O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) está com mais de 2,2 mil vagas de estágio abertas em todo o país, com bolsas que podem chegar a R$ 2,5 mil. As oportunidades são voltadas para estudantes de diferentes áreas de formação e níveis de escolaridade, e podem ser acessadas gratuitamente pela plataforma IEL Carreiras.
De acordo com a gerente de Carreiras e Desenvolvimento Empresarial do IEL, Michelle Queiroz, as vagas de estágio oferecidas se destacam por promover uma inserção qualificada no mercado de trabalho. “O IEL atua como uma ponte entre estudantes, as instituições de ensino e as empresas, o que facilita o acesso a oportunidades reais e prepara os jovens talentos para os desafios do ambiente corporativo”, afirma.
Além da experiência prática, os estagiários contratados pelo IEL têm acesso a um pacote de desenvolvimento que inclui orientações de carreira, mentorias, acompanhamento de desempenho e uma plataforma de aprendizagem virtual, com trilhas de conhecimento voltadas ao aprimoramento pessoal e profissional.
O diferencial do IEL também está no acompanhamento completo do estudante. O processo começa com o apoio às empresas na definição do perfil da vaga, passa pela seleção dos candidatos nas instituições de ensino e continua após a contratação, com contato direto com supervisores, suporte pedagógico e mentoria ao longo do contrato.
Ao final do estágio, os estudantes ainda podem concorrer ao Prêmio IEL de Talentos, que reconhece os melhores desempenhos de estagiários e empresas. “Este ano batemos recorde de inscritos, com crescimento de mais de 100% em relação ao ano anterior”, comemora Michele.
O Prêmio IEL de Talentos 2025 contou com a participação de 21 estados brasileiros e registrou resultado inédito, com 757 projetos inscritos, superando o dobro das inscrições de 2024, que recebeu 377 propostas.
A plataforma IEL Carreiras funciona como uma vitrine de vagas. O estudante acessa o site, escolhe o estado desejado, busca pelas vagas de interesse e se inscreve diretamente.
Nesta edição do programa, Bahia lidera o número de vagas, com 660 oportunidades. Em seguida, o Goiás, com 439 vagas abertas. “Esses estados aparecem no topo da oferta de vagas, pois concentram importantes polos industriais, administrativos e educacionais. Além disso, nós também entendemos que é reflexo da atuação forte regional do IEL nesses estados, o que facilita a articulação e a conexão entre universidade e indústria”, completa Michelle.
Estudantes de cidades do interior também podem participar do programa. “Muitos núcleos regionais, inclusive, têm polos de atendimento no interior dos estados. Além disso, tem a plataforma IEL Carreiras. As pessoas também podem acessar por lá as oportunidades de estágio que estão disponíveis”, lembrou a gestora.
Para mais informações ou para se candidatar às vagas, acesse: carreiras.iel.org.br.
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) ganhou destaque durante a São Paulo Climate Week. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reforçou o compromisso do setor privado com a agenda climática global, apresentando os avanços da iniciativa Sustainable Business COP (SB COP) e defendeu a presença ativa das empresas no evento internacional que será sediado no Brasil, em novembro, em Belém (PA).
Lançada pela CNI, a SB COP reúne empresas e instituições nacionais e internacionais em oito grupos de trabalho temáticos, como bioeconomia, economia circular, transição energética e cidades sustentáveis, com o objetivo de apresentar soluções concretas e viáveis para acelerar o cumprimento das metas do Acordo de Paris.
O superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, explicou que a SB COP nasceu como uma plataforma de mobilização do setor produtivo brasileiro com forte articulação internacional. Segundo ele, a iniciativa é estratégica para posicionar a indústria nacional como parte da solução no enfrentamento às mudanças climáticas.
“A SB COP é uma iniciativa de mobilização e engajamento do setor privado. É uma iniciativa que tem uma amplitude não só nacional, mas também internacional. Isso é importante porque você dá legitimidade e, dessa forma, você tem um alcance maior, uma amplitude maior de mostrar o que o setor privado tem feito para se fazer a transição para uma economia de baixo carbono”, afirmou.
Ele também ressaltou o papel da COP30 como vitrine para o Brasil demonstrar seu protagonismo sustentável. “A COP em Belém é uma oportunidade de mostrar que o Brasil é um país competitivo quando se fala em sustentabilidade, é um país que tem as suas vantagens comparativas, temos aí uma matriz energética e elétrica bastante limpa, somos o segundo maior produtor de biocombustíveis, uma indústria que consome energia mas emite pouco gás de efeito estufa, temos aí a maior biodiversidade do planeta 20% ou 15% só na Amazônia, temos água. Então, temos aí essas vantagens comparativas que a chave é como transformá-las em competitividade para que a gente possa gerar emprego, gerar renda, ter acesso a novos mercados”, completou.
Durante o painel moderado por Ricardo Mussa, chair da SB COP, representantes dos grupos de trabalho discutiram formas de destravar o financiamento para soluções climáticas. A pauta incluiu desde mecanismos para impulsionar a economia circular até a ampliação das chamadas green skills, ou competências verdes, em regiões vulneráveis do Brasil.
Outros temas debatidos foram:
Gabriela Dorlhiac, diretora executiva do ICC Brasil, destacou o papel do setor privado como agente implementador do Acordo de Paris e defendeu o fortalecimento da parceria com a SB COP.
Ao fim do painel, Mussa reforçou a importância de alinhar recomendações, soluções e instrumentos financeiros para garantir entregas concretas do setor produtivo brasileiro na COP30.
Para Dan Ioschpe, Campeão Climático da COP30, o Brasil reúne as condições ideais para ser referência em uma transição verde global. “Temos tudo para expandir nossas cadeias de valor com base na sustentabilidade. Lá fora, somos vistos como um país de soluções”, afirmou.
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, também destacou o papel do país no cenário climático internacional. “O Brasil é uma versão pequena do universo. Nossa missão é mostrar que, apesar das diversidades e desafios, é possível alcançar resultados concretos e inspirar avanços globais”, declarou.
O evento também apresentou o Plano de Transformação Ecológica, coordenado pelo Ministério da Fazenda, e o programa Eco Invest, que pretende atrair investimentos privados internacionais para projetos de descarbonização da economia brasileira. A iniciativa prevê leilões para selecionar projetos com alto impacto climático e retorno financeiro, alinhando crescimento econômico e sustentabilidade.
Com a COP30 se aproximando, a CNI e os parceiros da SB COP seguem trabalhando para que o setor privado brasileiro esteja preparado para protagonizar soluções no maior evento climático do mundo.
Empresários brasileiros ainda têm uma nova chance de participar da edição Barcelona do Programa IEL de Educação Executiva Global, promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL). As inscrições foram prorrogadas até o dia 8 de agosto (sexta-feira). A imersão será realizada entre os dias 29 de setembro e 3 de outubro, na La Salle Universidad, referência internacional em negócios digitais, design e inovação.
A edição Barcelona traz o tema “Conexão global e liderança conectada” ao programa voltado a líderes do setor industrial, comércio e serviços que atuam com as diretrizes da Nova Indústria Brasil (NIB). Durante cinco dias, os participantes terão acesso a workshops, mentorias e visitas técnicas a centros de excelência em inovação e transformação digital.
Entre os destaques da programação, estão experiências com especialistas da La Salle, ESADE, Acció e Barcelona Tech City, além de visitas a empresas como Danone e Nestlé. Na capital catalã, a Danone mantém seu primeiro centro tecnológico global, enquanto a Nestlé abriga o Centro Global de IT Hub, com mais de 600 profissionais dedicados à transformação digital da companhia.
Para a gerente de Carreiras e Desenvolvimento Empresarial do IEL, Michelle Queiroz, o Programa IEL de Educação Executiva Global desempenha um papel importante na formação de lideranças que acompanham as transformações do setor industrial, especialmente no contexto das diretrizes da NIB.
“Iniciativas como a imersão executiva em Barcelona formam líderes preparados para competir e colaborar em um mercado internacionalizado, onde conhecimento precisa ser aplicado com agilidade e propósito. Ao conectar orientações de carreira, contribuir para a empregabilidade e formação de alto nível com experiências globais, o IEL contribui para desenvolver líderes que pensem no local com mentalidade global”, afirmou a gestora.
Segundo ela, experiências internacionais são catalisadoras no desenvolvimento de líderes empresariais mais inovadores e conscientes das demandas globais. “Ao expor os participantes a contextos de excelência e instituições de referência, essas vivências ampliam a visão de mundo, promovem a troca com ecossistemas globais de inovação e estimulam a aplicação prática de conhecimento em suas realidades empresariais”, completou Michele.
Ainda de acordo com a gerente, a edição em Barcelona traz diferenciais importantes em relação à realizada anteriormente nos Estados Unidos, com atividades no Massachusetts Institute of Technology (MIT). “A edição anterior, que foi realizada no MIT, trouxe aprendizados valiosos sobre a importância da combinação entre tecnologia de ponta, liderança estratégica e visão de futuro. Essa experiência reforçou o valor de metodologias que integram teoria, prática e networking em ambientes de inovação de alto nível. Para a edição de Barcelona, o IEL incorpora esse modelo bem-sucedido, mas amplia o foco para temas como sustentabilidade, novos modelos de negócio e liderança em mercados europeus”, destacou.
A edição faz parte da trilha de Educação Executiva Global, promovida pelo IEL em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Boston Innovation Gateway (BIG). Antes da viagem, os selecionados terão acesso a webinars preparatórios e conteúdos exclusivos de formação executiva. Ao final da imersão, recebem certificado internacional e participam de mentorias estratégicas para adaptar os aprendizados ao contexto brasileiro.
Os empresários interessados em expandir fronteiras, liderar com propósito e acelerar a cultura de inovação de suas organizações, podem acessar o Portal da Indústria para fazer a inscrição no Programa IEL Educação Executiva Global.
Tributo, criado em 2000, estimula a inovação e o desenvolvimento tecnológico brasileiro
O Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta quarta-feira (6) a constitucionalidade da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), tributo federal com arrecadação e aplicação de recursos vinculados a um setor específico, a exemplo do que ocorre com os combustíveis. Os ministros discutem a validade e a ampliação da Cide às remessas financeiras ao exterior a título de remuneração de contratos que envolvam o uso ou a transferência de tecnologia estrangeira.
Em maio deste ano, o relator do caso, ministro Luiz Fux, reconheceu a validade da Cide como instrumento de estímulo à inovação e ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. A contribuição, segundo ele, está “intrinsecamente ligada aos princípios da ordem econômica e ao papel do Estado como agente incentivador dessa atividade econômica”.
Na avaliação de Fux, eventuais desvios de finalidade dos recursos da contribuição a partir da vinculação a finalidades diversas das especificadas na Lei nº 10.168/2000 podem acarretar a responsabilização de gestores públicos, mas não invalida a norma. O ministro Flávio Dino também votou com o relator neste ponto, mas divergiu em relação à incidência dos contratos que não tratem de transferência de ciência e tecnologia.
Segundo o advogado Andre Azeredo, coordenador de Contencioso Tributário no FAS Advogados, o debate na Suprema Corte gira em torno de um suposto desvio de finalidade. “A contribuição, inicialmente, tinha um escopo de alcançar contratos que envolvessem licenciamento de software ou transferência de tecnologia do exterior para o Brasil, o que estimularia, indiretamente, o uso de tecnologia nacional. Alguns anos depois, essa lei foi alterada. Hoje em dia, basicamente, ela alcança qualquer remessa para o exterior, inclusive em contratos que não envolvam a transferência de tecnologia”, aponta.
O especialista acrescenta, ainda, que a Cide incide hoje sobre serviços técnico-administrativos e outras atividades importadas do exterior que não necessariamente tinham ou têm relação com aquele objetivo inicial da lei de promover o desenvolvimento da tecnologia nacional. “A Cide é um tributo que busca promover a intervenção do Estado na economia”, resume.
Indústria defende manutenção
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Cide é um “instrumento fundamental de política pública, responsável, de forma isolada, por mais de 70% dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), a principal fonte de financiamento à ciência, tecnologia e inovação (CT&I) no Brasil”. Além disso, a entidade ressalta que “os recursos proporcionados pela Cide têm sido essenciais para a implementação do plano Nova Indústria Brasil (NIB), iniciativa que visa à reindustrialização do país em bases modernas, sustentáveis e inovadoras”.
Na avaliação da especialista de Desenvolvimento Industrial da CNI, Idenilza Moreira de Miranda, o orçamento do FNDCT em 2025, que supera R$ 14 bilhões, representa um estímulo significativo ao ecossistema de ciência, tecnologia e inovação do país.
“Os recursos do FNDCT têm contribuído para projetos que vão reindustrializar o país, atendem desde startups a grandes empresas, assim como as universidades e o Centro de Pesquisa. Então, isso já é um motivo mais do que importante para a gente apoiar a manutenção da Cide”.
Em tempos de crise comercial com os Estados Unidos, Idenilza sinaliza que a preservação da Cide dá mais competitividade aos setores exportadores brasileiros.
“No cenário de disputas globais que a gente tem vivido e especialmente de rápidas transformações na nossa indústria, com a entrada cada vez mais acelerada das tecnologias no mercado, investir no desenvolvimento científico e tecnológico é questão de sobrevivência. A Cide tem que ser olhada nesse contexto de fomentar a autonomia tecnológica, ampliar o domínio sobre as tecnologias e ganhar maior competitividade no mercado nacional e internacional”, complementa.
A eventual descontinuidade ou fragilização da Cide, alerta a CNI, comprometeria seriamente a sustentabilidade do financiamento à pesquisa, ao desenvolvimento e à inovação no Brasil, impactando negativamente a geração de empregos, renda e riqueza.
A decisão do governo dos Estados Unidos de impor tarifas adicionais sobre uma ampla gama de produtos brasileiros reacendeu o alerta no setor produtivo nacional. A medida, que começa a valer em 6 de agosto, impõe alíquotas de até 40% sobre boa parte das exportações — em alguns casos, somadas a uma tarifa de 10% já vigente desde abril. O impacto é especialmente preocupante para setores como carnes, café, frutas secas, máquinas e equipamentos e produtos químicos, que já enfrentam desafios de competitividade internacional.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o cenário ameaça o fluxo de exportações para um dos principais parceiros comerciais do Brasil, colocando em risco cadeias produtivas integradas, empregos e investimentos bilaterais. Em entrevista, a gerente de Comércio e Integração Internacional da entidade, Constanza Negri, avaliou que, apesar de exceções pontuais na nova política tarifária, mais da metade das exportações brasileiras aos Estados Unidos ainda será afetada pelas alíquotas elevadas.
“Mais de 50% das nossas exportações seguirão sujeitas às novas tarifas. No caso do setor de proteínas, por exemplo, a alíquota pode ultrapassar 70%, o que é praticamente proibitivo. Estamos falando de um impacto direto em setores fundamentais como carnes, café e frutas secas, que devem ser prioridade nas negociações entre os governos”, afirma Constanza.
A especialista lembra que o setor de máquinas e equipamentos, relevante na pauta industrial brasileira com os EUA, teve parte dos produtos isentados, mas com uma limitação significativa: a isenção só vale para equipamentos destinados à aviação civil.
Estudo citado por Constanza e conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) projeta que um cenário generalizado de aumento tarifário — como o que começa a se consolidar — pode provocar perdas de até R$ 20 bilhões no PIB brasileiro, além de impactar diretamente cerca de 70 mil empregos, sendo 30 mil na indústria e 40 mil no agronegócio.
“Mesmo com as exceções anunciadas, esse estudo dá um norte do tamanho do prejuízo. O mercado americano é o principal destino das exportações industriais brasileiras. Cada bilhão de dólares exportado para lá gera, em média, 24 mil empregos diretos no Brasil”, ressalta a gerente da CNI.
Entre os setores mais atingidos pela nova rodada tarifária está a indústria química, que vê ameaçada uma relação de décadas com os Estados Unidos. Segundo a Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), os EUA aplicaram uma tarifa adicional de 40% sobre a maioria dos produtos químicos brasileiros, o que, somado à alíquota de abril, resulta numa carga tarifária de 50%.
O impacto é direto sobre US$ 1,7 bilhão em exportações, que representam cerca de 70% do total vendido pelo setor químico brasileiro aos EUA em 2024. Apenas cinco produtos, entre 50 itens principais, ficaram isentos da nova tarifa. Éder da Silva, gerente de Comércio Exterior da Abiquim, explica que Brasil e Estados Unidos mantêm uma relação estratégica de investimentos, baseada em uma forte integração produtiva.
“Por isso, a Abiquim espera a ampliação da lista de exclusões, com o objetivo de mitigar tanto os impactos diretos quanto os indiretos — especialmente sobre produtos químicos adquiridos no Brasil para o processamento industrial de bens de diversas cadeias produtivas que também exportam para os Estados Unidos, como móveis, têxteis, couros e borracha.”
Além das exportações diretas, a associação já identificou efeitos indiretos em setores dependentes de insumos químicos, como móveis, têxteis e artefatos de borracha, que começaram a sofrer cancelamentos de pedidos de compradores norte-americanos.
A CNI e a Abiquim vêm atuando junto ao governo brasileiro para buscar soluções por meio do diálogo diplomático. Constanza afirma que a entidade seguirá subsidiando as autoridades brasileiras com dados técnicos e apoio aos setores afetados, atuando também como interlocutora com o setor privado americano.
“Sem dúvida, a nossa grande preocupação é em relação aos efeitos negativos na economia brasileira e continuaremos colocando esforços, como CNI, como indústria brasileira, juntos aos setores e às empresas para ser um facilitador junto ao governo americano e ao governo brasileiro e as nossas contrapartes para demonstrar o quão injustificada é essa medida em relação ao Brasil”, reforça a gerente da CNI.
A Abiquim, por sua vez, propõe medidas emergenciais, como a ampliação do Reintegra para 7%, devolução imediata de créditos de ICMS e novas linhas de financiamento à exportação, além de ações conjuntas com a entidade americana do setor, o American Chemistry Council (ACC), para reverter os efeitos das tarifas.
A expectativa das entidades é de que as negociações avancem com base em critérios técnicos e econômicos, e não em decisões unilaterais ou geopolíticas. Para a indústria brasileira, a prioridade no momento é preservar o acesso ao mercado americano em condições justas e evitar retrocessos em uma relação comercial construída ao longo de décadas.
“Não podemos permitir que medidas como essa comprometam os avanços já conquistados. O momento é de união entre governo, indústria e parceiros internacionais para proteger empregos, investimentos e a competitividade do Brasil no cenário global”, conclui Constanza.
O governo federal e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) formalizaram uma parceria inédita com o objetivo de modernizar a gestão pública e aprimorar o licenciamento ambiental no país. O acordo de cooperação foi firmado entre a Casa Civil da Presidência da República, por meio da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (SEPPI), e a CNI. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aderiu de forma voluntária à iniciativa, que marca uma nova fase de colaboração entre o setor público e o setor produtivo nacional.
Como primeira ação concreta da parceria, oficializada no último dia 30, em Brasília, a CNI realizou a doação de R$ 1,5 milhão em equipamentos de última geração à Diretoria de Licenciamento Ambiental (DILIC) do Ibama. O pacote inclui drones, câmeras, estações de trabalho e ferramentas para processamento de dados, que serão utilizados para ampliar a capacidade técnica e agilizar a análise de processos de licenciamento.
Para o diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz, o acordo firmado representa mais do que uma parceria pontual, trata-se de uma cooperação capaz de transformar a relação entre os setores público e privado. “Você vê que muitas pessoas falam a palavra parceria. Mas eu acho que a gente foi mais longe quando a gente encontrou o termo cooperação. Porque a parceria dá um sentido de que o tempo vai se expirar. Quando você vai para o ambiente da cooperação, parece que isso não acaba nunca. E o nosso sentido é esse mesmo. A gente está aqui pensando em não acabar nunca esta mesa que a gente está criando agora”, afirmou.
Muniz destacou que o novo modelo estabelecido pelo acordo amplia o foco da agenda ambiental e regulatória. “Onde tem licenciamento, tem um Brasil legal. A gente não pode permitir entregar o nosso país à ilegalidade. A gente precisa recepcionar de forma efusiva a legalidade, porque alí, onde tem Estado, tem a presença do nosso país”, disse. Segundo ele, a iniciativa busca enfrentar não apenas os problemas atuais, mas também antecipar cenários futuros, como a mineração oceânica e novas tecnologias energéticas.
Para a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, a parceria com o setor privado pode gerar sinergia e eficiência nos trâmites ambientais. “A gente pode, com o uso da tecnologia, investindo na qualidade dos projetos, ganhar a celeridade e, ao mesmo tempo, manter a qualidade do licenciamento ambiental”, pontuou.
A cooperação se baseia na Lei nº 13.334/2016, que criou o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), e reconhece o papel das entidades representativas do setor produtivo na construção de soluções para projetos de interesse público. No evento de lançamento da parceria, o secretário especial do PPI, Marcus Cavalcanti, comentou que o acordo promove o diálogo com confederações e autoridades e busca práticas internacionais de excelência para subsidiar decisões estratégicas. Além do investimento em tecnologia, a parceria também prevê a realização de diagnósticos sobre os processos atuais de licenciamento e a oferta de capacitação para servidores públicos e profissionais da indústria.
Para o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, a colaboração com a CNI vai além da modernização estrutural. “É muito positivo observar que estamos conseguindo contribuir para o desenvolvimento do país com a devida preocupação com a sustentabilidade, por meio de parcerias. Esse acordo de cooperação permitirá avanços no licenciamento ambiental federal, que, desde 2003, viabilizou cerca de 1.400 empreendimentos em setores estratégicos do país”, destacou.
A modernização tecnológica do Ibama ganhou impulso com a entrega de novos equipamentos à DILIC. A infraestrutura, fruto da parceria entre o governo federal e a CNI, inclui drones de alta precisão, estações de trabalho potentes e ferramentas avançadas de processamento de dados. O objetivo é ampliar a capacidade técnica do órgão, agilizar análises e fortalecer o suporte às decisões no licenciamento ambiental federal.
Os drones permitirão mapeamentos detalhados e coleta de dados geoespaciais em áreas de difícil acesso, contribuindo para diagnósticos mais precisos e decisões mais transparentes. Já as novas estações de trabalho aumentarão o desempenho em tarefas, como geoprocessamento e modelagens ambientais. A integração com plataformas digitais também facilitará o acesso às informações por parte de empreendedores e órgãos licenciadores.
O licenciamento ambiental é uma das ferramentas principais da Política Nacional de Meio Ambiente. Segundo a diretora de Licenciamento Ambiental do Ibama, Claudia Barros, é por meio desse processo e da avaliação de impacto ambiental que os órgãos competentes definem os critérios necessários para orientar a localização, construção e operação de empreendimentos de infraestrutura no país.
O diretor da CNI ressaltou ainda o papel do setor privado na construção dessa nova agenda. “Nós queremos inaugurar o momento em que a gente ganha por meio de soluções, com transparência, de forma republicana, com compromisso com o Brasil”, concluiu Muniz.
Embora gigantes como a Embraer já tenham conseguido derrubar a sobretaxa norte-americana, diversos outros setores produtivos brasileiros permanecem sujeitos à tarifa de 50% (aumento de 40% nas tarifas já existentes, de 10%). Oficializada na última quarta-feira (30), por decreto do presidente Donald Trump, a medida passa a valer em 6 de agosto.
Levantamento preliminar da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC) aponta que tarifa adicional de 50% incidirá sobre 35,9% das exportações brasileiras para os Estados Unidos. Essa fatia correspondeu a US$ 14,5 bilhões em 2024.
Preocupada com o impacto desproporcional sobre os negócios de menor porte, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) enviou ao governo federal um pacote de oito medidas emergenciais para amortecer o efeito do “tarifaço”. A entidade defende que o momento exige negociação diplomática e políticas internas de apoio às empresas, “e não retaliação”.
“Não há justificativa técnica ou econômica para o aumento das tarifas. Acreditamos que essa medida é uma relação de perde-perde para os dois países”, afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban.
As medidas entregues ao ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, visam garantir fôlego financeiro e preservar a capacidade exportadora dos negócios afetados:
● Linha emergencial de crédito do BNDES com juros entre 1% e 4% ao ano;
● Prorrogação e flexibilização de contratos de câmbio de exportação;
● Adiamento de tributos federais por 120 dias, com parcelamento posterior sem multa ou juros;
● Pagamento imediato de créditos acumulados de PIS/Cofins e IPI;
● Ampliação do Reintegra para 3%;
● Reativação do Programa Seguro-Emprego;
● Ações contra práticas de dumping e reforço à defesa comercial.
Segundo a CNI, cerca de 700 produtos brasileiros serão isentos da tarifa de 50%. Entretanto, os setores importantes para a exportação brasileira ficaram de fora da lista de exceções. Entre os mais atingidos, estão:
● Proteína animal, café e etanol;
● Máquinas e equipamentos industriais;
● Produtos manufaturados e de alto valor agregado.
Os Estados Unidos são o principal destino das exportações da indústria de transformação brasileira, com destaque para pequenas e médias empresas. Segundo a CNI:
● Cada R$ 1 bilhão exportado em 2024 gerou 24,3 mil empregos e R$ 3,2 bilhões em produção nacional;
● O Brasil tem quase 3 mil empresas atuando nos EUA;
● Os investimentos brasileiros no país somam US$ 22,1 bilhões.
Para a CNI, o momento exige pressão coordenada entre setor produtivo e diplomacia governamental para evitar perdas duradouras. Como resposta diplomática, a CNI prepara uma missão empresarial aos Estados Unidos para sensibilizar o setor privado norte-americano. A intenção é mostrar que a tarifa afeta ambos os lados da relação comercial, com prejuízos diretos para cadeias produtivas e empregos.
"O nosso objetivo é abrir a conversa entre empresas brasileiras e americanas que sejam fornecedores ou clientes e vice-versa umas das outras. Nosso papel da CNI é ser um facilitador e um coordenador", reforçou Alban.
O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) está com 167 vagas abertas em todo o país para o programa Inova Talentos, iniciativa que conecta profissionais qualificados a empresas interessadas em desenvolver projetos de inovação e tecnologia. As bolsas podem chegar a R$ 12 mil mensais, dependendo do nível de formação e da complexidade do projeto.
A superintendente nacional do IEL, Sarah Saldanha, destaca a importância estratégica do programa Inova Talentos para aproximar a academia do setor produtivo. “O programa Inova Talentos é um dos principais mecanismos disponíveis à inovação no país. É utilizado por grandes empresas brasileiras que lideram o processo de inovação no Brasil. Os bolsistas trazem conhecimentos atuais, aplicam metodologias inovadoras, têm um olhar sobre o avanço tecnológico e podem contribuir para a competitividade da empresa”, ressalta.
As oportunidades são voltadas para técnicos, graduados, mestres e doutores das áreas de engenharia, administração, biotecnologia, ciência de dados, sistemas de informação, entre outras. O objetivo do programa é fomentar o ecossistema de inovação brasileira, ao mesmo tempo em que contribui para a formação prática de profissionais altamente qualificados. A seleção dos bolsistas é feita de acordo com os requisitos de cada projeto e o perfil técnico do candidato.
Ryan de Souza ingressou no programa Inova Talentos como estagiário do bacharelado em agronomia, há aproximadamente seis meses, e atua na Suprema Máquinas Concessionária Case IH, em Alta Floresta (MT). Ele é assistente e realiza todo o acompanhamento e monitoramento da frota de máquinas da concessionária.
O bolsista mostra como o programa impacta a sua trajetória profissional. “O Programa Inova Talentos é um projeto de grande importância, que tem sido fundamental. Tem dado todo o suporte e apoio necessário, oportunidade de estar ingressando em uma grande empresa e com uma grande responsabilidade de buscar novos talentos para o mercado de trabalho”, afirma.
Ele orienta aos novos participantes a aproveitarem a oportunidade que o programa oferece. “Criem um network e dediquem-se ao máximo. Isso pode ser o que vai transformar a sua vida no mercado de trabalho e na sua jornada futura”, aconselha.
Entre as empresas que oferecem oportunidades para bolsistas atuarem em projetos de inovação e tecnologia no programa, destacam-se a seguintes:
● General Motors do Brasil
Modalidade: Remoto
Perfil: Bacharel em Ciência da Computação, Engenharia de Software ou áreas correlatas
Projeto: Manufatura inteligente com foco em ingestão, transformação e integração de dados de chão de fábrica
Bolsas: De R$ 7 mil a R$ 12 mil, conforme a especialidade
Carga horária: 40h semanais
Duração: 12 meses
● Globe Química LTDA
Modalidade: Presencial
Perfil: Técnico em Química, graduado em Química ou Farmácia, mestre em Química Orgânica
Projeto: Otimização de produtos farmacêuticos, atualização regulatória, aumento de rendimento, redução de custos e expansão de mercado
Bolsas: De R$ 2 mil a R$ 4.200
Carga horária: 40h semanais
Duração: 12 meses
● Companhia Brasileira de Alumínio
Modalidade: Híbrido
Perfil: Doutores ou Doutores Tecnológicos em Ciência da Computação, Engenharias, Sistemas de Informação, TI ou áreas afins
Projeto: Revisão e implementação da arquitetura de dados 2.0
Bolsa: R$ 11 mil
Carga horária: 40h semanais
Duração: 12 meses
● Whirlpool S.A.
Modalidade: Híbrido
Perfil: Graduados em Engenharia
Projeto: Otimização dos processos logísticos externos, com foco na redução do lead time
Bolsa: R$ 3.500
Duração: 12 meses
O Inova Talentos é uma parceria entre o IEL, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que já promoveu a inserção de milhares de profissionais em empresas de diversos setores. Os participantes atuam por tempo determinado em desafios reais do setor produtivo, com orientação de especialistas e supervisão técnico-científica.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas diretamente no site do programa. Para conferir as vagas disponíveis e se candidatar, acesse a página do Inova Talentos, no Portal da Indústria.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, destacou que a missão empresarial que a instituição está organizando aos Estados Unidos busca aproximar empresas brasileiras e americanas que mantêm relações comerciais. “Nosso papel, da CNI, é ser um facilitador – um coordenador –, assim como nossa parceira, a U.S. Chamber of Commerce, nos Estados Unidos, também seja uma facilitadora. E o nosso objetivo não é fazer lobby, é fazer a sensibilização lá, para que as empresas americanas tenham sensibilização para o governo e vice-versa”, explicou Alban, nesta terça-feira (29).
A declaração ocorre em meio à expectativa pela entrada em vigor da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros no mercado norte-americano, prevista para esta sexta-feira, 1º de agosto. Ricardo Alban defende que o diálogo entre empresas dos dois países pode criar pontes e contribuir para uma solução negociada, ainda que a decisão final dependa exclusivamente dos governos.
“Temos que aguardar o que vai acontecer de fato no dia 1º – se teremos a tão desejada suspensão ou a prorrogação [das medidas tarifárias] para que a gente possa ter um tom mais adequado dessas conversas”, acrescentou o dirigente.
A comitiva deve se reunir nas próximas semanas com empresas brasileiras que atuam no mercado norte-americano e com companhias dos EUA que mantêm relações comerciais com o Brasil. O objetivo é promover a sensibilização mútua sobre os impactos negativos do tarifaço e ampliar canais de interlocução, sem interferir diretamente nas negociações governamentais.
Alban destacou que, embora os Estados Unidos representem uma parcela menor das exportações brasileiras, o mercado americano é relevante para o setor industrial nacional, especialmente para pequenas e médias empresas, que não têm margem de manobra para enfrentar barreiras abruptas.
"Queremos encontrar bom senso. Não é simples, não é fácil, mas é possível, se focarmos no que converge”, concluiu.
Impactos esperados: empregos e PIB em risco
Durante reunião da diretoria da CNI na terça-feira, em Brasília, os representantes das federações industriais estaduais demonstraram forte preocupação com os efeitos da tarifa sobre cadeias produtivas locais. A Confederação estima que a medida pode causar:
● Perda de 110 mil empregos no Brasil;
● Redução de 0,16% no PIB nacional;
● Queda de 0,12% na economia global;
● Retração de 2,1% no comércio mundial, o equivalente a US$ 483 bilhões.
O aumento das tarifas de importação anunciado pelos Estados Unidos, com previsão de entrar em vigor em 1º de agosto, pode provocar perdas superiores a R$ 19 bilhões para os estados brasileiros, revela levantamento da CNI, com base no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
O estudo mostra ainda os impactos nos estados com as maiores dependências do mercado norte-americano. Em 2024, os Estados Unidos representaram 44,9% das exportações do Ceará. No Espírito Santo, a participação foi de 28,6%. Em outros estados, como Paraíba (21,6%), São Paulo (19,0%) e Sergipe (17,1%), a dependência também é significativa.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante, afirmou que o estado poderá perder até 8 mil empregos com o tarifaço. Setores como aço, pescado, cera de carnaúba, castanha de caju e calçados estão entre os mais afetados.
“Temos mais de 6 mil barcos pescando no Ceará, cada um com 3 ou 4 tripulantes. Para cada pessoa no mar, há mais cinco em terra. Mais de 90% dos peixes vermelhos do estado vão para os EUA. Essa cadeia representa mais de 40 mil pessoas”, alertou Cavalcante, após reunião com o ministro Geraldo Alckmin e o governador Elmano de Freitas.
Outro levantamento da confederação mostra que há 2,9 mil empresas brasileiras com investimentos nos EUA, com destaque para JBS, Omega Energia, CSN, Bauducco e Embraer. Entre 2020 e 2025, 70 empresas brasileiras anunciaram novos projetos em território americano, somando US$ 3,3 bilhões.
O estoque de investimentos do Brasil nos EUA chegou a US$ 22,1 bilhões em 2024, crescimento de 52,3% em uma década. Em contrapartida, os investimentos dos EUA no Brasil somaram US$ 357,8 bilhões no mesmo ano, com 3,6 mil empresas americanas atuando no país.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (30) que o governo americano não fechou a porta para uma nova rodada de conversas. Segundo Haddad, a equipe do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, pediu paciência até o retorno do secretário de viagem à Europa.
“Tenho tentado contato com ele. A assessoria dele sinalizou que há espaço para novo diálogo quando ele voltar”, disse Haddad.
Embora o clima ainda seja de incerteza, a expectativa é que o cenário possa mudar com pressão do setor produtivo e articulação política bilateral. A CNI mantém a posição de que a saída deve vir do diálogo — e não de medidas de confronto.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) está com 53.193 vagas abertas para jovens aprendizes, em todo o Brasil, no segundo semestre de 2025. As oportunidades, oferecidas de forma gratuita, abrangem diversas áreas industriais, como Logística, Análise de Dados, Construção Civil, Eletromecânica, Tecnologia da Informação, Têxtil e Vestuário. Os cursos têm foco na formação profissional aliada à experiência prática em empresas, permitindo que os jovens ingressem no mercado de trabalho com qualificação técnica.
“O SENAI sempre busca oferecer os seus cursos alinhados à demanda do setor produtivo e na aprendizagem não é diferente. As indústrias buscam o SENAI para a oferta de cursos customizados à necessidade da indústria”, explica Felipe Morgado, superintendente de Educação Profissional e Superior da instituição.
A iniciativa acontece em um momento histórico para a aprendizagem profissional no Brasil. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, entre janeiro e maio de 2025, foram contratados mais de 664 mil jovens aprendizes, o maior número registrado desde a última atualização na legislação em 2000. O SENAI contribuiu com esse avanço, com mais de 192 mil matrículas na aprendizagem industrial no período.
Para Morgado, o modelo da aprendizagem é “o estado da arte da educação profissional”, já que une formação técnica e vivência prática na indústria. “Além de estudar, ele [o aluno] está sendo remunerado para estudar e para trabalhar. Isso o ajuda a ter uma profissão, adquirir uma experiência e se destacar depois da conclusão do programa de aprendizagem”, afirma.
Desde o início da formação, os alunos têm acesso a metodologias modernas de ensino, com aulas realizadas em ambientes simulados e laboratórios de ponta, além de plantas didáticas que espelham os processos reais da indústria. O modelo alia teoria e prática e permite que o jovem se desenvolva com foco no trabalho e na carreira.
Segundo o especialista, cerca de 90% dos jovens que concluem o programa são contratados, o que evidencia o impacto positivo da iniciativa. “A aprendizagem profissional é um acesso rápido ao mercado de trabalho industrial e também um desenvolvimento da sua carreira e do seu projeto de vida, uma vez que ele se forma e ao mesmo tempo está se formando, ele está trabalhando”, pontua.
Jovem Aprendiz: destaques regionais
Alguns estados se destacam pelo número de vagas e pela diversidade de áreas de formação:
Outros estados também registram números expressivos de oportunidades: Santa Catarina (3.687 vagas), Minas Gerais (2.333), Rondônia (2.345) e Bahia (1.440).
Jovem Aprendiz: como participar
As vagas são direcionadas a jovens entre 14 e 24 anos, conforme previsto na Lei da Aprendizagem Profissional. Para participar, os interessados devem procurar o SENAI de seus respectivos estados, onde poderão obter informações sobre os cursos, os critérios de seleção e o início das turmas.
A iniciativa reforça o compromisso do SENAI com a formação de mão de obra qualificada, estimulando o ingresso dos jovens no mercado de trabalho formal e contribuindo para o desenvolvimento da indústria brasileira.
“O programa de aprendizagem pode ajudar tanto as empresas, na sua estratégia de desenvolvimento de capital humano, quanto também ajudar o jovem, na escolha da sua profissão. Então, é uma ótima oportunidade, uma alternativa de sucesso e de futuro”, destaca Morgado.
Para mais informações e inscrições, acesse o site ou entre em contato com o SENAI do seu estado.