Municípios

07/08/2025 01:00h

Situação irregular bloqueia repasses da União; cidades só voltam a receber após regularizar pendências

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Cinco municípios brasileiros estão atualmente bloqueados de receber os recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), de acordo com informações do Tesouro Nacional, com dados atualizados até o último dia 5 de agosto. As cidades permanecem impedidas de receber os repasses até que resolvam pendências legais, fiscais ou previdenciárias junto à União. 

Segundo o assessor de orçamento César Lima, os prejuízos financeiros podem ser expressivos ao longo do ano. “Eles vêm perdendo recursos consideráveis durante o ano e devem procurar regularizar sua situação, seja ela previdenciária, seja por conta de algum crédito não pago e que tenha o aval do governo federal”, pontua.

Cabo Frio bloqueada desde janeiro

Entre os municípios com bloqueio vigente, dois estão no estado do Rio de Janeiro: Cabo Frio e Barra do Piraí. Cabo Frio, localizada na Região dos Lagos e com cerca de 238 mil habitantes, está impedida de receber os repasses do FPM desde 8 de janeiro de 2025, segundo o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do Tesouro Nacional.

Neste decêndio, o município deixará de receber cerca de R$ 3,5 milhões. Considerando uma estimativa anual, a cidade poderia perder mais de R$ 100 milhões em repasses do fundo — recurso fundamental para o custeio de serviços públicos como saúde, educação e infraestrutura.

Embora também tenha recebido, em 2024, cerca de R$ 388 milhões em royalties do petróleo, os valores do FPM ainda representam uma fatia significativa do orçamento municipal. Pela legislação federal, os royalties devem ser obrigatoriamente destinados 75% à Educação e 25% à Saúde, o que limita o uso desses recursos em outras áreas.

A reportagem do portal Brasil 61 entrou em contato com a Prefeitura de Cabo Frio, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta.

Municípios bloqueados no FPM

Além de Cabo Frio (RJ) e Barra do Piraí (RJ), também estão com repasses do FPM bloqueados os municípios de:

  • Barra de São Francisco (ES)
  • Realeza (PR)
  • Guamaré (RN)

Os bloqueios são temporários e, segundo o Tesouro Nacional, assim que os municípios regularizam suas pendências, o repasse dos valores é retomado normalmente.


 

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07/08/2025 00:00h

Primeira parcela de agosto é 3% maior do que no mesmo período de 2024; São Paulo e Minas concentram maior volume de recursos

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O repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), feito a cada dez dias pela União, será depositado nesta sexta-feira, 8 de agosto, para os 5.570 municípios brasileiros. O valor da primeira parcela do mês soma R$ 7,3 bilhões, representando um crescimento em relação ao mesmo período do ano passado, o que é positivo para as finanças das cidades, avalia o assessor de orçamento, César Lima.

"Temos um crescimento em relação ao mesmo período no ano passado na casa dos 3%, o que é muito interessante e confirma a um bom andamento do FPM neste ano de 2025”, destaca.

Veja abaixo quanto seu município vai receber de FPM: 

FPM: São Paulo e Minas lideram repasses

Os estados de São Paulo e Minas Gerais concentram juntos cerca de um quarto do valor total repassado no primeiro decêndio de agosto. Os municípios paulistas recebem 14,2% do total, o que equivale a R$ 911 milhões. Em seguida, estão os municípios mineiros, com 14,1%, somando R$ 906 milhões.

Entes federativos podem perder recursos do Fundeb em 2026 por irregularidade no envio de dados contábeis

Entre as prefeituras paulistas que recebem os maiores valores estão São José dos Campos, Marília e Limeira. No estado mineiro, as maiores quantias serão destinadas a municípios como Santa Luzia, Ribeirão das Neves e Poços de Caldas.

Na outra ponta, o estado de Roraima, que possui apenas 14 municípios, representa 0,08% dos repasses, com R$ 5,4 milhões depositados neste decêndio.

FPM: municípios bloqueados

Até o último dia 5 de agosto, 5 municípios estavam impossibilitados de receber valores do FPM. Esse impedimento pode ser causado por algum débito ou falta de documentação. Confira a lista das cidades: 

  • Cabo Frio (RJ) 
  • Barra do Piraí (RJ) 
  • Barra de São Francisco (ES)
  • Realeza (PR)
  • Guamaré (RN)

O que é o FPM

O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) é uma das principais fontes de receita das prefeituras brasileiras, especialmente nas cidades de pequeno e médio porte. Formado por uma parcela da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o fundo tem como objetivo reduzir desigualdades regionais e garantir recursos mínimos para a manutenção dos serviços públicos essenciais.

A divisão dos valores é feita com base em critérios populacionais e técnicos definidos pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Na prática, o FPM é usado para custear áreas como saúde, educação, assistência social e infraestrutura, além de contribuir para o pagamento de salários e despesas administrativas nos municípios.
 

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04/08/2025 23:00h

No último decêndio, o maior valor transferido foi de R$ 2,8 milhões, destinado a Arapiraca (AL)

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A terceira parcela de julho do Fundo de Participação dos municípios (FPM), destinada às prefeituras do país, somou mais de R$ 4,6 bilhões. Vale destacar que alguns municípios recebem valores maiores que outros, já que, entre os critérios de distribuição está, por exemplo, a quantidade de habitantes da respectiva cidade. 

No último decêndio, ou seja, em 30 de julho, o maior valor transferido foi de R$ 2,8 milhões, destinado a Arapiraca (AL). Já a segunda maior quantia foi repassada a algumas cidades da Bahia, como Camaçari, Barreiras e Ilhéus, que contam com um total de cerca de R$ 2,7 milhões. 

FPM: 20 cidades que recebem maiores valores:

  • Arapiraca (AL): R$ 2.861.402,88
  • Alagoinhas (BA): R$ 2.778.597,39
  • Barreiras (BA): R$ 2.778.597,39
  • Camaçari (BA): R$ 2.778.597,39
  • Feira de Santana (BA): R$ 2.778.597,39
  • Ilhéus (BA): R$ 2.778.597,39
  • Itabuna (BA): R$ 2.778.597,39
  • Jequié     (BA): R$ 2.778.597,39
  • Juazeiro (BA): R$ 2.778.597,39
  • Lauro de Freitas (BA): R$ 2.778.597,39
  • Porto Seguro (BA): R$ 2.778.597,39
  • Vitória da Conquista (BA): 2.778.597,39
  • Cabo de Santo Agostinho (PE): R$ 2.768.074,23
  • Caruaru (PE): R$ 2.768.074,23
  • Jaboatão dos Guararapes (PE): R$ 2.768.074,23
  • Olinda (PE): R$ 2.768.074,23
  • Paulista (PE): R$ 2.768.074,23
  • Petrolina (PE): R$ 2.768.074,23
  • Araucária (PR): R$ 2.755.367,29
  • Cascavel (PR): R$ 2.755.367,29 

FPM: valor do 3° decêndio de julho sobe 9% 

O valor total repassado aos municípios neste decêndio é cerca de 9% maior do que o transferido no mesmo período do ano passado. O montante da terceira parcela de julho de 2024 foi de R$ 4,2 bilhões. 

 

 

O especialista em orçamento público, Cesar Lima, explica que existe um limite no valor que cada município pode receber do FPM. Esse teto é calculado por um coeficiente percentual que varia de acordo com vários fatores.

“O limite é aquele coeficiente dado por vários fatores, entre renda per capita, IDH, entre outros. Para alguns municípios, o FPM é praticamente a única receita que o município tem, tirando algumas outras coisas pequenas, como o IPTU. Devido ao seu baixo dinamismo econômico, ele necessita, sobrevive praticamente de FPM.”

O que é FPM?

O FPM surgiu em 1966. Desde o início, os recursos do fundo vêm da arrecadação da União com o Imposto de Renda (IR) e com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Inicialmente, os municípios recebiam 10% da arrecadação federal desses tributos, percentual que subiu gradualmente, até chegar aos 22,5%, em 1993. 

Piso da enfermagem: estados e municípios partilham mais de R$ 808 milhões, em julho

Por 14 anos esse foi o percentual da arrecadação federal transferido aos municípios. Em 2007, 2014 e 2021, emendas adicionaram mais recursos, que este ano totalizam 25%. 

O repasse dos recursos do IR e do IPI para o FPM ocorre a cada decêndio, ou seja, de dez em dez dias. Do total do fundo, 10% são destinados para as capitais, 86,4% para os municípios do interior e 3,6% para os municípios da reserva, que são aqueles do interior que possuem população acima de 142.633 habitantes.  

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04/08/2025 00:00h

A entidade constatou atrasos desde maio de 2025, o que tem comprometido o planejamento orçamentário das prefeituras

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Após constatar atrasos em repasses da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) às cidades afetadas pela atividade de mineração, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) enviou um ofício à Agência Nacional de Mineração (ANM), solicitando providências sobre o caso. 

De acordo com a CNM, os atrasos ocorrem desde maio de 2025. Para a entidade, esse adiamento “têm comprometido o planejamento orçamentário e a continuidade da prestação de serviços públicos nos municípios.” O documento foi enviado no último dia 28 de julho.

A entidade afirma que os recursos provenientes da CFEM são essenciais para muitas prefeituras e que, em alguns casos, os valores são superiores aos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).  

FPM: municípios recebem R$ 4,6 bilhões na terceira parcela de julho, com alta de 9% sobre 2024

A CNM também manifestou preocupação com a falta de publicação da lista final dos municípios considerados como afetados pela atividade minerária, de acordo com o que estabelece a Resolução ANM 203/2025.

O que diz a ANM

Conforme publicação da confederação, a ANM informou que “o processo de identificação dos municípios afetados está em curso, em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).”

A publicação da lista provisória das cidades que terão direito aos recursos da CFEM – levando em conta os recolhimentos realizados entre maio de 2025 e abril de 2026 – deve ser feita em agosto deste ano.

CFEM: o que é

A Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) foi estabelecida pela Constituição de 1988 como uma contrapartida financeira custeada pelas empresas mineradoras aos estados, Distrito Federal e municípios pela exploração econômica dos recursos minerais em seus territórios.     
 

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03/08/2025 23:00h

Expansão do trabalho remoto longe das capitais propicia desenvolvimento regional e novas perspectivas para milhares de brasileiros, especialmente no Nordeste do país; empresas como a AeC alavancam interiorização do home office

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A partir da pandemia de covid-19, houve uma tendência de aceleração do trabalho remoto. Segundo uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 9,5 milhões de pessoas trabalharam remotamente no país em 2022. Os dados são do módulo inédito"Teletrabalho e trabalho por meio de plataformas digitais 2022", da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). 

Como o trabalho remoto é executado essencialmente na casa do colaborador, sem necessidade de deslocamento para as empresas, as oportunidades de emprego nesta modalidade são atrativas para moradores do interior do país. Com isso, o home office gera emprego e renda em municípios do interior a partir de empresas como a AeC – empresa de soluções de experiência do cliente e gestão de processos terceirizados.

A diretora jurídica e de compliance da AeC, Flávia Tomagnini, destaca o papel do home office, ao permitir que os profissionais tenham experiência e qualifiquem profissionalmente a mão de obra para além barreiras físicas.

“O modelo home office vem se mostrando não apenas como uma ferramenta super importante de gestão de pessoas, em função da qualidade de vida, do clima organizacional para o nosso colaborador, como principalmente uma ferramenta de crescimento estratégico, sustentável para si”, avalia Flávia Tomagnini.

Interiorização do home office no Brasil

A expansão do trabalho remoto longe das capitais propicia, ainda, o desenvolvimento regional e novas perspectivas para milhares de brasileiros, especialmente no Nordeste do país. É o que defende a AeC.

“Com essa  mobilidade, a gente consegue chegar em cidades como Aracati, Patos e Palmeira dos Índios. Cidades que estão próximas àqueles municípios onde hoje, atualmente, nós temos sedes físicas. Com isso, a gente não só gera a oportunidade, a qualificação, o treinamento, a possibilidade de ascensão na carreira ou de formação para novas oportunidades em outras empresas, como também a gente traz a conectividade para o seio familiar dessas pessoas”, pontua Flávia Tomagnini.

O empreendimento, com sede em Belo Horizonte (MG), tem alavancado a interiorização do home office no Brasil. A empresa possui 24 unidade,s distribuídas por 14 estados do país e anunciou a instalação de uma nova operação em Aracati (CE). 

Hoje, a AeC emprega 17.222 colaboradores em home office no Brasil. Desse total, 3.298 moram e trabalham remotamente para a operação de Mossoró (RN) e 3.167 para a operação de Arapiraca (AL).

Segundo a AeC, a expectativa é que o empreendimento gere cerca de mil vagas formais 100% remotas até o fim do ano com a nova operação no município cearense, localizado no litoral leste do estado.

O objetivo do negócio é permitir que profissionais de toda a região do Vale do Jaguaribe tenham a oportunidade de acessar o mercado de trabalho com carteira assinada. Além disso, a ideia é fazer com que os trabalhadores tenham estabilidade e possibilidade de crescimento. 

Confira os estados e municípios onde a AeC tem unidades operacionais:

  • MG – Montes Claros, Governador Valadares e Belo Horizonte;
  • SP – São Paulo e Campinas;
  • RJ -  Rio de Janeiro; 
  • CE – Juazeiro do Norte e Aracati;
  • PB – João Pessoa, Patos e Campina Grande;
  • RN – Mossoró;
  • AL – Arapiraca e Palmeira dos Índios.

Fomento à economia local e benefícios ambientais

Além de proporcionar maior comodidade, oportunidades de emprego e geração de renda fixa, a interiorização do home office também contribui para fortalecer a economia local. 

De acordo com Flávia Tomagnini, quando a AeC estabelece uma unidade em um município, 70% do faturamento permanece no município em forma de salário. 

“70% do nosso faturamento corresponde ao pagamento da nossa folha. Isso gera um ciclo virtuoso para essas cidades, porque a economia começa a girar com esse dinheiro. Um salário que o funcionário vai começar a receber de forma periódica. Então, a gente observa nessas cidades um incremento muito importante da economia local, com supermercados, salões de beleza, lojas, cinema, etc”, aponta.

O modelo de trabalho remoto também beneficia o meio ambiente, considerando a diminuição da emissão dos gases do efeito estufa a partir da queima de combustível.

“É importante a gente citar a importância ambiental deste modelo, porque quando a gente fala no modelo home office, a gente está falando de uma redução de mais de 40% da emissão de gases, quando comparado ao modelo presencial – quando a gente precisa da necessidade da locomoção do funcionário”, diz.

“Isso diminui o tráfego, a emissão de gases, a utilização do transporte público e particular, e isso inevitavelmente ajuda na nossa estratégia ambiental”, completa.

Expansão do trabalho remoto

Conforme a AeC, atualmente é possível observar a tendência de que empresas que antes concentravam as operações em grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, estão se voltando para cidades de médio porte. De acordo com a empresa, é comum que as cidades do interior sejam deixadas pelas grandes corporações. No entanto, é possível observar que esses municípios longe dos grandes centros têm disponibilidade de mão de obra qualificada e em busca de oportunidades.

Em relação à proporção de empresas adotando a modalidade remota no país, uma nota da FGV sobre Tendências do home office no Brasil aponta que, em 2021, 57,5% das empresas afirmaram ter adotado o modelo no país – de forma parcial ou total. O percentual também inclui aqueles que já adotavam essa modalidade antes da pandemia. 

Segundo a FGV, o percentual diminuiu para 32,7% em outubro de 2022. A indústria e o setor de serviços ficaram responsáveis por grande parte da redução – os setores reduziram o uso do trabalho remoto para 49% e 40,3%, respectivamente.

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31/07/2025 23:00h

No geral, o maior valor foi destinado a Minas Gerais, que conta, no total, com mais de R$ 116 milhões

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Os valores complementares para o pagamento do piso da enfermagem referentes ao mês de julho já estão disponíveis para consulta. As quantias foram detalhadas na Portaria GM/MS nº 7.679, de 23 de julho de 2025, publicada pelo Ministério da Saúde no Diário Oficial da União. 

O montante a ser transferido chega a R$ 808.020.008,80, entre valores destinados a execução municipal e estadual.

Essa verba é repassada aos entes federados mensalmente. O intuito é que, com os recursos, estados e municípios possam fazer o pagamento do piso de profissionais da categoria. Porém, é preciso que a destinação desse dinheiro seja fiscalizada, para garantir que os valores cheguem aos trabalhadores, como pontua o advogado especialista em direito médico, Josenir Teixeira.

“Os profissionais da enfermagem devem ficar atentos a acompanhar o repasse que os municípios irão receber, para que os municípios efetivamente repassem os valores às suas empregadoras, para que, finalmente, as suas empregadoras paguem os valores dentro da folha de pagamento. Vamos ver se realmente esses valores repassados pela União serão suficientes para cumprir o que disse a lei”, avalia. 

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Municípios como Hortolândia (SP), Princesa Isabel (PB) e Nova Andradina (MS), receberão mais de R$ 200 mil, cada. Para Ipatinga (MG), Londrina (PR) e Sobral (CE), a previsão é que sejam destinados mais de R$ 2 milhões. 

Confira na tabela abaixo quanto cada município recebeu  

Região UF Valor Transferido para Estado Valor Transferido para Município Valor Transferido em julho - Total
Centro-OesteGO5.246.022,4512.104.636,7617.350.659,21
Centro-OesteMS1.833.552,869.900.572,8511.734.125,71
Centro-OesteMT1.995.182,269.706.336,2011.701.518,46
Centro-OesteDF366.164,22-366.164,22
NordesteBA28.311.569,5555.274.228,0983.585.797,64
NordestePE42.830.993,9232.297.627,1075.128.621,02
NordesteMA14.814.109,8745.505.993,5760.320.103,44
NordesteCE5.439.471,8139.038.124,3844.477.596,19
NordestePB6.596.081,1627.863.461,2234.459.542,38
NordesteRN3.816.329,3516.739.312,1720.555.641,52
NordestePI3.710.056,1416.629.688,0720.339.744,21
NordesteAL2.010.197,4415.886.322,7317.896.520,17
NordesteSE4.711.616,855.701.920,9210.413.537,77
NortePA12.493.738,3736.355.117,0148.848.855,38
NorteAM9.966.055,6212.533.141,7022.499.197,32
NorteTO4.713.332,036.517.196,6111.230.528,64
NorteRO1.979.991,595.880.206,807.860.198,39
NorteAP521.915,874.508.252,045.030.167,91
NorteAC2.128.166,821.070.612,483.198.779,30
NorteRR-961.264,39961.264,39
SudesteMG9.597.633,68106.927.582,38116.525.216,06
SudesteRJ4.759.694,8645.044.747,6649.804.442,52
SudesteSP14.109.075,2131.262.391,6645.371.466,87
SudesteES9.205.183,807.849.477,3617.054.661,16
SulPR16.896.564,1913.873.955,6030.770.519,79
SulRS10.498.254,5615.859.338,9926.357.593,55
SulSC8.146.640,386.030.905,1514.177.545,53

 

No geral, o maior valor foi destinado a Minas Gerais, que conta, no total, com mais de R$ 116 milhões. Na sequência aparece Bahia, com cerca de R$ 83 milhões, entre valores de execução estadual e municipal. 
 

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16/07/2025 16:00h

Proposta permite parcelamento de dívidas previdenciárias e altera regras para pagamento de precatórios; texto volta ao Senado

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O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou a PEC 66/2023, que trata de temas sensíveis às administrações municipais, como o parcelamento especial das dívidas dos municípios com o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e com o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) e o pagamento de precatórios. A chamada PEC da sustentabilidade foi aprovada em primeiro e segundo turno. Agora, o texto retorna ao Senado – já que foi alterado pelos deputados.

O placar foi de 404 votos favoráveis e 67 contrários no primeiro turno. Já no segundo turno, a proposta teve 367 votos favoráveis e 97 contrários

O texto retira os precatórios federais do limite de despesas primárias do Executivo a partir do ano que vem. No entanto acrescenta, a cada ano, a partir de 2027, 10% do estoque de precatórios dentro das metas fiscais previstas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) por conta do arcabouço fiscal.

A proposta abre, ainda, um novo prazo de parcelamento especial de débitos dos municípios com seus regimes próprios de previdência social e com o Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

Além disso, a PEC 66/23 aumenta, até 31 de dezembro de 2026, a desvinculação de receitas permitida pela Constituição aos municípios. Sendo assim, o percentual de desvinculação, atualmente em 30%, passa para 50% até o final do ano que vem.

Dispositivos aprovados

Em reunião na Comissão Especial sobre Limite Precatório e Débitos Previdenciários na terça-feira (15), antes da votação em Plenário, o relator, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), acatou emendas apresentadas pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) e votou pela aprovação da PEC. A aprovação teve forte articulação de prefeitos e representantes municipais que aderiram à mobilização, em Brasília, liderada pela Confederação.

Confira os pontos da proposta da CNM contemplados no texto aprovado:

  • parcelamento das dívidas dos municípios, inclusive as previdenciárias dos RGPS e Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) e fundadas com a União em até 300 parcelas; 
  • novo modelo de quitação de precatórios pelos municípios; 
  • programa de regularidade previdenciária;
  • desvinculação de receitas.

O texto final da proposta atende à demanda de gestores municipais pela substituição da taxa Selic pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com incidência de juros de 2% ao ano como novo indexador das dívidas.

No entanto, o relator votou pela rejeição da Emenda 5 – cujo dispositivo era considerado relevante para o movimento municipalista, que atuou pela aprovação. O dispositivo apresentado pela Confederação teve como autor o deputado Gilson Daniel (PODE - ES). Segundo a CNM, se acatada, poderia implicar na economia de R$ 9,8 bilhões por ano para pelo menos 1.257 municípios.

O deputado Gilson Daniel (PODE - ES) criticou em Plenário a retirada da Emenda 5 da pauta da votação – o que, segundo ele, foi acordado na comissão. Ele destacou o papel da CNM em realizar os estudos para “mostrar para os parlamentares como os municípios estão endividados”. 

Gilson Daniel defendeu, ainda, a importância do Congresso avançar na reforma da previdência dos municípios – iniciativa prevista na Emenda 5.

“Avançamos com os precatórios, avançamos com o regime geral e os parcelamentos das dívidas com o governo federal. Mas precisávamos ter avançado também com a reforma da previdência dos municípios que têm regime próprio de previdência, que é a emenda 5. Fizemos um acordo na Comissão e esse acordo não está sendo cumprido. Deveríamos ter esse destaque hoje, não teremos ele para os deputados votarem”, destacou o deputado.

Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), responsável pela construção da medida, o impacto da proposta inicial com todas as emendas era estimado em até R$ 800 bilhões de alívio nas contas dos municípios.

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11/07/2025 22:30h

Receita Federal recomenda aos entes federativos adesão até outubro de 2025, para terem tempo hábil para testes, ajustes técnicos e uma transição segura

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A partir de 1º de janeiro de 2026, todos os municípios brasileiros serão obrigados a adotar o modelo nacional da Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e). A determinação está prevista na Lei Complementar nº 214/2025 e tem como objetivo padronizar a emissão de notas fiscais de serviços no país, promovendo simplicidade, eficiência e modernização da gestão tributária.

A NFS-e nacional substitui os diversos modelos utilizados atualmente pelas prefeituras e passa a ser o documento fiscal digital oficial para o registro de serviços prestados em municípios nacionais. A medida é considerada um passo fundamental na preparação para o novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), previsto na reforma tributária.

De acordo com nota publicada pela Receita Federal, em 7 de julho de 2025, é recomendável aos municípios que ainda não adotaram o novo padrão realizar a adesão até outubro deste ano. O prazo busca garantir tempo hábil para testes, ajustes técnicos e uma transição segura até a entrada em vigor da obrigatoriedade.

A Receita Federal destaca que antecipar a implementação traz vantagens estratégicas e reduz riscos operacionais. Os entes federativos poderão optar por duas formas de emissão:

  • Por meio de sistema próprio, com compartilhamento das informações com a plataforma nacional; ou
  • Utilizar o emissor gratuito disponibilizado na plataforma nacional da NFS-e.

Consequências para quem não se adequar

A não adesão à NFS-e nacional acarretará sanções relevantes aos municípios, como:

  • Suspensão das transferências voluntárias da União a partir de 2026;
  • Comprometimento da participação plena na arrecadação do IBS, imposto que substituirá o Imposto sobre Serviços (ISS) e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Ganhos com a padronização

Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a medida trará ganhos significativos, incluindo aumento da arrecadação, redução da sonegação e maior conformidade tributária por parte dos prestadores de serviço. A entidade orienta que as prefeituras iniciem o quanto antes a adequação técnica e capacitação das equipes.

Para auxiliar os municípios, a CNM criou canais com conteúdos sobre a pauta:

O passo a passo para fazer a adesão ao convênio da NFS-e está disponível na Nota Técnica (NT) 25/2022 da CNM. 

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10/07/2025 00:00h

Cota é 12% superior do que a mesma de 2024; quantia prevista pela EC 84/2014 prevê 1% do acumulado da arrecadação dos fatores que compõem o FPM, sendo IR e IPI, e ajuda a compor o repasse

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Os municípios brasileiros receberam, nesta quinta-feira (10), junto com a primeira parcela de julho do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a parcela extra de 1%. O valor é de R$ 9,1 bilhões. A quantia foi calculada com base na arrecadação dos fatores que compõem o FPM, ou seja, o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), entre julho de 2024 e junho de 2025.

Apesar de ser um valor extra, os recursos já são esperados pelas prefeituras. O especialista em orçamento público, Cesar Lima, destaca que a cota é 12% superior à disponibilizada no ano passado. Além disso, ele avalia que é preciso esperar a parcela de dezembro para compreender se o avanço deste valor extra foi uma sazonalidade ou se permanecerá.

“A boa notícia é que essa cota extra vem 12% maior do que a mesma cota no ano passado. O que mais uma vez demonstra um bom resultado do FPM em relação aos anos anteriores. Vamos aguardar para ver se na próxima cota extra, em dezembro, se haverá uma continuidade deste ano, desses bons resultados”, analisa o especialista.

Confira no mapa abaixo os valores que cada municípios receberá no próximo dia 10 – considerando o valor extra e os recursos do primeiro decêndio de julho:

Primeira parcela de julho 

O segundo semestre começa com baixa nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), quando comparado à primeira parcela de julho de 2024. O valor depositado nas contas das prefeituras de todo o país neste dia 10 será de mais de R$ 3,2 bilhões. No entanto, o montante é cerca de 8% menor que o registrado no mesmo decêndio de julho do ano passado.

FPM: valor a ser repassado na próxima quinta-feira (10) aos municípios é quase 8% menor do que no mesmo decêndio de 2024

Valores comparativos:

  • 1º decêndio julho/24 - R$ 3,4 bilhões
  • 1º decêndio julho/23 - R$  3,7 bilhões  
     
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08/07/2025 03:30h

Ao todo, as prefeituras partilham R$ 3,2 bilhões; confira valor por município

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Os municípios brasileiros partilham, na próxima quinta-feira (10), o valor da primeira parcela de julho do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O valor a ser transferido pela União aos cofres municipais ultrapassa R$ 3,2 bilhões.  

O montante é quase 8% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando os municípios receberam R$ 11,5 bilhões. O especialista em orçamento público, Cesar Lima, destaca que a primeira parcela de julho é, ainda, cerca de 40% menor do que o decêndio anterior. 

Ele avalia que é preciso esperar os próximos decêndios de julho para compreender se o recuo desta parcela de julho foi uma sazonalidade ou se será tendência para o futuro. Cesar Lima aponta que a redução no número de empregos pode ter resultado na diminuição do volume do repasse.

“Tivemos também nesse mês uma queda em relação à empregabilidade, tivemos uma piora em relação aos índices de emprego, o que pode, em parte, justificar esses números. Mas nós temos que esperar um pouco para nos próximos decêndios deste mês e no início do mês que vem para ver realmente qual é o cenário”, ressalta Lima.

FPM: São Paulo recebe maior valor destinado aos municípios do estado

Entre os estados, São Paulo recebe a maior parcela – com mais de R$ 397,4 milhões, que será dividido entre municípios como Taubaté, Americana e Sorocaba, por exemplo. 

Em seguida aparece Minas Gerais, com um montante acima de R$ 395,3 milhões, que será destinado a cidades como Betim, Divinópolis e Ibirité, por exemplo.

Outra unidade da federação que conta com um dos maiores valores é a Bahia, com um total de R$ 258,3 milhões. No estado baiano, entre os municípios que recebem valores do FPM estão Alagoinhas, Feira de Santana e Itabuna.

O que é FPM

O FPM é considerado a principal fonte de receita de aproximadamente 80% dos municípios do país. O repasse está previsto na Constituição Federal e corresponde a 22,5% do que a União arrecada com Imposto de Renda (IR) e com Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

O montante recebido pelos municípios varia de acordo com o número de habitantes e, ano a ano, passa por uma atualização com base em dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

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Os repasses do FPM são realizados nos dias 10, 20 e 30 de cada mês. Caso a data caia no fim de semana ou feriado, a transferência é feita no primeiro dia útil anterior. Geralmente, os valores são utilizados para pagamento de folha de funcionários, despesas básicas dos municípios, fornecedores e — quando sobra algum recurso — é investido em infraestrutura.  

FPM: municípios bloqueados 

Até o último dia 6 de julho, 11 cidades estavam bloqueadas para recebimento dos valores do FPM. A maioria das cidades está localizada nos estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que contam com quatro e três entes impedidos, respectivamente. A lista pode ser acessada no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi).  

Confira a lista dos municípios bloqueados: 

  1. SÃO GABRIEL DA PALHA (ES)
  2. MADEIRO (PI)
  3. PIRIPIRI (PI)
  4. CABO FRIO (RJ)
  5. LAJE DO MURIAE (RJ)
  6. PETROPOLIS (RJ)
  7. SILVA JARDIM (RJ)
  8. ROSARIO DO SUL (RS)
  9. SENTINELA DO SUL (RS)
  10. TRAMANDAI (RS)
  11. LAGUNA (SC)

“Em relação aos municípios bloqueados, nosso conselho é para que eles procurem regularizar a sua situação, seja ela em termos fiscais, em termos de empréstimos com aval da União ou mesmo em termos de dependências previdenciárias”, alerta Cesar Lima.

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