Os portos públicos de Rondônia e do Amapá registraram um aumento de 8% e 35%, respectivamente, na movimentação de cargas no mês de abril, em relação ao mesmo período do ano passado. Os resultados foram puxados, principalmente, pelo escoamento de grãos, como a soja, por exemplo.
Os dados foram divulgados no Painel Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Em relação ao estado amapaense, o Terminal Portuário de Santana teve como destaque granéis sólidos, com 382 mil toneladas movimentadas, ou seja, um salto de 43,06%.
Desse volume, 254 mil toneladas foram de soja e outras 36 mil toneladas de resíduos da extração do grão. No mesmo mês do ano passado, o terminal havia movimentado 283 mil toneladas, no total.
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No terminal de Porto Velho, em Rondônia, foram movimentadas 253 mil toneladas em abril. Entre os produtos embarcados, a soja liderou com 237 mil toneladas, um salto de cerca de 10%. Em abril do ano anterior, foram movimentadas 235 mil toneladas. Desse total, 216 mil foram de soja.
O secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério de Portos e Aeroportos (Mpor), Alex Ávila, afirma que os números refletem o papel estratégico do Norte do país como alternativa aos tradicionais corredores de exportação de outras regiões, como Sul e Sudeste.
“O fortalecimento dos portos do Amapá e Rondônia representa mais do que um avanço econômico regional, é um passo decisivo na consolidação de uma logística nacional mais integrada, eficiente e sustentável, alinhada aos desafios do crescimento do agronegócio brasileiro”, destaca Ávila.
“Temos, este ano, expectativa de safras recordes. Também começamos a nos preparar para a safra do próximo ano, quando as expectativas também são boas. Naturalmente, o agronegócio vai buscando alternativas e, onde ele encontra possibilidade, tem grandes chances de se consolidar. Então, quando analisamos os tipos de carga, percebemos que a pujança do agronegócio está cada vez crescendo mais, demonstrando sua importância para a economia do país”, acrescenta.
Em fevereiro de 2025, foi oficializado o arrendamento do terminal MCP03, no Porto de Santana (AP). A estrutura é destinada ao armazenamento e movimentação de granéis sólidos vegetais.
O contrato – que partiu do leilão realizado no final de 2024 – prevê investimentos de R$ 89 milhões ao longo de 25 anos, com vigência até 2049. Entre as intervenções estabelecidas estão as seguintes:
O objetivo é que a capacidade de carga do terminal seja ampliada de 450 mil para 917 mil toneladas, o que corresponde a praticamente o dobro do potencial de escoamento da produção.
Com o intuito de aumentar a movimentação de produtos da Região Norte para outras áreas do país, o Ministério de Portos e Aeroportos incluiu a hidrovia do Rio Madeira na carteira de ativos que serão concedidos à iniciativa privada.
Essa via navegável liga Rondônia ao Amazonas e é apontada como estratégica para o escoamento da produção nacional. O trecho conta com 1.075 quilômetros de extensão. A previsão é de que o leilão seja realizado até o final de 2026.
Apesar da seca registrada no ano passado, o canal movimentou cerca de 10 milhões de toneladas de cargas. A estimativa é de que o corredor fluvial possa ultrapassar 25 milhões de toneladas ao ano.
O projeto de concessão prevê investimentos de aproximadamente R$ 109 milhões em obras de infraestrutura, como dragagem, derrocagem, balizamento e sinalização. Além disso, outros R$ 40 milhões devem ser destinados à operação ao longo de um contrato de 12 anos.
A cobrança de tarifas sobre as cargas transportadas só começará a ser feita após o início efetivo da prestação dos serviços pela concessionária. Conforme informou o MPor, o transporte de passageiros vai continuar isento de cobrança.
Entre janeiro e abril de 2025, o Porto do Rio de Janeiro registrou uma movimentação de 5,4 milhões de toneladas. O volume representa um salto de 27,48% na comparação com o mesmo período de 2024. Os dados constam no Estatístico Aquaviário, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
De acordo com o levantamento, o destaque foi para cargas conteinerizadas, que tiveram aumento de 21,92%, com 3,8 milhões de toneladas movimentadas. Já o granel sólido atingiu 774 mil toneladas, ou seja, um avanço de 20,86%.
O granel líquido, por sua vez, teve um crescimento de 74,98%, após 540 mil toneladas movimentadas no período analisado. Já a carga geral alcançou 324 mil toneladas – uma alta de 60,85%, em relação ao mesmo período do ano passado.
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Vale destacar que o Porto do Rio de Janeiro também atua com produtos siderúrgicos, trigo concentrado de zinco e cargas de apoio offshore. Na avaliação do economista e professor de Mercado Financeiro da Universidade de Brasília (UnB), César Bergo, o terminal tem contribuído economicamente para o estado fluminense, assim como em âmbito nacional.
“Você tem o Porto do Rio de Janeiro ajudando, decisivamente, o próprio estado do Rio de Janeiro, não só na importação, mas também na exportação de produtos. Também é possível afirmar que essa contribuição econômica se expande para todo o país. Há, ainda, unidades de formação de mão de obra especializada, o que contribui para que a movimentação seja profissional”, considera.
Os dados do Estatístico revelam ainda que, do volume geral de cargas movimentadas, 1,1 milhão de toneladas foram transportadas por cabotagem - navegação que se faz na costa - o que corresponde a um salto de 35,18%.
Quanto à navegação por longo curso - que inclui exportação e importação - foram registradas 3,6 milhões de toneladas. O resultado representa um avanço de 19,61%, na comparação com 2024.
Segundo o secretário Nacional de Portos do Ministério de Portos e Aeroportos, Alex Ávila, entre os fatores que contribuíram para esse quadro está a política de investimento público voltada para o setor. "Os bons resultados dos terminais brasileiros refletem a aplicação de recursos que estamos realizando no modal. O Brasil tem uma dívida histórica com a infraestrutura portuária, mas agora estamos revertendo esse cenário, com mais aportes, concessões de terminais e canais de navegação e melhorias na infraestrutura”, destaca.
Desde abril deste ano, o Porto do Rio de Janeiro passou a estar apto a receber embarcações com maior volume de carga, após a conclusão das obras de dragagem do canal principal, feitas pela PortosRio.
A partir de um investimento de R$ 163 milhões, a profundidade do canal passou a ser de 15,3 metros. Essa medida possibilita um aumento estimado de até 700 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por embarcação.
De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, o terminal também contou com uma atualização dos sinais náuticos. Com isso, embarcações com até 366 metros de comprimento podem fazer manobras com segurança.
Além disso, em abril, o terminal RDJ11 – situado na região do Cais do Caju e inserido na poligonal do porto – foi leiloado em um certame promovido pela Pasta, em parceria com a Antaq. O terminal será destinado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos. O projeto foi arrematado pelo Consórcio Porto do Rio de Janeiro. Ao todo, serão investidos R$ 6,80 milhões. O contrato de concessão é de 10 anos.
A movimentação dos portos brasileiros registrou 107,6 milhões de toneladas de cargas, em abril de 2025. O volume corresponde a um aumento de 1,12% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado foi o melhor da série histórica. Os dados constam no Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Entre janeiro e abril deste ano, a movimentação atingiu 412 milhões de toneladas. Na avaliação do economista Carlos Eduardo de Oliveira Jr., conselheiro do Conselho Federal de Economia (Cofecon), esse crescimento sugere uma recuperação do desempenho do setor e um aumento da atividade econômica do país.
“O setor portuário é fundamental para a evolução econômica do Brasil. Ele desempenha um papel na logística e no transporte de mercadorias, facilitando assim o comércio internacional e nacional. A movimentação portuária é um indicador crucial da saúde econômica, pois está diretamente associada ao comércio exterior”, destaca.
“O aumento no volume de cargas movimentadas pode indicar que setores como agronegócio, indústria e comércio estão se expandindo”, acrescenta o economista.
O levantamento mostra, ainda, que a navegação por longo curso - que inclui exportação e importação – apresentou um salto de 1,71% ante o mesmo mês de 2024. Ao todo, foram 76,6 milhões de toneladas de cargas.
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Em relação à cabotagem – tipo de navegação que se faz na costa – a movimentação chegou a 23,3 milhões. Quanto à navegação interior – ou seja, em águas abrigadas, como rios, lagos e canais, por exemplo – o volume movimentado foi de 7,6 milhões de toneladas.
Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a alta nas movimentações portuárias está relacionada ao aumento da demanda de produtos que saem ou entram no país.
“Na medida em que a economia cresce, automaticamente os portos do Brasil, públicos e privados, crescem. Porque são novos carros que chegam no país, novos investidores internacionais que vêm comprar produtos brasileiros, o Brasil cada vez mais exportando grãos, proteína animal e minério de ferro. Tudo isso vai fortalecer o setor portuário”, considera.
“Além disso, hoje, nós temos quase R$ 40 bilhões de investimentos no setor portuário do Brasil. Com o movimento do volume de carga, é preciso fazer investimento em novos portos, novos equipamentos, requalificação de molhe e de píeres”, complementa o ministro.
De acordo com o levantamento, os terminais autorizados tiveram elevação de 4%, em abril, com 69,8 milhões de toneladas. Já nos portos públicos, o registro foi de 37,8 milhões de toneladas.
Na abertura por produtos, foi notada uma alta de 2,27% nos granéis sólidos, com 65,1 milhões de toneladas, e de 1,94% em granéis líquidos, com 25,7 milhões de toneladas de cargas.
O leilão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá (PR) deverá ocorrer em agosto de 2025. A previsão foi anunciada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante agenda oficial na França, juntamente com o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva. O terminal é o segundo maior porto do Brasil e da América Latina, atrás apenas do Porto de Santos (SP).
Os documentos técnicos, com solicitação para agendamento do leilão, já foram encaminhados à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Segundo Costa Filho, a ideia é que, em seguida, sejam tomadas providências para dar início a leilões de outros terminais situados no Brasil.
“Essa parceria é muito saudável para o Brasil. Será um marco para o setor portuário brasileiro. Depois do leilão de Paranaguá, que pode chegar a R$ 1 bilhão, vamos fazer o leilão do canal do Porto de Santos, do Porto da Bahia e do Porto de Itajaí. Isso vai dar previsibilidade ao setor produtivo, sobretudo na rota do desenvolvimento do setor portuário do país”, afirmou o ministro.
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A partir do leilão, o calado do canal passará de 13,5 metros de profundidade para 15,5 metros. Na prática, essa medida aumenta a capacidade do terminal para receber navios de maior porte, o que, consequentemente, também amplia a movimentação de cargas.
O Secretário Nacional de Portos do MPor, Alex Ávila, explica que cada centímetro a mais no calado do canal de acesso corresponde a um aumento de 60 toneladas de carga no porão do navio. Na avaliação dele, a concessão vai colocar o terminal em outro patamar em relação ao comércio internacional.
“Estamos bastante confiantes nesse modelo de leilão, que seguramente terá muita competição. A concessão vai elevar o Porto de Paranaguá a um patamar de 15,5 metros, então teremos um ganho substancial. Além do ganho de escala que virá com o aumento do número de navios”, afirmou.
Dados divulgados pela Portos Paraná mostram que o terminal de Paranaguá movimentou, em 2024, 66.769.001 toneladas. O resultado representa um salto de 2,1% em relação ao ano anterior. O volume corresponde a 80% da produção de grãos de toda a região Sul do Brasil. (https://www.portosdoparana.pr.gov.br/Noticia/Porto-de-Paranagua-mostra-eficiencia-e-bate-recorde-de-movimentacao-em-2024)
No ano passado, foram registradas 40 milhões de toneladas em exportação e 26,7 milhões em importação. Os tipos de cargas mais enviados a outros países foram:
Já as principais cargas trazidas ao Brasil por Paranaguá foram:
Atualmente, o Porto de Paranaguá recebe 2,6 mil navios por ano. O destaque é para cargas de granéis sólidos, como soja e proteína animal. Para o governo federal, a concessão vai proporcionar mais eficiência à operação portuária, inclusive com ampliação da quantidade de embarcações.
A Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte do município amazonense de Parintins, a 370 km de Manaus, contará com a substituição de dois módulos flutuantes intermediários. O empreendimento terá investimento de quase R$ 7 milhões.
De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), responsável pela obra, a iniciativa visa garantir segurança e eficiência nas operações portuárias no período que antecede a 58ª edição do Festival Folclórico – considerado um dos maiores eventos culturais do país. A expectativa é de que sejam recebidos mais de 170 mil turistas entre 22 e 29 de junho.
Além disso, o terminal é apontado como a principal porta de entrada de suprimentos para Parintins – como alimentos, medicamentos e outros insumos essenciais. A cidade, que tem aproximadamente 102 mil habitantes, fica situada às margens do Rio Amazonas e depende do transporte hidroviário.
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Segundo o secretário Nacional de Hidrovias e Navegação do MPor, Dino Antunes, as ações devem beneficiar não apenas os trabalhadores que atuam no terminal, mas também os passageiros, já que o local vai oferecer condições mais seguras e confortáveis. "A nossa prioridade é garantir segurança e eficiência nas operações, principalmente em municípios que, como Parintins, dependem majoritariamente do transporte hidroviário para se conectar e se manter abastecidos”, pontua.
“Garantir que o terminal esteja plenamente operacional neste momento é essencial para que Parintins consiga receber bem os turistas e manter o abastecimento regular da população local”, complementa Antunes.
Para o chefe administrativo do Porto de Parintins, Wilhames Corrêa, a estrutura flutuante é essencial para acomodar as variações do nível do Rio Amazonas.
“Nesse sentido, a manutenção preventiva é de extrema importância para a continuidade do funcionamento do porto. Evita que ele fique fechado por um tempo muito prolongado, o que causa inúmeros transtornos para a população. Então, esse investimento na manutenção preventiva das balsas intermediárias é relevante, principalmente estando na véspera do Festival Folclórico de Parintins, quando o fluxo fica intenso”, destaca Corrêa.
Em meio às obras, foi disponibilizada uma balsa de apoio para garantir a continuidade das operações essenciais. Na prática, isso evita interrupções no transporte de pedestres e cargas.
Wilhames Corrêa estima que, ao longo deste ano, o terminal movimente mais de 650 mil passageiros e 135 mil toneladas de mercadorias, distribuídas em cerca de 7 mil embarcações. O volume corresponde a um aumento de aproximadamente 4% no fluxo de passageiros e de 12,5% no volume de cargas, na comparação com 2024.
“Apenas na semana do festival, estima-se que 40 mil pessoas e 13 mil toneladas de mercadorias sejam transportadas em mais de 250 embarcações”, pontua.
Dados divulgados pelo MPor revelam que, no ano passado, o terminal recebeu 625.433 passageiros. Esse número representa um acréscimo de cerca de 9%, ante 573 mil registrados no ano anterior.
Em relação ao volume de mercadorias, também houve aumento. Em 2024, foram 120 mil toneladas, enquanto em 2023, foram 103 mil toneladas, ou seja, uma elevação de aproximadamente 16,5%.
A quantidade de embarcações também seguiu a tendência de alta, ao passar de 4.346 em 2023 para 5.618 em 2024, o que representa um aumento de cerca de 29%.
O Porto de Itajaí passará a ser administrado por uma Companhia Docas própria, que deverá ser criada por meio de uma Medida Provisória. O anúncio foi feito pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, nesta quinta-feira (29). A declaração do chefe da Pasta foi dada durante evento que tratou da retomada das operações na sede do complexo portuário, localizado em Santa Catarina.
“Esse é um dos momentos mais importantes para o setor portuário brasileiro. A reabertura do Porto de Itajaí é uma das nossas principais pautas. Vamos encaminhar uma Medida Provisória para transformar o porto em uma doca independente e em um porto federal”, detalhou o ministro.
Segundo Costa Filho, o terminal também vai contar com um plano de investimentos públicos no valor de R$ 844 milhões. Os recursos serão utilizados em projetos de modernização, melhorias na segurança, eficiência logística e ampliação da capacidade portuária.
“Nós vamos fazer aqui em Itajaí o maior volume de investimentos da história do porto. Podem escrever. Nesses próximos cinco anos, serão mais de 8 bilhões em investimentos aqui no Porto de Itajaí. Investimentos públicos, serão de R$ 800 milhões, o que vai ajudar o setor produtivo e vai nos ajudar a trazer navios ainda maiores”, afirmou.
Em janeiro de 2025, a gestão do complexo foi retomada pelo governo federal, sob responsabilidade da Autoridade Portuária de Santos (APS). Vale destacar que, em 2022, o terminal teve as atividades paralisadas.
De acordo com o MPor, já no fim de 2023, o porto contou com a assinatura de um contrato provisório para a retomada de serviços. Essa medida contribuiu para a regularização do complexo e, consequentemente, para o retorno do interesse econômico.
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, também esteve presente na cerimônia. Na ocasião, ele destacou a importância dos investimentos federais em infraestrutura portuária, com o intuito auxiliar no desenvolvimento da economia e na qualidade de vida da população. “O que nós queremos para o Brasil é exatamente isso, é elevar o patamar, é elevar o padrão de vida do povo brasileiro”, pontuou.
No último dia 28 de maio, o maior navio de transporte automotivo do mundo desembarcou no Porto de Itajaí. A embarcação transportava 7,2 mil carros elétricos. A escolha do terminal mostra que o complexo tem um papel relevante para a infraestrutura nacional.
Porém, com o intuito de garantir a segurança e eficiência no recebimento de navios de grande porte, de até 400 metros, está prevista a dragagem do Rio Itajaí-Açu. Nesse caso, a estimativa é de que sejam investidos R$ 90 milhões. O projeto também prevê a readequação do molhe de Navegantes, que deve contar com aplicação de R$ 64 milhões.
As obras também vão incluir outras operações:
Além disso, está prevista a retirada do casco do navio Pallas, que naufragou há mais de 130 anos. O material está localizado próximo ao molhe de Navegantes. A intervenção, por um aporte de R$ 23 milhões, vai aumentar a capacidade de manobra no canal portuário.
Dados disponibilizados pelo MPor mostram que também devem ser empregados R$ 45 milhões no adensamento da área do RAC. Já a modernização dos gates e a integração com a Receita Federal vão contar com aporte de R$ 30 milhões. Além disso, devem ser investidos R$ 300 milhões na construção de pier para navio de cruzeiros, o que contribuirá para fortalecer o turismo regional.
Há, ainda, previsão de realização da concessão do canal do Porto de Itajaí em dezembro de 2025. O contrato, que será de 25 anos, prevê a manutenção e o aprofundamento do canal de acesso, entre outros investimentos, no valor total de R$ 317 milhões.
Além dos recursos destinados à recuperação do Porto de Itajaí, o Conselho do Fundo da Marinha Mercante aprovou 77 obras de infraestrutura e modernização da indústria naval de Santa Catarina. O valor total chega a R$ 9 bilhões. A projeção é de que os empreendimentos contribuam para a geração de mais de 17,5 mil empregos diretos.
Deste montante, R$ 710 milhões de investimentos já contratados serão em obras de construção, docagem e reparos, com a geração de aproximadamente 5 mil empregos. Outros 13 projetos aprovados somam R$ 8,3 bilhões e devem gerar 12,6 mil empregos.
Os portos públicos de Aratu-Candeias, Salvador e Ilhéus – todos localizados na Bahia – vão contar com um pacote de investimentos no valor de R$ 1,5 bilhão. Esse montante será dividido entre empreendimentos nos três terminais. A medida foi anunciada nesta sexta-feira (23) pelo ministro de Portos e Aeroportos (MPor), Silvio Costa Filho.
A iniciativa disponibiliza recursos do Novo PAC. A ideia, segundo a Pasta, é ampliar a infraestrutura logística, aumentar a competitividade e impulsionar o desenvolvimento econômico do estado.
Em meio à cerimônia de anúncio do aporte, Costa Filho destacou a importância do setor e como esses recursos vão ajudar no desenvolvimento dessas regiões, sobretudo com geração de emprego e renda.
“São investimentos que vão fortalecer a agenda logística do estado e, mais do que isso, vai ser fundamental para geração de emprego e renda. Tivemos crescimento nos portos da Bahia em torno de 8%. Só o Porto de Salvador teve um crescimento de mais de 26%. Isso significa desenvolvimento para o estado e para o Nordeste”, afirmou o ministro.
O pacote de investimentos abrange obras no Porto de Salvador, com emprego dos recursos na ampliação da infraestrutura, modernização e incorporação de inovações tecnológicas. De acordo com o MPor, a ideia é fazer com que o terminal seja compreendido como um “polo estratégico do comércio marítimo da Bahia e do Brasil.”
Do valor total anunciado, quase R$ 400 milhões serão investidos pela ATU 12 Arrendatária Portuária SPE S.A. Essa parcela de recursos será aplicada na ampliação e modernização do terminal de graneis sólidos minerais. Outros R$ 120 milhões serão executados pela ATU 18, que também apresentou proposta adicional de R$ 535 milhões para a movimentação de graneis vegetais.
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Já a Ultracargo Logística S.A. vai destinar R$ 305,7 milhões para a construção de um novo píer de líquidos e ampliação da capacidade de armazenamento em 50 mil m³. Essa estrutura permitirá atendimento a navios de até 215 metros.
A partir desses investimentos, o Porto de Aratu passa a contar com dois novos terminais destinados ao escoamento da produção agropecuária do estado baiano.
“Estamos trazendo mais investimento para ampliar a capacidade de movimentação dos graneis vegetais, os cereais; aumentar a capacidade de movimentação no porto dos graneis minerais, que são os fertilizantes”, considera o secretário Nacional de Portos, Alex Ávila.
Dados divulgados pelo Ministério de Portos e Aeroportos também revelam que a movimentação de cargas do complexo poderá aumentar em até seis vezes, passando de 2 milhões para mais de 12,5 milhões de toneladas anuais.
Em relação ao Porto de Ilhéus – situado no sul do estado – a previsão é de que sejam investidos R$ 129,6 milhões na reativação do Moinho de Trigo, inativo há 17 anos. A projeção é de que o equipamento gere até R$ 229 milhões em receitas nos próximos cinco anos.
“A reativação do Moinho de Trigo em Ilhéus vai além da retomada de uma estrutura: é um marco para a economia local, com geração de emprego, renda e desenvolvimento. Um trabalho da Codeba, com apoio do governo federal, que reforça o papel estratégico do Porto de Ilhéus na logística nacional”, afirma Ávila.
O terminal também voltou a ter uma profundidade operacional de 10 metros, a partir da realização da dragagem de manutenção. A próxima etapa da obra já está prevista, com a meta de ampliar a profundidade para 14 metros. Essa medida permitirá a atracação de navios maiores, o que, consequentemente, contribuirá para o aumento da competitividade do terminal no cenário logístico do país.
O evento desta sexta-feira (23) também contou com a presença do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa; do diretor-presidente da Autoridade Portuária da Bahia (Codeba), Antonio Gobbo; e do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues.
Resultado foi impulsionado pelo aumento nas cargas gerais, que ultrapassaram 200% de crescimento
Os portos públicos do Norte do Brasil registraram, em março de 2025, um salto na movimentação de praticamente 7%, na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado foi impulsionado pelo aumento nas cargas gerais, que ultrapassaram 200% de crescimento.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (22) pelo Ministério de Portos e Aeroportos. De acordo com a Pasta, o destaque foi para a exportação de soja, com mais de 2 milhões de toneladas movimentadas.
Na avaliação do ministro Silvio Costa Filho, esse desempenho positivo está relacionado à política de investimentos no setor, que tem contribuído para melhorias na logística e no aumento da capacidade dos portos brasileiros. “Estamos falando de investimentos bilionários, voltados à modernização e ao futuro do setor portuário nacional. São obras estruturantes, que aumentam a eficiência dos terminais, atraem novos negócios e tornam nossos portos cada vez mais competitivos no cenário global. É a maior carteira de investimentos da história do setor e ela está abrindo caminho para um novo ciclo de crescimento sustentável da nossa economia”, destaca.
O secretário Nacional de Portos, Alex Ávila, afirma que o crescimento expressivo nas movimentações portuárias na região se deve, sobretudo, à participação dos portos do Arco Norte, que têm papel fundamental no escoamento da safra agrícola.
“Já vínhamos sinalizando essa tendência, principalmente no que se refere às cargas de graneis vegetais, e estamos vendo a concretização de uma transformação logística. Até o fim desta década, os portos das regiões Norte e Nordeste devem responder por quase 50% do escoamento de graneis vegetais do país — um cenário condizente com o fato de que essas regiões já produzem quase metade da nossa safra”, pontua.
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O Arco Norte compreende um plano estratégico que inclui portos ou estações de transbordo de alguns estados, como Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Maranhão. A área é considerada essencial para escoamento dos grãos, principalmente os produzidos no Centro-Oeste.
O levantamento mostra que, no estado do Amapá, por exemplo, o desempenho portuário contou com um avanço de 47,33% nas movimentações em março deste ano, em relação ao mesmo mês de 2024. O resultado foi puxado, entre outros fatores, pelo fluxo de graneis sólidos. Esse tipo de carga responde por 51,34% do total movimentado. Na unidade da federação, o destaque vai para o Porto de Santana, que teve o melhor desempenho.
Já no Pará, foi registrado um aumento de 2,76%. O salto foi impulsionado, principalmente, pelas cargas gerais, que contaram com expressiva elevação de 271,32%. Os portos de Santarém e Vila do Conde foram os protagonistas desse avanço. Enquanto o primeiro movimentou 1,7 milhão de toneladas, o segundo somou 1,4 milhão de toneladas no período analisado.
Na última semana, o Ministério de Portos e Aeroportos confirmou o segundo bloco de leilões portuários de 2025. A previsão é de que sejam investidos R$ 1,03 bilhão.
Esta iniciativa deve beneficiar empreendimentos localizados nos portos do Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Vila do Conde (PA) e Maceió (AL). O leilão deve ser realizado ainda em julho deste ano, após a aprovação dos estudos e a deliberação e publicação do edital pela Antaq.
Terminais do segundo bloco de leilões
Segundo o ministro Silvio Costa Filho, também há uma previsão de ampliação da capacidade logística para o escoamento da produção agrícola do Brasil. Essa medida, segundo o chefe da Pasta, contribui para o fortalecimento da infraestrutura do setor, além de gerar emprego e renda para a população.
Os portos públicos do Sul do Brasil registraram um aumento significativo na movimentação de mercadorias, em março de 2025. De acordo com dados divulgados em maio pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), houve uma elevação de 7%, em relação ao mesmo período de 2024. Foi o maior volume para o mês nos últimos 10 anos.
Na avaliação do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o desempenho positivo do setor está atrelado aos investimentos realizados nos portos espalhados pelo país, o que também dá visibilidade ao Brasil no cenário global. “Estamos falando de investimentos bilionários, voltados à modernização e ao futuro do setor portuário nacional. São obras estruturantes, que aumentam a eficiência dos terminais, atraem novos negócios e tornam nossos portos cada vez mais competitivos no cenário global”, afirma.
O secretário nacional de Portos, Alex Ávila, entende que esse aumento nas movimentações portuárias é resultado de uma combinação de fatores. Segundo ele, são aspectos que contribuem para o desenvolvimento do setor, o que, consequentemente, também favorecem o aumento da empregabilidade e da renda nessas regiões.
“No caso dos cereais, o avanço se deve, principalmente, aos volumes crescentes da produção agrícola, impulsionados por safras recordes previstas, além dos investimentos significativos realizados em nossos portos nos últimos anos. Na Região Sul, por exemplo, contamos com alguns dos principais portos especializados na movimentação de graneis vegetais, como Paranaguá, São Francisco do Sul e Rio Grande”, destaca.
No estado do Paraná, o aumento geral da movimentação portuária foi de 10,22%. O resultado foi puxado, sobretudo, pela alta de 20% no volume de graneis sólidos. As cargas conteinerizadas também registraram salto. A elevação, nesse caso, foi de 6,47%, juntamente com as demais cargas, que apresentaram aumento de 2,42%.
Já em Santa Catarina, o aumento foi de 3,84%. Na unidade da federação, o destaque foi para cargas conteinerizadas, que registraram expressivo avanço de 224,19%. No estado, o Porto de São Francisco do Sul liderou esse desempenho.
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No Rio Grande do Sul, por sua vez, o salto geral de movimentações chegou a 3,24%, com destaque para o Porto de Rio Grande. Em relação à movimentação de cargas conteinerizadas, houve elevação de quase 17%.
Com o intuito de manter o ritmo de evolução na logística portuária do país, o Ministério de Portos e Aeroportos confirmou, na última semana, o segundo bloco de leilões portuários de 2025. Os investimentos devem somar R$ 1,03 bilhão.
Ao todo, serão englobados quatro terminais. Os empreendimentos estão situados nos portos do Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Vila do Conde (PA) e Maceió (AL). A estimativa é de que o leilão seja realizado ainda em julho deste ano, após a aprovação dos estudos e a deliberação e publicação do edital pela Antaq.
O novo bloco de leilões reúne os seguintes terminais:
Em relação a este segundo bloco, Costa Filho pontua que há uma previsão de ampliação da capacidade logística para o escoamento da produção agrícola do Brasil, o que viabiliza maior infraestrutura de transporte e geração de emprego e renda, além de maior conforto para passageiros e turistas.
O setor portuário e a indústria naval do Norte do Brasil seguem em evolução. O Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante aprovou, em maio, R$ 2 bilhões para investimentos em projetos que visam potencializar a logística regional.
Os recursos serão aplicados em cinco iniciativas. Os empreendimentos estão relacionados à construção de balsas, empurradores, barcaças e rebocadores. A ideia é fortalecer a navegação interior e a infraestrutura fluvial dos estados, sobretudo do Amazonas e do Pará.
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Os aportes são administrados pelo Ministério de Portos e Aeroportos (Mpor). O ministro Silvio Costa Filho lembra que, na região, o tráfego mais comum se dá pelos leitos dos rios. Diante disso, ele considera que o investimento nessa área é essencial para proporcionar mais qualidade de vida aos moradores dessas localidades.
“Além disso, vai gerar emprego, renda e qualificação profissional, tanto para a construção e manutenção das embarcações quanto para a sua operação”, detalhou Costa Filho.
Na avaliação do secretário nacional de Hidrovias e Navegação, Dino Antunes, há uma crescente demanda por financiamentos voltados ao fortalecimento da navegação interior do Norte do Brasil. Por isso, ele afirma que a destinação dessa verba vai, de fato, melhorar a logística fluvial na região.
“Temos percebido que, desde as últimas reuniões do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante, já tivemos vários projetos acontecendo. E, nessa última, tivemos a continuidade disso. Isso significa a geração de uma quantidade significativa de empregos qualificados, que vão exigir mais educação e capacitação da sociedade. Isso está atrelado não só à construção e manutenção dessas embarcações, como também à operação”, destaca.
Na Região Norte, o maior volume de investimentos aprovados será destinado ao fomento da navegação no interior do Pará. O valor chega a R$ 1,4 bilhão. Parte do dinheiro será usado na construção de 66 barcaças porta-contêineres, 42 barcaças para transporte de granéis e 8 empurradores.
Além disso, está prevista a instalação de um transbordo flutuante. Trata-se de uma plataforma ancorada que flutua na água. Essa estrutura é utilizada para transferência de cargas entre diferentes meios de transporte, como navios e caminhões, por exemplo.
No estado do Amazonas, foram quatro projetos aprovados. Juntos, eles somam R$ 563,9 milhões. Desse montante, R$ 169,6 milhões serão aplicados na construção de 24 balsas graneleiras, duas balsas-tanque e na aquisição de uma balsa-guindaste pela empresa Cidade Transportes.
Ainda no estado amazonense, a EdLopes Transportes Ltda lidera uma das maiores alocações de recursos na região. Ao todo, R$ 220,2 milhões devem ser destinados à construção de 36 balsas e três empurradores. O prazo de execução previsto é de dois anos. A expectativa é de que a iniciativa contribua para a geração de 787 empregos diretos.
Já a Wilson Sons Serviços Marítimos Ltda teve dois projetos aprovados. Um deles prevê a construção de duas embarcações de apoio à navegação. Nesse caso, o valor de investimento chega a R$ 157 milhões. Para este empreendimento, está prevista a geração de 103 empregos diretos. O outro projeto contempla o reparo de duas embarcações rebocadoras. O valor empregado é de R$ 16,3 milhões.
Ao todo, o Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante aprovou R$ 22 bilhões durante reunião realizada neste mês de maio. Trata-se do maior volume de recursos aprovados pelo Fundo em uma única reunião do conselho.
A verba será empregada em 26 projetos ligados à construção de embarcações, reparos, docagens, modernização de unidades existentes, ampliação de estaleiros e novas infraestruturas portuárias.
O FMM visa prover recursos para o desenvolvimento da Marinha Mercante e da indústria de construção e reparação naval do Brasil.
O Fundo é administrado pelo Ministério de Portos e Aeroportos, por meio do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante. O FMM tem como agentes financeiros o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e a Caixa Econômica Federal.