Portos

28/07/2025 20:30h

Recursos para modernização portuária são destinados a ampliar a infraestrutura nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; expectativa é de gerar mais de 3 mil empregos diretos na região

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A 59ª reunião do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (FMM) aprovou uma série de projetos voltados à modernização da infraestrutura portuária no Brasil. Somente para os portos do Sul, foram destinados R$ 4,7 bilhões em investimentos, com foco nos três estados da região.

Os recursos serão aplicados em obras de ampliação, modernização e melhoria da logística portuária, com o objetivo de fortalecer a competitividade regional e nacional. 

A expectativa do Ministério é de que os projetos gerem mais de 3 mil empregos diretos, impulsionando o desenvolvimento econômico da região.

Os investimentos são destinados à modernização portuária e embarcações. 

Confira as ações previstas entre aprovações:

  • Construção de quatro embarcações para operações submarinas (R$ 2,3 bilhões);
  • Construção de dois navios PSV – Plataform Supply Vessel, voltados ao apoio a atividades de extração de petróleo no mar – com tecnologia de baixo carbono (R$ 739,7 milhões);
  • Construção de seis rebocadores azimutais (R$ 312,6 milhões);
  • Modernização e reparo de 17 embarcações (R$ 163,2 milhões);
  • Concessão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá (R$ 1,089 bilhão).

O investimento com concessão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá deve ampliar o calado e aumentar a capacidade de exportação.

Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, “os projetos aprovados pelo Fundo da Marinha Mercante reforçam a prioridade do Governo Federal em estimular a indústria naval nacional, modernizar a infraestrutura portuária e ampliar a competitividade do país". 

Na avaliação do ministro, a região Sul desempenha papel relevante em relação ao movimento regional, considerando a sua capacidade produtiva e “vocação exportadora”.

A coordenadora de políticas de fomento da Secretaria Nacional de Portos e Hidrovias, Maria de Lara Moutta Calado de Oliveira, integrante da equipe técnica do Fundo da Marinha Mercante, destaca o papel estratégico da região. 

“A gente vem trabalhando fortemente para a retomada da indústria de construção e reparação naval brasileira. Na 59ª reunião, se destaca a região Sul com diversos projetos para geração de emprego e renda. A gente destaca a importância da indústria naval. A região Sul tem 10 importantes estaleiros e contribui bastante na área de petróleo, gás, offshore e de apoio portuário”, pontuou Maria de Lara Moutta Calado de Oliveira.

De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, os créditos do Conselho para a região Sul integram o esforço de retomada da indústria naval e da infraestrutura logística no país.

Em 2025, mais de R$ 28 bilhões já foram aprovados para projetos novos e reapresentados em todo o país – valor recorde para os setores naval e aquaviário.

Fundo da Marinha Mercante

O Fundo da Marinha Mercante é administrado pelo MPor. O grupo segue focalizando as ações na modernização da frota nacional, geração de empregos qualificados e, ainda, no fortalecimento da indústria de construção e reparação naval.

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25/07/2025 15:45h

Recursos para modernização portuária são destinados a estaleiros e embarcações e foram aprovados na 59ª reunião do Conselho Diretor do FMM; 14 projetos são inéditos no país

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Na 59ª reunião do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (FMM) foram aprovados 14 projetos inéditos em todo o país voltados à modernização portuária. Do total, a Região Sudeste liderou, com oito propostas que concentram R$ 1,54 bilhão em novos aportes. Os investimentos são destinados a estaleiros e embarcações.

Apenas no Rio de Janeiro seis iniciativas foram selecionadas, com foco na construção de embarcações, modernizações e reparos especializados. Empresas como Oceanpact, CBO, Posidonia e Magallanes ocupam o topo dos investimentos no estado. O montante ultrapassa R$ 800 milhões e deve gerar mais de 2.193 empregos diretos, segundo o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor).

Conforme o ministério, a retomada fluminense no setor está relacionada, em grande medida, ao papel da cadeia offshore no estado. A iniciativa abriga a maior concentração de operações ligadas à exploração de petróleo e gás no país. 

O diretor do Departamento de Navegação e Fomento da Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação, Otto Burlier, destacou que o Conselho priorizou novos projetos para fomentar a indústria naval nacional. Ele afirmou ainda que, com os projetos aprovados para o Rio, há uma reafirmação da sua posição estratégica na indústria naval nacional. 

Otto também ressaltou o papel dos investimentos para a geração de empregos na região fluminense. “[O Rio de Janeiro] é um estado muito importante para a indústria naval, é o berço da indústria naval brasileira, onde serão realizados projetos para construção, modernização e reparo de embarcações. São projetos que somam mais de 1,5 bilhão de reais e que fomentarão novos empregos na região do Rio de Janeiro”, pontuou.

Em São Paulo, o único projeto aprovado soma R$ 123,5 milhões – e tem como foco a construção e reparo de rebocadores e empurradores fluviais. A atuação da Wilson Sons é o destaque no estado, com frentes abertas no litoral paulista, principalmente no estaleiro do Guarujá. A previsão é de que 88 pessoas sejam beneficiadas com a geração de empregos diretos.

Nesta rodada, Minas Gerais e Espírito Santo não tiveram projetos contemplados. No entanto, integram o contexto logístico beneficiado pelas operações previstas na região.

Reunião Ordinária do CDFMM

Na 59ª Reunião Ordinária do CDFMM, realizada em julho, o fundo aprovou R$ 6,6 bilhões em investimentos totais. Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, desde 2023 já foram priorizados quase R$ 70 bilhões em projetos navais pelo FMM — valor três vezes superior ao total aprovado durante os quatro anos da gestão anterior (2019 a 2022), que somou cerca de R$ 23 bilhões.

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17/07/2025 03:45h

Medida promete economia de até R$ 19 bilhões por ano com transporte por cabotagem; objetivo é fortalecer indústria naval e usar o litoral como corredor de cargas

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O governo federal assinou, na última quarta-feira (16), o decreto que regulamenta o programa BR do Mar. A política pública estimula o uso da cabotagem no transporte de cargas entre portos nacionais. A regulamentação foi elaborada pela Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação, do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor). A medida prevê a redução do custo do frete em até 15%, além de incentivar embarcações menos poluentes ao transporte de cargas no país.

Segundo MPor, a previsão é de que a nova regulamentação tenha um impacto anual de até R$ 19 bilhões para empresas e consumidores. Além disso, o programa deve retirar cerca de 4,8 mil contêineres das estradas brasileiras.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, lembrou que o BR do Mar foi apresentado em 2022. No entanto, apenas agora, dois anos depois, se tornou realidade. Ele destacou que o decreto foi elaborado ao lado do setor produtivo e da indústria naval brasileira.

Silvio Costa Filho ressaltou, ainda, o papel do programa BR do Mar para o fortalecimento da cabotagem e da indústria naval no Brasil, bem como para a geração de empregos.
“Esse programa, ele terá um efeito muito importante no fortalecimento da indústria naval, mas, sobretudo, um impacto importantíssimo no fortalecimento da cabotagem no Brasil. O próprio nome já diz, a BR do Mar, ele vai fazer com que a gente possa utilizar o nosso mar, os nossos rios, mas sobretudo os oito mil quilômetros do litoral brasileiro para transformar o litoral numa grande BR, fazendo com que a gente amplie a cabotagem no Brasil”, afirmou o ministro.

Durante a cerimônia, o ministro também reforçou a importância do BR do Mar para redução de custos e de impactos ambientais. “Esse programa, ele tem um papel que vai reduzir os custos logísticos de 20% a 60%, potencializando ainda mais o setor portuário brasileiro. E vai fazer com que uma carga, por exemplo, ela possa sair de container do Porto de Suape de Pernambuco, levando para o Porto de Santos, reduzindo o custo, ajudando na agenda de descarbonização”, completou.

Empresas de navegação

Para as Empresas Brasileiras de Navegação (EBNs), o programa incentiva a formação e capacitação de marítimos nacionais, operações para novas cargas, rotas e mercados. Além disso, otimiza a utilização dos recursos do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM).

Outro dispositivo do BR do Mar prevê que a EBN poderá aumentar em até 50% a tonelagem de sua frota própria com afretamento de embarcação estrangeira. Com isso, se hoje a empresa tem dois navios próprios, será permitido alugar outro semelhante em capacidade. O percentual sobe para 100% caso a embarcação afretada seja sustentável. 

Cabotagem

Hoje, a cabotagem representa 11% da carga total transportada por navios. Segundo o MPor, o Plano Nacional de Logística (PNL) projeta um crescimento de 15% nos próximos 10 anos – relacionado à tendência de redução de custos.

O valor médio do frete de uma tonelada transportada por cabotagem é 60% menor que o transporte rodoviário e 40% menor que o ferroviário, diz o MPor.

Em relação à redução de custos com frete, estudos da estatal Infra SA apontam que as modificações devem estimular a concorrência – com previsão de recuo do frete em até 15%. O cenário, portanto, representa uma economia de até R$ 19 bilhões anuais nos custos logísticos. 

Além disso, a navegação reduz em 80% a emissão de gases de efeito estufa.
No ano passado, a cabotagem movimentou 213 milhões de toneladas no Brasil. Do total, cerca de 77% da carga transportada foi em petróleo, especialmente das plataformas offshore até o porto na costa.

O BR do Mar deve estimular o transporte tanto de carga em contêiner e carga geral, que hoje somam 11% e 2%, respectivamente, do total transportado por cabotagem.

Estimativa da Infra SA apontam, ainda, que um eventual aumento de 60% no transporte por cabotagem de carga de contêineres pode representar diminuição de mais de 530 mil toneladas de CO2 equivalente por ano – em comparação ao transporte rodoviário.
 

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13/07/2025 13:13h

Crescimento de 0,8% nos cinco primeiros meses do ano é impulsionado pelo agronegócio e investimentos em infraestrutura portuária

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Os portos brasileiros bateram um novo recorde nos cinco primeiros meses de 2025, com a movimentação de 532 milhões de toneladas de carga - a maior registrada na história. Segundo dados do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o volume representa um crescimento de 0,8% em relação ao mesmo período de 2024 — que até então detinha o maior índice já registrado.

O ministro dos Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, comemorou o recorde. Na avaliação dele, o resultado positivo reflete o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Governo Federal.

“O crescimento da movimentação nos portos é reflexo das políticas públicas e do crescimento da economia. Temos adotado medidas para ampliar ainda mais a capacidade de nossos portos e descentralizar a movimentação, promovendo o desenvolvimento socioeconômico em todas as regiões do país”, disse.

Para o secretário Nacional de Portos, Alex Ávila, o crescimento da movimentação de cargas nos portos do país está relacionado também ao aumento da produção agropecuária brasileira neste período do ano.  "Com toda certeza, podemos atribuir significativa parte desse aumento ao agronegócio brasileiro. Nós viemos ano após ano apresentando safras recordes e esse ano não é diferente, as expectativas são muito boas. Nós já estamos com uma movimentação excelente e devemos ainda, agora no segundo semestre, ter um aumento ainda maior na movimentação de cargas, em especial, nas movimentações de produtos dos nossos cereais do nosso agronegócio”, destacou Ávila.

Recordes recorrentes 

Conforme os dados da Antaq, houve recorde de movimentação de carga pelo terceiro mês consecutivo. Em maio, foram 118,4 milhões de toneladas movimentadas – sendo o melhor número da história para o mês e 7% superior ao mesmo período de 2024.

Entre os portos públicos, o destaque foi o crescimento da movimentação no Porto de Rio Grande (RS), com crescimento de 47% no volume de carga. O que explica este cenário é a diminuição das operações de 2024, provocada pelas fortes chuvas que impactaram o estado gaúcho em maio.

Também foi registrado o aumento do transporte de contêineres pelos portos brasileiros. Ao longo de todo o ano passado, a carga conteinerizada ultrapassou em 20% a movimentação do ano anterior. Os resultados dos cinco primeiros meses de 2025 já representam avanço de 7% em relação ao mesmo período de 2024.

Leilões

Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), os recordes constantes na movimentação de carga estão sendo acompanhados por outras medidas que ampliam a capacidade dos portos brasileiros. 

Para 2025, há previsão do leilão do terminal de contêineres do Porto de Santos — Tecon Santos 10 — que irá ampliar em 50% a capacidade do maior porto do país.

Em setembro, será realizado o leilão para concessão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá – considerado um modelo inédito no país. A medida também está prevista para outros quatro portos, sendo: Itajaí, Santos, Bahia e Rio Grande. De acordo com a pasta, as inovações trarão maior eficiência à movimentação de navios e cargas, permitindo inclusive a chegada de embarcações de maior porte.

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10/07/2025 03:00h

Aportes beneficiam cinco regiões e visam impulsionar logística e economia local

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Junto com o setor produtivo, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) anunciou o aporte de R$ 4,72 bilhões para implantação e ampliação de 9 terminais em 6 estados brasileiros. Os investimentos visam alavancar o escoamento da produção do país via Amapá, Pará, São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A assinatura das autorizações dos Terminais de Uso Privado aconteceu nesta quarta-feira (9), em Brasília. 

Dos nove projetos contemplados, cinco referem-se à criação de novos terminais e quarto à expansão de estruturas já existentes. Vão receber investimentos terminais dos municípios de Itaituba e Barcarena/PA, Santana/AP, Cáceres/MT, Santos/SP, São João da Barra/RJ e Rio Grande/RS.  

Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, os investimentos estão direcionados a regiões estratégicas do Brasil e, entre outros objetivos, buscam alinhar o setor portuário ao crescimento do agronegócio. O ministro citou os recordes anuais consecutivos da balança do agro, que impulsiona as exportações. 

“São mais de R$ 80 bilhões em dois anos de saldo na balança comercial. E o Brasil tem um potencial ainda maior, porque Ásia, Europa e América do Sul estão, cada vez mais, procurando o Brasil. E, para isso, a gente precisa estar com portos estruturados e de maneira descentralizada. Estamos fazendo esse dever de casa no dia de hoje: ampliando as operações portuárias no agronegócio”, afirmou Costa Filho.  

Segundo o MPor, as empresas responsáveis já podem iniciar as obras. A expectativa é que os empreendimentos gerem mais de 10 mil empregos diretos e indiretos nas fases de construção e operação. A previsão é que os primeiros canteiros de obras sejam montados ainda no segundo semestre de 2025, com operações começando progressivamente a partir de 2026.

Região Norte

Do valor total, o maior montante está destinado ao estado do Pará, com R$ 2,71 bilhões, divididos em quatro empreendimentos. Dois terminais de uso privado do município de Barcarena vão receber aportes de R$ 2,37 bilhões e de R$ 261 milhões. Já Itaituba vai contar com duas novas instalações voltadas à ampliação da capacidade de movimentação de granéis sólidos: uma com aporte de R$ 68,1 milhões e outra de R$ 13 milhões. 

Também no Norte, o Amapá vai receber R$ 377 milhões para modernização do terminal portuário na cidade de Santana, que atenderá a demanda por granéis líquidos e sólidos.

Região Centro-Oeste 

Em Mato Grosso, o município de Cáceres terá investimento de R$ 15,8 milhões para aprimorar a infraestrutura de um porto voltado ao escoamento de granéis sólidos.

Região Sudeste

No Rio de Janeiro, o terminal de São João da Barra vai contar com R$ 275,3 milhões para a ampliação da capacidade de movimentação de granéis líquidos.

Em São Paulo, o terminal de Santos será modernizado com R$ 1,24 bilhão voltado à melhoria da estrutura para o transporte de passageiros. O valor total para a região é de R$ 1,52 bilhão. 

Região Sul

No Rio Grande do Sul, o município de Rio Grande vai receber R$ 93 milhões para ampliar a capacidade operacional no transporte de granéis líquidos e sólidos.

Balanço

Em 2024, os portos brasileiros privados movimentaram 846,9 milhões de toneladas de cargas, impulsionados principalmente pelo transporte de minério de ferro, petróleo e seus derivados, além de grãos, com destaque para a soja. O setor segue em trajetória de crescimento: apenas entre janeiro e maio de 2025, os terminais privados movimentaram 341,4 milhões de toneladas, um avanço de 1% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registradas 337,8 milhões de toneladas. 

Em maio deste ano, o desempenho foi ainda mais expressivo: as movimentações portuárias saltaram 8%, chegando a 76,1 milhões de toneladas, frente aos 70,4 milhões registrados em maio de 2024. O minério de ferro, o petróleo e seus derivados, além da soja, seguem como os principais motores desse crescimento.

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07/07/2025 03:30h

Leilão está previsto para este ano e ampliará calado para 17 metros, atraindo navios maiores e aumentando a competitividade do principal porto do país

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O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, anunciou o início do processo de licitação do canal de acesso ao Porto de Santos (SP), considerado o maior do país. Os investimentos previstos chegam a R$ 6,45 bilhões. A previsão é que o leilão ocorra ainda neste ano.

O ato autorizando a abertura do processo de concessão foi enviado na última quinta-feira (3) pelo Ministério dos Portos e Aeroportos à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), para a realização da consulta e audiência pública

Para o ministro Costa Filho, o projeto amplia a capacidade de movimentação portuária e aumenta a eficiência do porto. 

“Esse projeto vai ampliar a eficiência e a capacidade de operação portuária, permitindo o acesso de navios ainda maiores ao Porto de Santos e uma operação mais sustentável”, afirma o ministro, lembrando que o Ministério de Portos está desenvolvendo outros projetos – como o Tecon Santos 10 e o Túnel Santos-Guarujá – que devem ser licitados ainda este ano.

Santos

O leilão do canal de acesso de Santos deverá seguir o modelo definido para o canal do Porto de Paranaguá, que já foi aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) – cujo leilão está previsto para 2025. Os valores do projeto são referentes a investimentos e custos operacionais das atividades.

A expectativa do Ministério, conforme o Secretário Nacional de Portos do ministério, Alex Ávila, é de que a modelagem atraia investidores e gere competição nos leilões.

Além de Santos e Paranaguá, há previsão de leilões dos canais do Porto de Itajaí (SC) e dos portos da Bahia e do Rio Grande. “Com a dragagem do canal, vamos elevar a capacidade do porto para receber navios de maior porte e ampliar a movimentação de cargas. O calado será ampliado gradualmente de 15 metros de profundidade para 17 metros”, diz o secretário.

De acordo com o ministério, além de ampliar o acesso a navios de grande porte, a concessão deve fomentar o desenvolvimento da região – refletindo na economia local e nacional e na geração de emprego e renda.

O Porto de Santos é o maior porto brasileiro em valores de carga movimentadas, responsável por cerca de 25% do comércio exterior brasileiro. Em 2024, movimentou 138,7 milhões de toneladas.
 

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06/07/2025 21:40h

Projeto de concessão será leiloado em agosto e servirá de modelo para outros portos; governo aposta em crédito para atrair investidores e ampliar capacidade portuária

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O Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM) aprovou a priorização de 18 projetos no FMM que representam mais de R$ 7,5 bilhões, que podem ser financiados pelos bancos públicos credenciados – segundo o diretor de navegação e fomento da Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação, Otto Burlier. 

Entre as principais propostas, está a construção do canal de acesso ao Porto de Paranaguá, no Paraná, prevista para ocorrer em agosto na B3 – que reserva R$ 1,089 bilhão no FMM relacionados aos investimentos necessários para a concessão.

Otto Burlier pontua que a priorização do projeto no Porto de Paranaguá é relevante para estimular investimentos. “É uma oportunidade para atrair interessados e investidores para a realização dessa concessão.”

O Conselho aprovou, ainda, outros 17 projetos, no valor total de R$ 5,3 bilhões. “São recursos para a construção, reparo e modernização de 70 embarcações. Desde 2023, já foram priorizados quase R$ 70 bilhões, valor três vezes maior do que o definido entre 2019 e 2022, o que mostra a importância que este governo está dando à retomada da indústria naval brasileira”, ressalta o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho.

Entre as propostas aprovadas, a maior, na ordem de R$ 2,5 bilhões, prevê a construção de quatro embarcações de apoio marítimo do tipo RSV (ROV Support Vessel). As infraestruturas são especializadas em operações com equipamentos submarinos. 

“A gente destaca a construção de quatro embarcações de apoio marítimo, que são essenciais, são importantes para o desenvolvimento da nossa indústria do apoio marítimo”, aponta Otto Burlier.

Burlier destaca a importância do FMM para o setor. “O FMM tem sido fundamental para viabilizar a política pública de desenvolvimento da nossa indústria naval e para estimular investimentos, inclusive em obras de infraestrutura portuária”, diz.

*Porto de Paranaguá: projeto*

A priorização dos recursos para o canal de acesso do Porto de Paranaguá  foi solicitada pelo secretário Nacional de Portos, Alex Ávila. Para ele, a aprovação do projeto deve atrair participantes.

“Criamos uma solução que estimula a concorrência, porque os possíveis investidores passam a considerar nos seus cálculos, antes mesmo do pregão, que terão taxas e condições especiais de financiamento caso vençam o leilão”, menciona.

Com a aprovação do pedido realizado pela Secretaria Nacional de Portos, caberá ao futuro concessionário do canal de acesso decidir se utiliza ou não o montante disponibilizado pelo FMM. A medida poderá ser realizada a partir da reapresentação da solicitação ao Conselho Diretor com o projeto que será executado e com os detalhes do orçamento.

Segundo Alex Ávila, o modelo empregado para a concessão do canal de acesso de Paranaguá – pioneiro de um porto brasileiro –, servirá de modelo para outros leilões que serão realizados ainda em 2025, como o do Porto de Santos (SP), Porto de Itajaí (SC) e Porto da Bahia

“A concessão dos canais de acesso dá previsibilidade ao setor produtivo, sobretudo na rota do desenvolvimento do setor portuário brasileiro”, completa Ávila.

*Porto de Paranaguá: eficiência*

De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), a concessão implicará em ainda mais eficiência à operação portuária.

O calado do canal será ampliado de 13,5 metros para 15,5 metros de profundidade. Dessa maneira, a capacidade do porto em receber navios de maior porte será ampliada – além de aumentar ainda, a movimentação de cargas. Inclusive, cada centímetro a mais no calado do canal de acesso representa um aumento de 60 toneladas de carga no porão do navio. 

Paranaguá recebe 2,6 mil navios por ano, com destaque para granéis sólidos, como soja e proteína animal.

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01/07/2025 18:45h

De aeroportos à gestão de esgoto, linha do Banco da Amazônia apoia ações que reduzem emissões de gases de efeito estufa e promovem acesso a serviços essenciais com menor impacto ambiental

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Lançada em 2025, a nova Política de Sustentabilidade do Governo Federal busca transformar terminais portuários e aeroviários com foco em inclusão social, transparência e práticas que reduzam os impactos ambientais. No setor público, foi criada uma agenda anual com projetos e ajustes regulatórios. Já no setor privado, as mudanças nos terminais serão conduzidas por meio do Pacto pela Sustentabilidade, lançado recentemente pelo Ministério de Portos e Aeroportos.

Nesse contexto, o Banco da Amazônia atua com a oferta de um financiamento que pode ajudar no cumprimento das medidas estabelecidas. É a linha FNO - Amazônia Infraestrutura Verde, voltada para projetos que conectam infraestrutura à sustentabilidade. A linha contempla os portos e aeroportos

O gerente executivo de Pessoa Jurídica e Relacionamento com Bancos da instituição, Luiz Lourenço de Souza Neto, explica que esse tipo de financiamento tem o propósito de promover o desenvolvimento econômico da região, com o apoio de outras empresas, inclusive internacionais.

“Existem outras instituições financeiras, outros mecanismos que apoiam também esses projetos, dada a importância e o tamanho deles para onde são implantados. Então, falando a respeito apenas do banco, se a gente for olhar o que a gente tem de expectativa para os próximos quatro anos, a gente com certeza deve superar a casa de R$ 10 bilhões aplicados em infraestrutura na Amazônia”, pontua.

Entre as companhias contempladas com essa iniciativa está a VINCI Airports  – concessionária responsável por sete aeroportos na Região Norte. Nesse caso específico, o financiamento do Banco da Amazônia foi de R$ 750 milhões. Os recursos serão investidos pela empresa em um projeto de infraestrutura aeroportuária que visa promover melhorias para os usuários, ao passo que também incorpora práticas sustentáveis.

De maneira geral, a companhia trabalha com a meta de reduzir pela metade a emissão de gases de efeito estufa até 2030. Até 2050, a empresa pretende zerar essa emissão. Atualmente, a VINCI Airports atua junto aos terminais de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no Acre; Boa Vista, em Roraima; Porto Velho, em Rondônia; além de Manaus, Tabatinga e Tefé, no Amazonas.

Outras áreas apoiadas

Entre as áreas apoiadas, também se destaca a infraestrutura para água e esgoto; geração de energia elétrica de fontes renováveis; sistema de telefonia fixa ou móvel e banda larga em comunidades, além das seguintes:

  • Usinas de compostagem e/ou aterro sanitário sustentável;
  • Armazenamento de energia de fonte renovável;
  • Transmissão e distribuição de energia;
  • Demais obras estruturantes ecológicas e sustentáveis.

Outro  projeto que contou com o apoio dessa linha foi desenvolvido na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) - campus Capitão Poço (PA). Trata-se de uma fossa ecológica denominada Bacia de Evapotranspiração (BET). O sistema é uma alternativa eficiente para tratamento do esgoto, que funciona de forma independente da rede pública. 

Dentro do tanque, ocorre um processo de decomposição, chamado de fermentação, realizado pelas bactérias. Esse processo é a quebra ou a degradação do esgoto, essencial para o funcionamento do sistema e para que o esgoto chegue nas camadas superiores de forma mais limpa.

Segundo a professora Thaisa Pegoraro, coordenadora do projeto, essa parceria com a instituição financeira foi essencial para a elaboração dessa iniciativa. 

“O recurso que vem para a universidade, infelizmente, não é suficiente para atender a infraestrutura destinada a projetos de pesquisa e extensão. Então, é por este motivo que a parceria com o banco é realmente essencial e nós também somos muito gratos a isso”, afirma. 

Uma das estruturas foi instalada na escola Humberto Fernandes, no município de Garrafão do Norte (PA), para atender cerca de 60 alunos. Até então, a unidade escolar contava com uma fossa rudimentar. 

Condições

Quanto à linha FNO - Amazônia Infraestrutura Verde, é levada em conta a taxa de juros dos fundos constitucionais (TFC), diferenciada por setor, porte e finalidade. O prazo definido é de até 34 anos, com carência de até 08 anos. Esse modelo de financiamento é disponibilizado para empresas de todos os portes, com exceção de microempreendedor individual (MEI).

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30/06/2025 02:00h

Crescimento foi de 7% em relação ao mesmo período de 2024; soja foi o produto com maior carga e Porto de Areia Branca (RN) teve maior aumento percentual de movimentação no mês

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Apenas em abril 2025, os portos da Região Nordeste do Brasil movimentaram 7,5 milhões de toneladas de cargas. O volume representou um crescimento de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

O secretário Nacional de Portos, Alex Ávila, afirma que os resultados alcançados refletem o trabalho coletivo e os projetos consolidados no setor. “O crescimento observado na movimentação de produtos nos principais terminais portuários do Nordeste aponta que o planejamento do Governo Federal para a retomada do modal e da economia do país tem sido muito bem executado. Os investimentos realizados nos últimos dois anos têm contribuído para o desenvolvimento do nosso setor e, como resultado, têm elevado os indicadores econômicos das cidades da região.”

Maiores portos com movimentação de cargas no Nordeste

De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), o Porto de Itaqui (MA) é consolidado como um ponto estratégico para o escoamento de soja de toda a região Nordeste. Considerando o papel relevante, o porto maranhense foi responsável por toda a movimentação da commodity no mês abril – respondendo por 3,3 milhões de toneladas, alta de 12,4% em relação a abril de 2024.

O Porto de Itaqui é uma das principais portas de saída para exportações de grãos, combustíveis e minérios produzidos no Centro-Oeste, além do Nordeste do país. 

No ranking regional, o Porto de Suape (PE) ocupou o segundo lugar, com movimentação portuária de 1,8 milhão de toneladas no mês – o que equivale a quase 50% das cargas movimentadas pelo Porto de Itaqui.

Soja se destaca como principal carga

Com relação ao volume de carga,  a soja alcançou o maior patamar, com 2 milhões de toneladas – o que equivale um crescimento de 15,4% em relação a abril de 2024.

A movimentação de contêineres também apresentou avanço de 9,2%, com 1,1 milhão de toneladas – considerando todos os portos organizados da região. Já os fertilizantes aumentaram 39,2%, com 600 mil toneladas.

Maior volume de crescimento

O estado do Rio Grande do Norte responde por 95% da produção de sal em todo o país – insumo essencial para a economia potiguar. Com isso, em abril, o Porto de Areia Branca, principal polo de escoamento da produção do estado, movimentou 376 mil toneladas do produto. O montante corresponde a 56,9% a mais que em abril de 2024.

O valor representa toda a carga de sal movimentada na região Nordeste. Além disso, Areia Branca também atingiu o maior crescimento percentual de movimentação de cargas da região – foram 436 mil toneladas. O volume representou alta de 82,3% frente ao mesmo mês do ano passado.
 

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27/06/2025 00:00h

Crescimento de 7,35% em relação a 2024 é impulsionado por investimentos, gestão eficiente e exportações de grãos e contêineres

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No primeiro quadrimestre de 2025, os portos da Região Sul do Brasil movimentaram 39,9 milhões de toneladas de cargas. Esse foi o maior volume já registrado na série histórica, desde 2015. O montante representa um avanço de 7,35% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), o resultado demonstra a capacidade de crescimento do setor.

Em 2024, no mesmo período, o movimento dos portos na região somou  37,2 milhões de toneladas. Conforme a pasta, nos últimos 11 anos, mais de 324 milhões de toneladas foram movimentadas na região.

O secretário Nacional de Portos, Alex Ávila, explica os motivos do aumento da movimentação portuária na região. "O crescimento é fruto de investimentos estratégicos, gestão eficiente e da capacidade do Sul de responder com agilidade às demandas do comércio exterior. O objetivo é ampliar a competitividade dos nossos portos e garantir que essa expansão se mantenha de forma sustentável e contínua.”

Maiores portos com movimentação de cargas no Sul

Com mais 20,7 milhões de toneladas movimentadas entre janeiro e abril, o Porto de Paranaguá (PR) lidera – já que escoou e recebeu mais da metade do total alcançado em toda a região. Segundo o MPor, o porto paranaense se consolida como um dos principais corredores logísticos do país. 

Entre as atuações expressivas na área costeira, está a exportação de grãos, a movimentação de contêineres e a importação de fertilizantes, além de ser referência no escoamento de produtos como soja e farelo de soja.

Confira o ranking da movimentação de cargas na região:

  • Porto de Paranaguá (PR) – 20,7 milhões de toneladas;
  • Porto de Rio Grande (RS) –  9,1 milhões;
  • São Francisco do Sul (SC) – 5,7 milhões;
  • Imbituba (SC) – 2,4 milhões;
  • Itajaí (SC) – 1,4 milhão.

Portos sulistas: cruciais no escoamento de produção agrícola e industrial

Os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul compõem a Região Sul, definida pelo MPor como um polo estratégico para a economia e a logística do país.

Os portos localizados nos três estados têm papel fundamental para escoar produções agrícolas e industriais. Além disso, por meio deles, o país também recebe mercadorias importadas.

O potencial dos portos do Sul está diretamente ligado ao agronegócio e à movimentação de cargas variadas, que servem de motor para as economias local e nacional. 

Contêineres e soja estão entre os principais produtos

Entre os produtos que lideraram o ranking de movimentação portuária no primeiro quadrimestre deste ano, os contêineres aparecem em primeiro lugar, com 9,6 milhões de toneladas – representando um crescimento de 23,04%.

Já a soja ocupou o segundo lugar, com 8,8 milhões de toneladas. Em seguida aparecem os adubos, com 5,4 milhões, e resíduos da extração de óleo de soja e milho, 2,4 milhões e 2,2 milhões, respectivamente.

Outro segmento que demonstrou crescimento foi a carga geral, com um montante de 4,5 milhões de toneladas – o que representa uma alta de 22,78% em relação a 2024. 

Transporte de cargas

Já em relação ao transporte de cargas, a Região Sul atingiu 37,7 milhões de toneladas nos primeiros quatro meses de 2025 – levando em conta as modalidades de longo curso, cabotagem e navegação interior.

O transporte de longo curso somou 34,4 milhões de toneladas, registrando alta de 9,20% comparado ao mesmo período de 2024. O desempenho positivo foi puxado principalmente pelas operações de comércio exterior: as importações cresceram 12,41%; por sua vez, as exportações aumentaram 7,68%.

Leilões

Com vistas a sustentar o ritmo de crescimento da logística portuária, o MPor confirmou o segundo bloco de leilões portuários para 2025, com previsão de R$ 1,03 bilhão de recursos a serem investidos.

O certame inclui quatro terminais, como o POA26, localizado na Poligonal do Porto Organizado de Porto Alegre (RS), e deve ser realizado em julho deste ano, após a aprovação dos estudos e a deliberação e publicação do edital pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

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