Curitiba será o ponto de encontro de lideranças, especialistas e representantes do setor industrial no próximo 7 de agosto, quando a cidade recebe a Jornada Nacional de Inovação da Indústria. O evento acontece no Campus da Indústria do Sistema Fiep e integra a iniciativa itinerante da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria, no Paraná, com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).
Com o propósito de revelar, conectar e dar voz às ideias que impulsionam as transformações ecológica e digital, a Jornada percorre os 27 estados brasileiros para conhecer inovações tecnológicas com identidade regional e promover diálogos que inspirem a construção de soluções conjuntas para os desafios da indústria. A rota, iniciada em julho de 2025, será concluída em março de 2026, no 11º Congresso de Inovação da Indústria, onde será apresentado um panorama nacional das experiências colhidas.
Estão convidados a participar lideranças empresariais regionais, gestores de Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) e de Parques Tecnológicos, empresas de base tecnológica, investidores, assim como governo local e organizações nacionais ou internacionais.
As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas neste formulário.
O diretor de Desenvolvimento Industrial, Tecnologia e Inovação da CNI, Jefferson Gomes, explica que a Jornada foi criada para conhecer experiências inspiradoras e, com isso, tecer uma grande rede de inovação brasileira. “O diferencial do movimento está na capacidade de mapear e articular, de forma integrada e colaborativa, os diversos atores do ecossistema em cada território, conectando desafios reais da indústria a soluções concretas”, afirma o diretor.
Luiz Tiago Dalla Stella, coordenador de Relacionamento e Negócios em Tecnologia e Inovação do Senai/PR, destaca o momento oportuno para que as indústrias paranaenses debatam soluções diretamente com a CNI.
“É um momento estratégico para a indústria do Paraná mostrar sua força inovadora e ajudar a construir caminhos que levem nossas indústrias ao novo patamar de competitividade e maturidade de inovação. Será um prazer receber todas as indústrias de Curitiba e região”, disse Dalla Stella.
A Jornada em Curitiba terá a presença de Carlos Bork, superintendente de Projetos de Inovação da CNI, que pretende oferecer insights sobre os desafios e oportunidades nacionais no campo da inovação industrial.
Os debates vão girar em torno de temas estratégicos para o desenvolvimento industrial sustentável: transformação digital e infraestrutura de data centers, economia circular e sustentabilidade, formação de capital humano, inovação em energias renováveis e descarbonização na produção e escoamento de produtos da indústria de alimentos. Além disso, serão debatidos avanços e demandas relacionados a setores como mobilidade, maquinário agrícola e automotivo.
O evento contará com painéis sobre desafios e oportunidades da transição ecológica e da transformação digital no Paraná, reunindo especialistas e lideranças empresariais para mapear gargalos e identificar caminhos que tornem as indústrias mais competitivas e alinhadas às práticas sustentáveis.
Na programação, o destaque para a presença de empresas de referência. No Painel de Transição Ecológica, participam Grupo Boticário, Sanepar e Protium Dynamics. Já no Painel de Transformação Digital, estarão CNH, Bosch e Vetrii.
Após Curitiba, a Jornada seguirá para Londrina (15/08), Cascavel (19/08) e Foz do Iguaçu (21/08), de forma a ampliar o alcance dos debates e conectar mais pessoas à rede de inovação nacional.
No último decêndio, o maior valor transferido foi de R$ 2,8 milhões, destinado a Arapiraca (AL)
A terceira parcela de julho do Fundo de Participação dos municípios (FPM), destinada às prefeituras do país, somou mais de R$ 4,6 bilhões. Vale destacar que alguns municípios recebem valores maiores que outros, já que, entre os critérios de distribuição está, por exemplo, a quantidade de habitantes da respectiva cidade.
No último decêndio, ou seja, em 30 de julho, o maior valor transferido foi de R$ 2,8 milhões, destinado a Arapiraca (AL). Já a segunda maior quantia foi repassada a algumas cidades da Bahia, como Camaçari, Barreiras e Ilhéus, que contam com um total de cerca de R$ 2,7 milhões.
O valor total repassado aos municípios neste decêndio é cerca de 9% maior do que o transferido no mesmo período do ano passado. O montante da terceira parcela de julho de 2024 foi de R$ 4,2 bilhões.
O especialista em orçamento público, Cesar Lima, explica que existe um limite no valor que cada município pode receber do FPM. Esse teto é calculado por um coeficiente percentual que varia de acordo com vários fatores.
“O limite é aquele coeficiente dado por vários fatores, entre renda per capita, IDH, entre outros. Para alguns municípios, o FPM é praticamente a única receita que o município tem, tirando algumas outras coisas pequenas, como o IPTU. Devido ao seu baixo dinamismo econômico, ele necessita, sobrevive praticamente de FPM.”
O FPM surgiu em 1966. Desde o início, os recursos do fundo vêm da arrecadação da União com o Imposto de Renda (IR) e com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Inicialmente, os municípios recebiam 10% da arrecadação federal desses tributos, percentual que subiu gradualmente, até chegar aos 22,5%, em 1993.
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Por 14 anos esse foi o percentual da arrecadação federal transferido aos municípios. Em 2007, 2014 e 2021, emendas adicionaram mais recursos, que este ano totalizam 25%.
O repasse dos recursos do IR e do IPI para o FPM ocorre a cada decêndio, ou seja, de dez em dez dias. Do total do fundo, 10% são destinados para as capitais, 86,4% para os municípios do interior e 3,6% para os municípios da reserva, que são aqueles do interior que possuem população acima de 142.633 habitantes.
Após constatar atrasos em repasses da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) às cidades afetadas pela atividade de mineração, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) enviou um ofício à Agência Nacional de Mineração (ANM), solicitando providências sobre o caso.
De acordo com a CNM, os atrasos ocorrem desde maio de 2025. Para a entidade, esse adiamento “têm comprometido o planejamento orçamentário e a continuidade da prestação de serviços públicos nos municípios.” O documento foi enviado no último dia 28 de julho.
A entidade afirma que os recursos provenientes da CFEM são essenciais para muitas prefeituras e que, em alguns casos, os valores são superiores aos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
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A CNM também manifestou preocupação com a falta de publicação da lista final dos municípios considerados como afetados pela atividade minerária, de acordo com o que estabelece a Resolução ANM 203/2025.
Conforme publicação da confederação, a ANM informou que “o processo de identificação dos municípios afetados está em curso, em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).”
A publicação da lista provisória das cidades que terão direito aos recursos da CFEM – levando em conta os recolhimentos realizados entre maio de 2025 e abril de 2026 – deve ser feita em agosto deste ano.
A Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) foi estabelecida pela Constituição de 1988 como uma contrapartida financeira custeada pelas empresas mineradoras aos estados, Distrito Federal e municípios pela exploração econômica dos recursos minerais em seus territórios.
Os valores complementares para o pagamento do piso da enfermagem referentes ao mês de julho já estão disponíveis para consulta. As quantias foram detalhadas na Portaria GM/MS nº 7.679, de 23 de julho de 2025, publicada pelo Ministério da Saúde no Diário Oficial da União.
O montante a ser transferido chega a R$ 808.020.008,80, entre valores destinados a execução municipal e estadual.
Essa verba é repassada aos entes federados mensalmente. O intuito é que, com os recursos, estados e municípios possam fazer o pagamento do piso de profissionais da categoria. Porém, é preciso que a destinação desse dinheiro seja fiscalizada, para garantir que os valores cheguem aos trabalhadores, como pontua o advogado especialista em direito médico, Josenir Teixeira.
“Os profissionais da enfermagem devem ficar atentos a acompanhar o repasse que os municípios irão receber, para que os municípios efetivamente repassem os valores às suas empregadoras, para que, finalmente, as suas empregadoras paguem os valores dentro da folha de pagamento. Vamos ver se realmente esses valores repassados pela União serão suficientes para cumprir o que disse a lei”, avalia.
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Municípios como Hortolândia (SP), Princesa Isabel (PB) e Nova Andradina (MS), receberão mais de R$ 200 mil, cada. Para Ipatinga (MG), Londrina (PR) e Sobral (CE), a previsão é que sejam destinados mais de R$ 2 milhões.
Região | UF | Valor Transferido para Estado | Valor Transferido para Município | Valor Transferido em julho - Total |
---|---|---|---|---|
Centro-Oeste | GO | 5.246.022,45 | 12.104.636,76 | 17.350.659,21 |
Centro-Oeste | MS | 1.833.552,86 | 9.900.572,85 | 11.734.125,71 |
Centro-Oeste | MT | 1.995.182,26 | 9.706.336,20 | 11.701.518,46 |
Centro-Oeste | DF | 366.164,22 | - | 366.164,22 |
Nordeste | BA | 28.311.569,55 | 55.274.228,09 | 83.585.797,64 |
Nordeste | PE | 42.830.993,92 | 32.297.627,10 | 75.128.621,02 |
Nordeste | MA | 14.814.109,87 | 45.505.993,57 | 60.320.103,44 |
Nordeste | CE | 5.439.471,81 | 39.038.124,38 | 44.477.596,19 |
Nordeste | PB | 6.596.081,16 | 27.863.461,22 | 34.459.542,38 |
Nordeste | RN | 3.816.329,35 | 16.739.312,17 | 20.555.641,52 |
Nordeste | PI | 3.710.056,14 | 16.629.688,07 | 20.339.744,21 |
Nordeste | AL | 2.010.197,44 | 15.886.322,73 | 17.896.520,17 |
Nordeste | SE | 4.711.616,85 | 5.701.920,92 | 10.413.537,77 |
Norte | PA | 12.493.738,37 | 36.355.117,01 | 48.848.855,38 |
Norte | AM | 9.966.055,62 | 12.533.141,70 | 22.499.197,32 |
Norte | TO | 4.713.332,03 | 6.517.196,61 | 11.230.528,64 |
Norte | RO | 1.979.991,59 | 5.880.206,80 | 7.860.198,39 |
Norte | AP | 521.915,87 | 4.508.252,04 | 5.030.167,91 |
Norte | AC | 2.128.166,82 | 1.070.612,48 | 3.198.779,30 |
Norte | RR | - | 961.264,39 | 961.264,39 |
Sudeste | MG | 9.597.633,68 | 106.927.582,38 | 116.525.216,06 |
Sudeste | RJ | 4.759.694,86 | 45.044.747,66 | 49.804.442,52 |
Sudeste | SP | 14.109.075,21 | 31.262.391,66 | 45.371.466,87 |
Sudeste | ES | 9.205.183,80 | 7.849.477,36 | 17.054.661,16 |
Sul | PR | 16.896.564,19 | 13.873.955,60 | 30.770.519,79 |
Sul | RS | 10.498.254,56 | 15.859.338,99 | 26.357.593,55 |
Sul | SC | 8.146.640,38 | 6.030.905,15 | 14.177.545,53 |
No geral, o maior valor foi destinado a Minas Gerais, que conta, no total, com mais de R$ 116 milhões. Na sequência aparece Bahia, com cerca de R$ 83 milhões, entre valores de execução estadual e municipal.
No primeiro semestre de 2025, os aeroportos de Guarulhos, Congonhas, Confins, Campinas, Galeão e Santos Dumont – todos no Sudeste do país responderam por mais da metade da movimentação aérea registrada no Brasil. Os dados constam no relatório de demanda e oferta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Com o resultado, a região segue na liderança em relação à quantidade de embarques e desembarques registrados no período. Somente o Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), por exemplo, contou com 14.094.849 passageiros, ou seja, 28,73% do volume total.
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Em segundo lugar no ranking aparece o Aeroporto de Congonhas, também na capital paulista, com movimentação de 11.515.675 usuários, o que corresponde a 23,47% de participação.
Na avaliação da diretora de Gestão Estratégica do Ministério de Portos e Aeroportos, Thairyne Oliveira, entre os fatores que têm contribuído para os resultados estão os investimentos com recursos federais destinados ao setor.
"A movimentação aérea tem relação direta com o cenário econômico nacional. A liderança do Sudeste, região que concentra a maior parte do PIB do país, mostra que a economia brasileira está aquecida e nossos aeroportos prontos para atender a demanda de passageiros ", disse.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, considera que o desempenho do Sudeste no setor aéreo está relacionado à força da região no crescimento econômico do país. "Nosso compromisso é garantir que esse motor continue a girar, com uma infraestrutura aeroportuária moderna e eficiente, que integre regiões e países, atraia mais investimentos e impulsione a economia, gerando emprego e renda para população", pontuou.
O levantamento da Anac também mostra que o Sudeste concentra quase a totalidade das operações internacionais do país. Nesse caso, Guarulhos é apontado como o principal ponto de conexão com o exterior, responsável por 68,45% dos voos internacionais. O terminal concentra um total de 7.844.132 partidas e chegadas com destinos fora do Brasil.
O Aeroporto do Galeão aparece com 2.839.265 voos internacionais. O volume representa 24,78% do total. Juntos, os dois terminais respondem por mais de 93% das operações internacionais no Brasil.
Já os terminais de Campinas e Confins aparecem na sequência, com 4,54% e 2,22% de participação, respectivamente.
Os atendimentos no local vão estar disponíveis até o dia 29 de agosto
A primeira unidade móvel automatizada da Caixa Econômica Federal no país foi inaugurada nesta quinta-feira, 31 de julho. Ela está instalada no Centro Olímpico Parque da Vaquejada, na comunidade de Sol Nascente, em Ceilândia, no Distrito Federal.
Os serviços vão ser oferecidos de segunda a sexta-feira, das 10 da manhã às três da tarde até o dia 29 de agosto. A unidade conta com dois guichês de atendimento e oferece os mesmos serviços de uma agência tradicional, com exceção de movimentação de dinheiro em espécie.
Para o presidente da CAIXA, Carlos Vieira, a iniciativa visa expandir a presença do banco pelo país e fortalecer a inclusão financeira da população.
“A agência tem o propósito de levar os serviços da caixa e do governo federal onde a população está. Então, nada mais simbólico do que chegar com esse primeiro modelo na comunidade de Sol Nascente, com todo esse aspecto vinculado a uma população que precisa dos serviços bancários, mas muitas vezes precisa se deslocar à região central de Brasília.”
O presidente da CAIXA destaca, ainda, que a ideia é atender as peculiaridades de cada comunidade, com apoio à população, inclusive com base na orientação financeira.
“Uma comunidade como essa tem uma economia própria e muitas vezes não precisa nem se deslocar para outros locais. Mas, às vezes, precisa de uma instituição que traga os conceitos bancários, de inclusão bancária, de orientação para o crédito, de orientação ao uso do serviço bancário.”
Além da unidade inaugurada nesta quinta-feira, a caixa conta ainda com 11 caminhões que percorrem o país, com oferta de atendimento para produtos e serviços do banco.
Depois de Brasília, a nova unidade vai atender a população de Simplício Mendes, no Piauí, onde ficará até a inauguração da nova agência, prevista para janeiro de 2026.
A ocorrência de choques econômicos positivos, sobretudo em relação à indústria petroleira, pode contribuir para o aumento da criminalidade. Os efeitos dessa relação constam em artigo elaborado pelos pesquisadores Rodrigo Soares, professor de Economia do Insper, e Danilo Souza, atualmente na Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com o documento, uma elevação de 100% nos preços do petróleo está associada a um salto relativo de 9,9 homicídios por 100.000 habitantes em áreas petrolíferas.
Exemplos dessa relação foram notados no norte do estado do Rio de Janeiro, ao longo da expansão das operações da indústria petroleira na região, por volta dos anos 2000. As cidades mais impactadas foram Maricá, Saquarema, Macaé, Campos dos Goytacazes, Araruama e Niterói.
O artigo mostra que, em geral, esses municípios registraram uma alta no Produto Interno Bruto per capita, além da expansão acelerada da população. Essa movimentação financeira causou esse choque econômico positivo e, consequentemente, o aumento da criminalidade.
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O mesmo fenômeno também foi identificado em outros locais, como em El Salvador, por exemplo. Naquele país, a construção de uma rodovia transnacional atingiu municípios menores distribuídos ao longo da obra.
Essas localidades se beneficiaram economicamente com a presença dos trabalhadores. Porém, esse cenário provocou registros de extorsões e homicídios, de acordo com o estudo. Outros quadros semelhantes também se repetiram durante a construção de estradas rurais da Colômbia.
O artigo mostra, ainda, que entre os agravantes dessa situação, está o fato de que o choque econômico foi interrompido pela crise global do final da década. Para os autores do estudo, caso esse cenário positivo fosse permanente, é provável que os benefícios teriam se mostrado mais duradouros, o que acarretaria no investimento de ações que impedissem o aumento da criminalidade.
Lançada em 2025, a nova Política de Sustentabilidade do Governo Federal busca transformar terminais portuários e aeroviários com foco em inclusão social, transparência e práticas que reduzam os impactos ambientais. No setor público, foi criada uma agenda anual com projetos e ajustes regulatórios. Já no setor privado, as mudanças nos terminais serão conduzidas por meio do Pacto pela Sustentabilidade, lançado recentemente pelo Ministério de Portos e Aeroportos.
Nesse contexto, o Banco da Amazônia atua com a oferta de um financiamento que pode ajudar no cumprimento das medidas estabelecidas. É a linha FNO - Amazônia Infraestrutura Verde, voltada para projetos que conectam infraestrutura à sustentabilidade. A linha contempla os portos e aeroportos.
O gerente executivo de Pessoa Jurídica e Relacionamento com Bancos da instituição, Luiz Lourenço de Souza Neto, explica que esse tipo de financiamento tem o propósito de promover o desenvolvimento econômico da região, com o apoio de outras empresas, inclusive internacionais.
“Existem outras instituições financeiras, outros mecanismos que apoiam também esses projetos, dada a importância e o tamanho deles para onde são implantados. Então, falando a respeito apenas do banco, se a gente for olhar o que a gente tem de expectativa para os próximos quatro anos, a gente com certeza deve superar a casa de R$ 10 bilhões aplicados em infraestrutura na Amazônia”, pontua.
Entre as companhias contempladas com essa iniciativa está a VINCI Airports – concessionária responsável por sete aeroportos na Região Norte. Nesse caso específico, o financiamento do Banco da Amazônia foi de R$ 750 milhões. Os recursos serão investidos pela empresa em um projeto de infraestrutura aeroportuária que visa promover melhorias para os usuários, ao passo que também incorpora práticas sustentáveis.
De maneira geral, a companhia trabalha com a meta de reduzir pela metade a emissão de gases de efeito estufa até 2030. Até 2050, a empresa pretende zerar essa emissão. Atualmente, a VINCI Airports atua junto aos terminais de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no Acre; Boa Vista, em Roraima; Porto Velho, em Rondônia; além de Manaus, Tabatinga e Tefé, no Amazonas.
Entre as áreas apoiadas, também se destaca a infraestrutura para água e esgoto; geração de energia elétrica de fontes renováveis; sistema de telefonia fixa ou móvel e banda larga em comunidades, além das seguintes:
Outro projeto que contou com o apoio dessa linha foi desenvolvido na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) - campus Capitão Poço (PA). Trata-se de uma fossa ecológica denominada Bacia de Evapotranspiração (BET). O sistema é uma alternativa eficiente para tratamento do esgoto, que funciona de forma independente da rede pública.
Dentro do tanque, ocorre um processo de decomposição, chamado de fermentação, realizado pelas bactérias. Esse processo é a quebra ou a degradação do esgoto, essencial para o funcionamento do sistema e para que o esgoto chegue nas camadas superiores de forma mais limpa.
Segundo a professora Thaisa Pegoraro, coordenadora do projeto, essa parceria com a instituição financeira foi essencial para a elaboração dessa iniciativa.
“O recurso que vem para a universidade, infelizmente, não é suficiente para atender a infraestrutura destinada a projetos de pesquisa e extensão. Então, é por este motivo que a parceria com o banco é realmente essencial e nós também somos muito gratos a isso”, afirma.
Uma das estruturas foi instalada na escola Humberto Fernandes, no município de Garrafão do Norte (PA), para atender cerca de 60 alunos. Até então, a unidade escolar contava com uma fossa rudimentar.
Quanto à linha FNO - Amazônia Infraestrutura Verde, é levada em conta a taxa de juros dos fundos constitucionais (TFC), diferenciada por setor, porte e finalidade. O prazo definido é de até 34 anos, com carência de até 08 anos. Esse modelo de financiamento é disponibilizado para empresas de todos os portes, com exceção de microempreendedor individual (MEI).
O valor da terceira parcela de junho do Fundo de Participação dos municípios (FPM) chega a R$ 5,1 bilhões. O repasse dos recursos destinados às prefeituras ocorreu na segunda-feira (30).
Sem levar em conta as capitais, o maior valor – cerca de R$ 3,1 milhões é destinado ao município de Arapiraca, em Alagoas. Já o segundo maior valor é repassado a algumas cidades da Bahia, como Lauro de Freitas, Juazeiro e Itabuna, que contam com um total de cerca de R$ 3 milhões.
O valor total repassado aos municípios neste decêndio é cerca de 8% maior do que o transferido no mesmo período do ano passado. O montante da terceira parcela de junho de 2024 foi de R$ 4,7 bilhões.
O especialista em orçamento público, Cesar Lima, explica que existe um limite no valor que cada município pode receber do FPM. Esse teto é calculado por um coeficiente percentual que varia de acordo com vários fatores.
“O limite é aquele coeficiente dado por vários fatores, entre renda per capita, IDH, entre outros. Para alguns municípios, o FPM é praticamente a única receita que o município tem, tirando algumas outras coisas pequenas, como o IPTU. Devido ao seu baixo dinamismo econômico, ele necessita, sobrevive praticamente de FPM.”
O FPM surgiu em 1966. Desde o início, os recursos do fundo vêm da arrecadação da União com o Imposto de Renda (IR) e com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Inicialmente, os municípios recebiam 10% da arrecadação federal desses tributos, percentual que subiu gradualmente, até chegar aos 22,5%, em 1993.
Por 14 anos esse foi o percentual da arrecadação federal transferido aos municípios. Em 2007, 2014 e 2021, emendas adicionaram mais recursos, que este ano totalizam 25%.
O repasse dos recursos do IR e do IPI para o FPM ocorre a cada decêndio, ou seja, de dez em dez dias. Do total do fundo, 10% são destinados para as capitais, 86,4% para os municípios do interior e 3,6% para os municípios da reserva, que são aqueles do interior que possuem população acima de 142.633 habitantes.
Entre janeiro e março de 2025, o Brasil registrou a abertura de 1.407.010 pequenos negócios. É o que revela levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O destaque foi para a categoria de microempreendedores individuais (MEIs), que correspondem a 78% do total.
Nos três primeiros meses deste ano, a quantidade de MEIs no país aumentou 35%, em relação ao mesmo período de 2024. Já as micro e pequenas empresas tiveram um salto de 28%. Segundo o governo federal, o crescimento é impulsionado, entre outros fatores, por iniciativas de estímulo ao empreendedorismo, como linhas de crédito que facilitam a captação de recursos financeiros por esses profissionais.
Entre elas está o Programa Acredita no Primeiro Passo, previsto na Lei 14.995, de 2024. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), pelo menos 30 mil micro e pequenos empreendedores do Norte e do Nordeste inscritos no CadÚnico já foram beneficiados durante a fase experimental. Desse total, 60% são mulheres.
Entre as instituições financeiras que contribuem com esta ação está o Banco da Amazônia, que oferece linhas de crédito com juros mais baixos para clientes que vivem em estados como o Pará e Rondônia, por exemplo. Além dessa linha específica, o Banco também atua com outros financiamentos semelhantes, como o BASA Acredita Rural e o BASA Acredita Urbano.
No primeiro caso, a taxa de juros é de 0,5% ao ano, com um bônus de adimplência de 25% ou 40% sobre cada parcela da dívida paga até a data do vencimento. Já o prazo para pagamento é de até dois anos. O limite de crédito é de até R$ 15 mil.
Quanto ao programa BASA Acredita Urbano, o Banco da Amazônia oferta um financiamento voltado para grupos de empreendedores ou indivíduos com renda anual bruta de até R$ 360 mil.
As atividades financiadas pelo BASA Acredita Urbano são as seguintes:
Vale destacar que, nesse caso, é levada em conta a Taxa de Abertura de Crédito (TAC) de 3% sobre o valor do crédito concedido e juros de 2,74% ao mês.
Sobre o investimento em grupo solidário ou individual, o limite varia de R$ 300 a R$ 6 mil na primeira operação. A condição é a mesma para capital de giro em grupo solidário ou individual. Nos dois casos, as operações subsequentes poderão ter incrementos progressivos de até R$ 21 mil.
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O Programa Basa Acredita funciona por meio de uma parceria entre o Banco da Amazônia e a AmazonCred. Segundo o gerente executivo de microcrédito do Banco da Amazônia, Esmar Prado, o projeto conta com uma equipe capacitada e visa facilitar o desenvolvimento do trabalho dos pequenos empreendedores.
“Cerca de 70% dos empreendedores atendidos pelo programa conseguiram aumentar sua renda familiar e a do negócio atendido, retirando-se, em muitos casos, da condição de pobreza extrema. Além disso, dois terços desses clientes são mulheres, chefes de família, que acabam realizando o sonho de proporcionar uma vida melhor para a família, para os filhos e para si próprias”, afirma.
Os financiamentos de microcrédito do Banco da Amazônia também contam com uma linha individual complementar voltada para quem já é cliente do banco na modalidade de microcrédito em grupos solidários. É o BASA Acredita FNO.
Para ter acesso a esse formato, é necessário que a pessoa interessada tenha quitado em dia o crédito na modalidade de grupos solidários, que envolve de três a dez empreendedores, e o limite de crédito é de até R$ 6 mil.
Com o intuito de atender à Lei 13.636, as operações dessa modalidade são realizadas 100% de forma digital, em parceria com a instituição que opera o microcrédito para o Banco da Amazônia.
Caso você já seja cliente especial do Programa BASA Acredita, pode baixar o app BASA Acredita clicando aqui.
Ainda dentro do pacote de microcrédito do Banco da Amazônia, uma linha de financiamento é dedicada a mulheres empreendedoras que atuam na Amazônia. Por meio do BASA Acredita pra elas - como é denominado o programa - a ideia é contribuir para o fortalecimento desses projetos.
A iniciativa é voltada para os seguintes públicos:
Nessa linha específica, a taxa de juros, tanto para investimentos quanto para capital de giro, é de 2,64% ao mês. Já o prazo para investimento é de até 24 meses, com 2 meses de carência. Em relação ao capital de giro, o prazo é de até 12 meses, sem carência.