeias produtivas”. 

Programação

Durante os três dias, palestras e oficinas abordarão temas cruciais para o avanço do país, como boas práticas de desenvolvimento territorial, atuação conjunta, associativismo, bancos comunitários e moedas sociais.

Entre os palestrantes confirmados, estão Leandro Grass, presidente do IPHAN; Everton Santos, diretor de Normas e Sistemas do Ministério da Gestão e Inovação (MGI); e o prefeito de Maringá, Silvio Barros.

A programação também promoverá discussões aprofundadas sobre transição energética justa, resiliência climática e cidades inteligentes. O empreendedorismo como política de governo e a inteligência artificial também serão destaques.

O presidente do Sebrae, Décio Lima, acredita que a sustentabilidade — pauta principal da edição deste ano — deve ser o pilar central da economia. “Nós não podemos mais imaginar a abertura de uma economia, seja ela pequena ou grande, que não esteja consolidada no conceito da sustentabilidade. Uma economia agressiva, por natureza, já nasce sem possibilidade de crescimento. A sustentabilidade é um conceito consagrado, principalmente no modelo da pequena economia brasileira”.

Novidades

A edição de 2025 contará com um painel especial com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que discutirá os recursos da educação, com foco no programa Dinheiro Direto na Escola. 

Outra novidade é o empório de expositores, com produtos para exposição e venda com Indicação Geográfica de diversas regiões do Brasil. 

Copiar textoCopiar o texto
23/07/2025 04:00h

Movimento da CNI e do Sebrae tem apoio da FIESC e vai conectar atores do setor produtivo e tecnológico locais; confira datas e locais

Baixar áudio

A Jornada Nacional de Inovação da Indústria chega aos municípios de Joinville e de Criciúma nos próximos dias 29 e 30 de julho, respectivamente. Iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o evento busca mapear desafios, revelar soluções e impulsionar conexões em torno das transições ecológica e digital. A meta é percorrer todas as regiões do país ao longo de nove meses e apresentar o resultado do trabalho no 11º Congresso de Inovação da Indústria, previsto para março de 2026. 

De forma gratuita, estão convidados a participar lideranças empresariais regionais, gestores de Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) e de Parques Tecnológicos, empresas de base tecnológica, investidores, assim como governo local e organizações nacionais ou internacionais. O objetivo é promover a articulação do ecossistema de inovação em torno dos temas inteligência artificial, economia circular, transição energética e deep techs – startups baseadas em descobertas científicas com alto potencial de impacto.

O diretor de Desenvolvimento Industrial, Tecnologia e Inovação da CNI, Jefferson Gomes, explica que a Jornada foi criada para conhecer inovações tecnológicas com identidade regional, promover diálogos e experiências inspiradoras e, com isso, tecer uma grande rede de inovação brasileira. “O diferencial do movimento está na capacidade de mapear e articular, de forma integrada e colaborativa, os diversos atores do ecossistema em cada território, conectando desafios reais da indústria a soluções concretas.”

Para José Eduardo Fiates, diretor de Inovação e Competitividade da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), é hora de refinar as práticas de inovação e sustentabilidade. “A inovação, apesar de ter se tornado muito popular nos últimos anos, ainda não foi totalmente compreendida pelas empresas e pela sociedade. A popularização simplificou o conceito. Inovação não é simplesmente uma novidade. É uma vantagem competitiva nos mercados nacional e internacional, por meio do uso intenso de conhecimento de ciência e tecnologia”, afirmou o diretor.

Deep techs, transições ecológica e energética, sustentabilidade e inteligência artificial são temas contemporâneos, fundamentais para a internacionalização das indústrias brasileiras, na avaliação de Fiates. “Já estamos na fase de superar o porquê e partir para o que tem que ser feito, como tem que ser feito”, disse o diretor da FIESC.

Entre o público integrante da Jornada de Inovação da Indústria, Fiates destaca as empresas, como grupo finalístico estratégico. “O processo de inovação acontece nas empresas, são elas que levam esse conhecimento científico-tecnológico aplicado na forma de produtos e serviços que são competitivos resultando em arrecadação, receita, PIB.”

Jornada Nacional de Inovação da Indústria em SC

- 29/07 - Joinville - Instituto SENAI-SC de Inovação em Sistemas de Manufatura, Rua Arno Waldemar Döhler, 308 - Santo Antônio;
- 30/07 - Criciúma - Centro de Inovação de Criciúma (CRIO), Rua Henrique Lage, 666, Centro.

Considerada a capital brasileira da agroindústria, Chapecó foi a primeira parada da Jornada em Santa Catarina. O encontro ocorreu no último dia 14 de julho. Representantes das empresas WEG, Kellanova, Zagonel e Aurora Coop compartilharam experiências de inovação e sustentabilidade

Além dos encontros locais, o estado catarinense também sediará o Encontro Regional Sul, nos dias 11 e 12 de setembro, em Florianópolis. A capital será ponto de convergência das iniciativas dos três estados da região.
 

Copiar textoCopiar o texto
21/07/2025 02:00h

Estudo da USP mostra que até estados sem litoral se beneficiam das atividades econômicas ligadas aos oceanos, como petróleo, pesca e turismo

Baixar áudio

A economia azul contribui diretamente com 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, gerando um milhão de empregos diretos e 4,7 milhões de empregos indiretos. Isso representa 1,07% da força de trabalho nacional empregada. Os dados fazem parte do estudo “Tons de Azul: a estrutura regional da economia oceânica no Brasil”, realizado pelos professores da Universidade de São Paulo (USP) Eduardo Haddad e Inácio Araújo.

O termo economia azul, ou economia oceânica, refere-se ao uso sustentável dos recursos oceânicos para o crescimento econômico, a melhoria dos meios de subsistência e a sustentabilidade ambiental.

O estudo trata da interdependência econômica entre as regiões costeiras e o interior do país, por meio de vínculos inter-regionais. Segundo os autores, mesmo os municípios que não estão localizados na costa brasileira se beneficiam dos recursos gerados por esse setor produtivo.

Dos 5.570 municípios brasileiros, 2.980 são banhados pelo oceano Atlântico e fazem parte diretamente da economia azul, com destaque para cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo, responsáveis pela maior parte dos recursos gerados por serem produtoras de petróleo.

No geral, a extração de petróleo e gás foi responsável por 97% dos valores atribuídos à economia azul. Além da extração e da mineração, entre os setores que compõem essa economia estão a pesca, a aquicultura, o turismo, a energia renovável e o transporte marítimo.

Outros setores

No Nordeste, a maior contribuição para a economia azul vem do setor de hotelaria, que respondeu, em 2019, por 2,9% do PIB da região. Os estados que mais se destacaram foram Ceará, Bahia, Alagoas e Pernambuco.

Com exceção do Maranhão, os estados do Nordeste brasileiro (Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia) se destacam em atividades turísticas costeiras. O Maranhão, assim como Santa Catarina, sobressai na produção de pescado.

Além de produtores de petróleo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná apresentam especialização no transporte marítimo. O professor Inácio Araújo destaca a importância da economia azul:

"Acho que a mensagem importante é que economia azul geral um milhão de empregos diretos. Quando a gente considera os empregos indiretos, são 4,7 milhões de empregos. Em relação ao PIB, também tem números expressivos. Em termos diretos, 2,9% do PIB do Brasil está relacionado à economia azul. Então, são números expressivos. E quando a gente pensa em formação de políticas, embora a gente já tenha políticas nacionais voltadas para a política marítima e para a política nacional de recursos do mar, a gente tem que pensar que a política pública tem que ser pensada levando em consideração a política nacional”, disse professor”.

Os autores do estudo estimam que os estados sem litoral também se beneficiam indiretamente das atividades da economia azul, gerando 435.741 empregos.

Rank Município R$ milhões % do total % acumulado % da produção local
1 Maricá (RJ) 55.416,8 15,02% 15,02% 83,47%
2 Niterói (RJ) 39.847,2 10,80% 25,82% 58,57%
3 Campos dos Goytacazes (RJ) 26.778,3 7,26% 33,08% 66,99%
4 Rio de Janeiro (RJ) 26.319,8 7,13% 40,22% 11,30%
5 Ilhabela (SP) 20.933,6 5,67% 45,89% 79,65%
6 Saquarema (RJ) 14.580,7 3,95% 49,84% 83,04%
7 Cabo Frio (RJ) 10.777,2 2,92% 52,76% 67,83%
8 Macaé (RJ) 10.120,8 2,74% 55,51% 57,39%
9 Presidente Kennedy (ES) 9.315,1 2,52% 58,03% 88,70%
10 São João da Barra (RJ) 7.273,2 1,97% 60,00% 57,59%
11 Marataízes (ES) 7.116,5 1,93% 61,93% 71,63%
12 Santos (SP) 6.765,2 1,83% 63,77% 31,74%
13 Rio das Ostras (RJ) 6.589,7 1,79% 65,55% 55,06%
14 Itapemirim (ES) 6.331,1 1,72% 67,27% 80,79%
15 Quissamã (RJ) 5.406,6 1,47% 68,73% 88,99%
16 Itajaí (SC) 4.531,4 1,23% 69,96% 23,44%
17 Salvador (BA) 4.374,6 1,19% 71,15% 8,28%
18 Duque de Caxias (RJ) 3.882,3 1,05% 72,20% 12,84%
19 Angra dos Reis (RJ) 3.846,8 1,04% 73,24% 43,87%
20 Fortaleza (CE) 3.738,4 1,01% 74,26% 7,28%
21 Arraial do Cabo (RJ) 3.519,5 0,95% 75,21% 82,46%
22 Itaguaí (RJ) 3.102,7 0,84% 76,05% 39,59%
23 Paraty (RJ) 3.002,1 0,81% 76,86% 70,54%
24 Vitória (ES) 2.992,6 0,81% 77,68% 22,21%
25 Paranaguá (PR) 2.977,5 0,81% 78,48% 36,55%
26 Guarujá (SP) 2.950,2 0,80% 79,28% 32,93%
27 São Luís (MA) 2.930,2 0,79% 80,08% 15,54%
28 Armação dos Búzios (RJ) 2.729,3 0,74% 80,82% 67,70%
29 São Gonçalo (RJ) 2.532,8 0,69% 81,50% 15,35%
30 Recife (PE) 2.456,4 0,67% 82,17% 6,50%
31 Araruama (RJ) 2.211,2 0,60% 82,77% 53,15%
32 Ipojuca (PE) 2.139,0 0,58% 83,35% 39,04%
33 Casimiro de Abreu (RJ) 1.997,0 0,54% 83,89% 69,82%
34 Aracruz (ES) 1.908,9 0,52% 84,41% 36,95%
35 Navegantes (SC) 1.874,6 0,51% 84,92% 43,87%
36 Praia Grande (SP) 1.829,5 0,50% 85,41% 23,09%
37 Florianópolis (SC) 1.794,2 0,49% 85,90% 10,74%
38 Mangaratiba (RJ) 1.736,9 0,47% 86,37% 62,24%
39 Natal (RN) 1.716,4 0,47% 86,83% 9,17%
40 Rio Grande (RS) 1.636,2 0,44% 87,28% 20,93%
41 Balneário Camboriú (SC) 1.365,2 0,37% 87,65% 19,47%
42 Maceió (AL) 1.273,5 0,35% 87,99% 6,90%
43 Cairu (BA) 1.213,4 0,33% 88,32% 70,57%
44 Aracaju (SE) 1.126,0 0,31% 88,63% 8,06%
45 Camaçari (BA) 1.120,5 0,30% 88,93% 11,88%
46 João Pessoa (PB) 1.083,7 0,29% 89,22% 7,18%
47 São Sebastião (SP) 1.075,6 0,29% 89,52% 29,40%
48 Serra (ES) 1.070,6 0,29% 89,81% 6,18%
49 Vila Velha (ES) 923,9 0,25% 90,06% 9,16%
50 Magé (RJ) 907,2 0,25% 90,30% 25,73%
Copiar textoCopiar o texto

A iniciativa estabelece IPI zero para veículos mais econômicos, sustentáveis e produzidos no Brasil

Baixar áudio

General Motors, Renault, Volkswagem, Hyundai e Stellants enviaram ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na sexta-feira (11) pedido de credenciamento de cinco modelos de veículos de entrada no programa Carro Sustentável – que garante IPI Zero para automóveis mais econômicos, sustentáveis e com fabricação no Brasil. O Carro Sustentável complementa, sob o ponto de vista fiscal, o Programa (Mobilidade Verde e Inovação) Mover, criado em dezembro de 2023.

O Carro Sustentável foi lançado na última quinta-feira (10), pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alkimin, após a assinatura pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Decreto 12.549, que estabelece as regras fiscais do programa. 

O regramento determina redução de IPI para carros menos poluentes, mais leves e que atendam a requisitos de reciclabilidade. Enquanto isso, os veículos que mais poluem terão alíquotas maiores, promovendo justiça social e ambiental sem nenhum impacto fiscal. O decreto também determina que veículos compactos com alta eficiência energética-ambiental e fabricados no Brasil tenham o IPI zerado. 

No lançamento do Programa, Alckim garantiu que o decreto não terá impacto fiscal. Ele redefine a tabela do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que foi construída como um mecanismo de soma zero, em relação ao total de carros vendidos no Brasil. Com validade até dezembro de 2026, o decreto antecede os efeitos da Reforma Tributária.

Para ter direito ao IPI zero, o carro sustentável deve atender a quatro requisitos: emitir menos de 83 gramas de CO₂ por quilômetro; conter mais de 80% de materiais recicláveis; ser fabricado no Brasil (com etapas como soldagem, pintura, fabricação do motor e montagem no país); e se enquadrar em uma das categorias de carro compacto. A legislação também incentiva a industrialização do país, preservando os empregos e com a diretriz da sustentabilidade realçada.

Medida elogiada

O advogado Fabrício Soler, sócio da S2F Partners, consultoria internacional de gestão de resíduos e economia circular, e membro do Pacto da ONU para temas de economia Circular, elogiou o teor do Decreto por trazer diretrizes fiscais que efetivamente impulsionam a agenda ambiental. 

"Na linha da economia circular, nós temos como objetivos um ambiente normativo e institucional favorável à economia circular e mais, fomentar a inovação, a geração de competência para reutilizar e promover o desenho circular e também, naturalmente, propondo instrumentos financeiros de auxílio a economia circular. Na minha opinião, tudo que foi feito no âmbito do Mover e do Carro Sustentável estão aderentes à estratégia nacional de economia Circular, ao Plano Nacional de Economia Circular recentemente veiculado”,  ressalta Fabrício.

O presidente da Associação Nacional dos Veículos Automotores (Anfavea), Igor Carvel, participou do lançamento do Programa e também elogiou a iniciativa. Segundo ele, a Anfavea apoia o Carro Sustentável, que é a continuidade do que já foi publicado pelo governo, uma opção a mais do ponto de vista do IPI para aquilo que realmente importa, carros sustentáveis, que emitem menos e que tenham etapas fabris no país. 

Copiar textoCopiar o texto
04/07/2025 15:10h

Iniciativa do Banco da Amazônia com a AFD apoia inovação e sustentabilidade em comunidades tradicionais e cadeias da sociobiodiversidade; inscrições vão até 31 de julho

Baixar áudio

Organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, cooperativas, microempresas e startups do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão e Pará têm uma oportunidade para colocar em prática projetos voltados à bioeconomia. As inscrições para o edital AMABIO, do Banco da Amazônia, vão até 31 de julho

A iniciativa vai destinar até R$ 4 milhões para financiar iniciativas sustentáveis na Região Amazônica. As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, no site do banco.

Clique aqui para acessar o edital completo, com critérios de seleção, lista de documentos obrigatórios e formulário de inscrição. 

Cada proposta poderá receber até R$ 150 mil, em apoio financeiro não reembolsável. Além disso, cada projeto deverá ter duração máxima de 12 meses. Não há possibilidade de prorrogação.

O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, destaca que o intuito é fortalecer cadeias produtivas sustentáveis, além de promover inovação na Região Amazônica.

“Esse edital é um marco para a bioeconomia amazônica. Ele reconhece o papel estratégico das organizações locais e busca apoiar soluções baseadas na floresta, na ciência e nos conhecimentos tradicionais para gerar renda, inclusão e sustentabilidade”, afirma.

A iniciativa integra o Programa AMABIO, Financiamento Sustentável e Inclusivo da Bioeconomia Amazônica. Trata-se de uma parceria entre o Banco e o Grupo Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), com apoio técnico da Expertise France. 

Linhas temáticas 

As instituições interessadas em submeter projetos devem estar formalmente constituídas há pelo menos dois anos e atuar com bioeconomia e desenvolvimento sustentável na Amazônia.

A medida é voltada a organizações da sociedade civil, startups, microempresas e cooperativas.

Além disso, o edital do AMABIO contempla duas linhas de apoio – que devem ser seguidas pelos interessados. Confira as linhas temáticas:

●    Linha 1: fortalecimento de organizações de povos e comunidades tradicionais, de base comunitária, como organizações de agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, aquicultores, silvicultores, povos indígenas, quilombolas e outros povos e comunidades tradicionais da Amazônia.

Atividades que poderão ser apoiadas pelas propostas na linha  temática 1 podem ser, por exemplo, voltadas ao desenvolvimento de planos de negócio, estudos de viabilidade e estratégias de comercialização e apoio à inclusão digital e conectividade em territórios tradicionais.

●    Linha 2: inovação nas cadeias de valor da bioeconomia na Amazônia, que apoia o desenvolvimento e a implementação de soluções inovadoras nas cadeias de valor da sociobiodiversidade da região, focalizando esforços na sustentabilidade ambiental.

Entre os projetos que podem ser inscritos na linha temática 2 estão os destinados à implantação de soluções inovadoras para o reaproveitamento de resíduos, como cascas, sementes, bagaço e folhas em bioinsumos, cosméticos, alimentação ou artesanato, por exemplo.

Processo seletivo

O processo seletivo será dividido em três etapas. Confira:

●    Triagem de elegibilidade;
●    Análise técnica e de mérito;
●    Deliberação final.

A Comissão de Seleção será composta por representantes da instituição financeira, da Agência Francesa de Desenvolvimento, da Expertise France e por especialistas convidados com notório saber em bioeconomia, inovação, saberes locais ou tradicionais e desenvolvimento sustentável.

A seleção deve considerar os seguintes critérios técnicos:

●    Relevância estratégica
●    Impacto socioambiental
●    Grau de inovação
●    Sustentabilidade
●    Inclusão e diversidade
●    Capacidade de gestão

A publicação do resultado final está prevista para ocorrer no dia 10 de outubro de 2025.

Programa AMABIO

O Programa AMABIO foi instituído por meio de uma parceria bilateral entre Brasil e França. No total, a iniciativa deve mobilizar, nos próximos quatro anos, 1 bilhão de euros em investimentos para promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia.

A ideia é contribuir para o desenvolvimento da bioeconomia na região, com apoio à população que vive nessa área e à biodiversidade.

O programa conta com parceria de instituições financeiras que atuam na região, como é o caso do Banco da Amazônia. 

Copiar textoCopiar o texto
01/07/2025 18:45h

De aeroportos à gestão de esgoto, linha do Banco da Amazônia apoia ações que reduzem emissões de gases de efeito estufa e promovem acesso a serviços essenciais com menor impacto ambiental

Baixar áudio

Lançada em 2025, a nova Política de Sustentabilidade do Governo Federal busca transformar terminais portuários e aeroviários com foco em inclusão social, transparência e práticas que reduzam os impactos ambientais. No setor público, foi criada uma agenda anual com projetos e ajustes regulatórios. Já no setor privado, as mudanças nos terminais serão conduzidas por meio do Pacto pela Sustentabilidade, lançado recentemente pelo Ministério de Portos e Aeroportos.

Nesse contexto, o Banco da Amazônia atua com a oferta de um financiamento que pode ajudar no cumprimento das medidas estabelecidas. É a linha FNO - Amazônia Infraestrutura Verde, voltada para projetos que conectam infraestrutura à sustentabilidade. A linha contempla os portos e aeroportos

O gerente executivo de Pessoa Jurídica e Relacionamento com Bancos da instituição, Luiz Lourenço de Souza Neto, explica que esse tipo de financiamento tem o propósito de promover o desenvolvimento econômico da região, com o apoio de outras empresas, inclusive internacionais.

“Existem outras instituições financeiras, outros mecanismos que apoiam também esses projetos, dada a importância e o tamanho deles para onde são implantados. Então, falando a respeito apenas do banco, se a gente for olhar o que a gente tem de expectativa para os próximos quatro anos, a gente com certeza deve superar a casa de R$ 10 bilhões aplicados em infraestrutura na Amazônia”, pontua.

Entre as companhias contempladas com essa iniciativa está a VINCI Airports  – concessionária responsável por sete aeroportos na Região Norte. Nesse caso específico, o financiamento do Banco da Amazônia foi de R$ 750 milhões. Os recursos serão investidos pela empresa em um projeto de infraestrutura aeroportuária que visa promover melhorias para os usuários, ao passo que também incorpora práticas sustentáveis.

De maneira geral, a companhia trabalha com a meta de reduzir pela metade a emissão de gases de efeito estufa até 2030. Até 2050, a empresa pretende zerar essa emissão. Atualmente, a VINCI Airports atua junto aos terminais de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no Acre; Boa Vista, em Roraima; Porto Velho, em Rondônia; além de Manaus, Tabatinga e Tefé, no Amazonas.

Outras áreas apoiadas

Entre as áreas apoiadas, também se destaca a infraestrutura para água e esgoto; geração de energia elétrica de fontes renováveis; sistema de telefonia fixa ou móvel e banda larga em comunidades, além das seguintes:

  • Usinas de compostagem e/ou aterro sanitário sustentável;
  • Armazenamento de energia de fonte renovável;
  • Transmissão e distribuição de energia;
  • Demais obras estruturantes ecológicas e sustentáveis.

Outro  projeto que contou com o apoio dessa linha foi desenvolvido na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) - campus Capitão Poço (PA). Trata-se de uma fossa ecológica denominada Bacia de Evapotranspiração (BET). O sistema é uma alternativa eficiente para tratamento do esgoto, que funciona de forma independente da rede pública. 

Dentro do tanque, ocorre um processo de decomposição, chamado de fermentação, realizado pelas bactérias. Esse processo é a quebra ou a degradação do esgoto, essencial para o funcionamento do sistema e para que o esgoto chegue nas camadas superiores de forma mais limpa.

Segundo a professora Thaisa Pegoraro, coordenadora do projeto, essa parceria com a instituição financeira foi essencial para a elaboração dessa iniciativa. 

“O recurso que vem para a universidade, infelizmente, não é suficiente para atender a infraestrutura destinada a projetos de pesquisa e extensão. Então, é por este motivo que a parceria com o banco é realmente essencial e nós também somos muito gratos a isso”, afirma. 

Uma das estruturas foi instalada na escola Humberto Fernandes, no município de Garrafão do Norte (PA), para atender cerca de 60 alunos. Até então, a unidade escolar contava com uma fossa rudimentar. 

Condições

Quanto à linha FNO - Amazônia Infraestrutura Verde, é levada em conta a taxa de juros dos fundos constitucionais (TFC), diferenciada por setor, porte e finalidade. O prazo definido é de até 34 anos, com carência de até 08 anos. Esse modelo de financiamento é disponibilizado para empresas de todos os portes, com exceção de microempreendedor individual (MEI).

Copiar textoCopiar o texto
30/06/2025 20:00h

Iniciativa amplia crédito com juros mais baixos para produtores rurais; montante é destinado a políticas de crédito rural, compras públicas, seguro agrícola, assistência técnica, garantia de preço mínimo, entre outras ações

Baixar áudio

Em cerimônia no Palácio do Planalto, o Governo Federal anunciou, nesta segunda-feira (30), que vai disponibilizar R$ 89 bilhões de crédito aos produtores rurais por meio do Plano Safra 2024/2025. Do total, R$ 78,2 bilhões são do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) – o que representa um aumento de 47,5% do crédito rural para a agricultura familiar em comparação ao último governo.

De acordo com o governo, os juros variam de 0,5% a 8% ao ano no Pronaf.

No evento, o ministro do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que o montante representa um recorde histórico de recursos para o Pronaf e juros negativos para a produção de alimentos.

“Queremos que todo agricultor possa ter dignidade, possa ter conforto no trabalho, no campo, para produzir alimentos para colocar nas mesas do povo brasileiro”, afirmou o ministro.

O governo anunciou que manteve a taxa de juros de 3% para financiar a produção de alimentos da cesta básica, como arroz, feijão, mandioca, frutas, verduras, ovos e leite. A taxa deve cair para 2% quando o cultivo for proveniente da sociobiodiversidade, agroecologia ou se for orgânico.

Entre as novidades do crédito rural, o novo Pronaf B Agroecologia estabelece que o microcrédito agora pode financiar sistemas agroecológicos, em transição e orgânicos

Conforme o governo, agora todos os bancos passaram a ter microcrédito orientado, como o Banco da Amazônia – com foco na sustentabilidade e no apoio aos pequenos e médios produtores. A linha de crédito oferece condições especiais para aquisição de equipamentos, por exemplo.

Do total de recursos relacionados ao seguro agrícola, R$ 1,1 bilhão foram destinados para o Garantia-Safra e R$ 5,7 bilhões para o Proagro Mais. Outros R$ 3,7 bilhões foram destinados às compras públicas de produtos da agricultura familiar e R$ 240 milhões para assistência técnica. 

O balanço do governo aponta que a soma dos últimos dois Planos Safra totaliza mais de R$ 225 bilhões de crédito rural destinado à agricultura familiar. Para a atual safra foram criadas linhas para apoiar a agroecologia, irrigação sustentável, adaptação às mudanças climáticas, quintais produtivos rurais, conectividade e acessibilidade no campo.

O evento em Brasília contou com a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, entre outras autoridades.

Mecanização 

O novo Plano Safra da Agricultura Familiar oferece mais incentivos para a mecanização, no contexto do Programa Mais Alimentos. 

Na nova linha de mecanização, o limite para a compra de máquinas e equipamentos menores foi ampliado de R$ 50 mil para R$ 100 mil. Além disso, houve a manutenção da taxa de juros de 2.5%.

Já para as máquinas maiores, de até R$ 250 mil, a taxa de juros é de 5%.

Outra novidade foi o lançamento do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara) – cujo decreto foi assinado durante a cerimônia. O objetivo é incentivar práticas agrícolas mais seguras e saudáveis.

O programa prevê ações integradas de pesquisa científica, monitoramento de resíduos de agrotóxicos em alimentos e no ambiente. Outro eixo é incentivar o desenvolvimento da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Além disso, será dedicado à ampliação do uso de bioinsumos – ou seja, com atuação pela substituição do uso de agrotóxicos por produtos biológicos.

Adaptação às mudanças climáticas no contexto da irrigação sustentável

Com vistas a apoiar os produtores a se adaptarem às adversidades climáticas, os produtores rurais poderão contar com uma linha de crédito destinada à irrigação com energia solar e práticas adaptadas ao clima pelo Pronaf Adaptação às Mudanças Climáticas. 
Programa Nacional de Irrigação Sustentável

A ideia é promover irrigação eficiente, energia limpa e agroecologia, com oferta de assistência técnica, extensão rural e acesso à água aos agricultores. 

Confira como será a linha de crédito para irrigação adaptadas ao clima:

●    Limite de até R$ 40 mil (Pronaf Semiárido e adaptação às mudanças climáticas)
●    até R$ 100 mil (Pronaf Mais Alimentos)
●    até R$ 250 mil (Pronaf Bioeconomia)
●    Juros de 3% ao ano (Pronaf Semiárido e Pronaf Bioeconomia) ou 2,5% (Pronaf Mais Alimentos) e prazo de reembolso de até 10 anos, com carência de até 3 anos

O Programa Nacional de Irrigação Sustentável teve o decreto assinado durante o evento e é uma ação conjunta dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), do Ministério de Minas e Energia (MME) e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

Lançamentos com decretos assinados no evento 

Além do decreto que viabiliza o Pronara e o programa de irrigação sustentável, o presidente Lula e os ministros envolvidos nas iniciativas também assinaram os decretos sobre outros programas destinados ao apoio à agricultura familiar no Brasil. Confira os lançamentos:

Programa de Transferência de Embriões: uma iniciativa pioneira para estimular  a inovação da cadeia leiteira, com promoção da qualidade genética para garantir maior produtividade;

Programa SocioBio Mais: um substituto do PGPM-Bio com vistas a garantir o pagamento fixo para três produtos da sociobiodiversidade, sendo: babaçu, pirarucu e borracha. Para esta finalidade foram destinados R$ 42,2 milhões para garantia de preço mínimo desse setor.

Agronegócio

Está marcado para esta terça-feira (1º) o anúncio do Plano Safra 2025/2026 para o agronegócio, com crédito rural e programas destinados a médios e grandes produtores do país.
 

Copiar textoCopiar o texto
29/06/2025 01:00h

Instituições como o Banco da Amazônia ampliam financiamentos para microgeração, veículos elétricos e projetos sustentáveis em áreas rurais e urbanas

Baixar áudio

Entre janeiro e abril de 2025, mais de 258 mil consumidores passaram a usar sistemas de micro e minigeração distribuída de energia elétrica, no país. Esse volume resultou em um aumento de potência de 2,86 gigawatts.

No primeiro quadrimestre deste ano, os sistemas instalados passaram a gerar créditos para 393 mil imóveis, entre casas, comércios e fazendas, por exemplo. Os dados constam do painel interativo da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)

No Brasil, algumas instituições financeiras disponibilizam linhas de crédito para facilitar a aquisição de projetos voltados para micro e minigeração de energia, sobretudo em áreas rurais. Uma delas é o Banco da Amazônia, que atua com um financiamento específico para empreendimentos rurais na Região Norte. Além da produção de energias renováveis, também é possível conseguir recursos para compra de veículos verdes, elétricos ou híbridos. 

Nesse caso, o limite de financiamento será definido de acordo com a capacidade de pagamento do cliente, levando em conta o resultado de uma análise técnica. Vale destacar que o investimento também poderá ser associado a capital de giro.

Crédito verde e agricultura familiar: Banco da Amazônia amplia apoio com R$ 2,5 bilhões em 2025

Bioeconomia amazônica ganha impulso com parceria entre Banco da Amazônia e MMA

Em relação às taxas de juros, serão levadas em conta as dos Fundos Constitucionais de Financiamento, que variam em função do porte e finalidade do crédito.

O gerente executivo de Pessoa Jurídica e Relacionamento do Banco da Amazônia, Luiz Lourenço de Souza Neto, considera que o investimento nessa área representa a construção de um meio ambiente mais equilibrado, mantendo os valores econômicos e sociais da Região Amazônica.

“Aqui se entende como energias renováveis o financiamento de energia solar (instalação de placas fotovoltaicas), eólica, biomassa, biogás e outras fontes que não agridem o meio ambiente e nem esgotam os recursos naturais. Podem ser financiados também veículos que se utilizam de energia limpa, como, por exemplo, caminhões para transporte de produtos que substituam o diesel por gás natural”, destaca.

Área urbana

Os financiamos de projetos de micro e minigeração de energia também atendem instalações situadas nas áreas urbanas. Por meio da linha Energia Verde - Não Rural, os clientes têm acesso a um limite de recursos de até 100% do valor financiado, dependendo do porte e da capacidade de pagamento. 

Para essa situação, o Banco oferta taxas de juros dos Fundos Constitucionais (TFC), diferenciada por setor, porte e finalidade. Já o prazo para pagamento é de até 15 anos, incluída a carência de até 4 anos, dependendo da especificidade da operação.

Porém, alguns empreendimentos não podem ser financiados. Confira a lista de quais são:

  • empreendimentos onde tenha sido comprovada a utilização de mão de obra escrava ou análoga à escrava;
  • empreendimentos onde tenha sido comprovada a utilização de mão de obra infantil e a exploração sexual de menores;
  • proponentes que não estejam em dia com as obrigações trabalhistas;
  • atividades e/ou empreendimentos envolvidos em prática ilegal e/ou não atendam a legislação ambiental vigente;
  • atividades voltadas para jogos de azar;
  • motéis;
  • aquisição de plantas ornamentais, para fins decorativos de ambiente;
  • máquinas, equipamentos, veículos, embarcações e aeronaves usados, com percentual de vida útil inferior a 60% (sessenta por cento);
  • veículos que contenham itens não considerados como de série;
  • veículos de cabine dupla;
  • máquinas, equipamentos, veículos, embarcações, helicópteros e aviões não relacionados diretamente com o desempenho da atividade;
  • tributos federais, estaduais e municipais como item específico de orçamento para financiamento;
  • liquidação de operações de crédito lastreada por recursos do FNO.
     
Copiar textoCopiar o texto