Ensino Técnico e Profissional

22/07/2025 04:25h

Nova chamada da Aliança Educacional 2025 busca iniciativas com soluções em IA, realidade imersiva, simuladores e laboratórios virtuais

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O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) lançou uma nova edição da chamada Aliança Educacional, que vai investir até R$ 2 milhões em projetos inovadores de educação profissional. Startups brasileiras de base tecnológica, em parceria com unidades da instituição, poderão submeter propostas até o dia 8 de setembro, por meio da Plataforma Inovação para a Indústria.

A iniciativa tem como foco tecnologias educacionais emergentes, como simuladores industriais, laboratórios remotos, inteligência artificial e ambientes imersivos, capazes de transformar o ensino técnico e superior, conectando ainda mais os estudantes com as exigências do mercado de trabalho.

Aliança Educacional: Inovação que transforma a aprendizagem

Para a coordenadora do Instituto SESI SENAI de Tecnologias Educacionais, Juliana Gavini, a iniciativa reforça o compromisso histórico do SENAI com a modernização da educação. “O SENAI tem mais de 80 anos de história e sabe a importância de continuar a inovar. Um programa como a Aliança Educacional tem um papel muito interessante de trazer os parceiros, trazer as startups que estão com novas ideias. A gente é uma grande rede, sabe que tem diversos desafios e certamente a inovação aberta é um caminho muito interessante para acelerar esse processo, buscar soluções de mercado e estabelecer parcerias duradouras e sólidas”, avalia.

Juliana destaca que o ciclo 2025 da chamada tem um desafio central de ampliar o desenvolvimento de competências industriais por meio de soluções tecnológicas aplicadas diretamente à prática profissional. Entre as prioridades estão simuladores, laboratórios virtuais, kits didáticos, games e desenvolvimento de hardware para educação. “A gente quer aplicações em vários setores industriais. Antes da prática profissional, dentro da operação industrial, é importante que esse aluno desenvolva as competências necessárias para essas atividades. E isso acontece dentro do espaço do curso, dentro do desenvolvimento técnico que ele vai construir ao longo da sua jornada formativa”, afirma.

Aliança Educacional 2025: Tecnologias inovadoras

A chamada contempla cinco frentes tecnológicas:

  • Simuladores industriais: recriam ambientes como linhas de produção, painéis de soldagem ou operações elétricas para que o aluno possa treinar em situações realistas, mas com segurança e menor custo;
  • Laboratórios remotos: permitem a realização de experiências práticas via internet, ideal para cursos a distância ou híbridos;
  • Jogos educacionais e gamificação: combinam aprendizagem e interatividade para aumentar o engajamento;
  • Realidade aumentada e virtual: simulações imersivas em 3D que trazem o “chão de fábrica” para dentro da sala de aula;
  • Soluções figitais: integração entre recursos físicos e digitais para melhorar a experiência do aluno.

Aliança Educacional: uso de IA para mapear competências

Um exemplo prático de projeto contemplado na edição anterior da chamada é o “Trilha de Formação Profissional para a Indústria 4.0” da CertifikEDU, startup mineira de microcertificações com blockchain e inteligência artificial. A iniciativa foi desenvolvida em parceria com o SENAI Centro 4.0, em Minas Gerais, e usa inteligência artificial para identificar quais competências faltam aos alunos de cursos técnicos.

“O apoio que o SENAI tem nos dados como startup, para estruturarmos também, pensarmos o modelo de negócio, a forma de atuação, é também um momento de mentoria, um momento de orientação, que nos ajuda a acreditar e investir no nosso desenvolvimento”, afirma Luciano Sathler, CEO da CertifikEDU.

A plataforma da startup cruza dados dos programas dos cursos com o desempenho dos alunos para sugerir trilhas de formação personalizadas, como cursos livres ou de formação inicial e continuada (FIC), também oferecidos pela instituição. “O foco são cursos técnicos e os resultados que nós temos tido até agora já passaram pela primeira entrega, criar o relatório de UX - User Experience, User Interface e nós já estamos trabalhando todo o desenvolvimento para melhorar a plataforma, tendo em vista as observações do nosso público-alvo, especialmente adolescentes, jovens e adultos que buscam também ‘pivotar’ a sua carreira”, completou Sathler.

O CEO reforça que programas como a Aliança Educacional são essenciais para fomentar o ecossistema de inovação no Brasil. “Ser um programa de inovação aberta tem um fundamento, que é valorizar o que nós temos no Brasil e dar espaço para que empreendedores brasileiros possam crescer nesse universo fantástico”, pontua.

Aliança Educacional 2025: Como participar

A chamada está aberta para startups de todo o país, desde que associadas a uma unidade do SENAI. A seleção será dividida em quatro etapas, com previsão de até oito projetos contemplados. Além do recurso para o desenvolvimento dos projetos, as startups selecionadas receberão mentoria da rede SENAI, capacitação, acompanhamento estruturado e outros benefícios.

As inscrições e o regulamento geral da Aliança Educacional 2025 estão disponíveis no site da Plataforma Inovação para a Indústria, até 8 de setembro.

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14/07/2025 00:35h

As oportunidades estão distribuídas no DF e em 14 estados do Brasil, para estudantes do nível superior, ensino médio e cursos técnicos

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O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) está com 2.427 vagas de estágio abertas em todo o país, conforme levantamento quinzenal realizado pela Agência de Notícias da Indústria, em parceria com as federações das indústrias. As vagas estão distribuídas no Distrito Federal e em 14 estados, com bolsas que variam entre R$ 400 e R$ 2,2 mil, além de auxílio-transporte.

As oportunidades abrangem diferentes níveis de escolaridade, incluindo estudantes de ensino médio, cursos técnicos e graduação. Há vagas nas áreas de administração, agronomia, biologia, ciências contábeis, comunicação social, economia, engenharia, letras, pedagogia, entre outras.

Entre os estados com maior número de oportunidades, Goiás aparece em primeiro lugar, com 828 vagas abertas. Em seguida estão a Bahia, com 503 vagas, e o Distrito Federal, com 234 vagas.
Veja a distribuição por estado:

  • GO – 828
  • BA – 503
  • DF – 234
  • MS – 206
  • AL – 160
  • RN – 120
  • PE – 95
  • MA – 84
  • AM – 75
  • CE – 74
  • RS – 25
  • SE – 15
  • PB – 4
  • PA – 3
  • RR – 1

A visão do IEL Nacional

Segundo a superintendente do IEL Nacional, Sarah Saldanha, o instituto tem atuado como um parceiro estratégico da indústria para enfrentar desafios de empregabilidade. “Nós observamos o interesse crescente das empresas em formar talentos, principalmente nas áreas prioritárias da política industrial, nova indústria Brasil, como as cadeias do agronegócio, o complexo de saúde, mobilidade sustentável e transformação digital. Nossas oportunidades estão em diversas áreas e temos observado o aumento da oferta de bolsas de estágio como um sinal positivo para estudantes e empregadores interessados em desenvolver desafios da indústria”, afirma.

Sarah revela que houve um crescimento de 38% na oferta de vagas em relação ao mesmo período de 2024, reflexo direto do fortalecimento do Programa Nacional de Estágio. Segundo ela, neste ano, o IEL deve alcançar a marca histórica de 88 mil contratos de estágio administrados em todo o país. As áreas com maior demanda incluem administração, engenharia, psicologia, marketing, tecnologia da informação, pedagogia e enfermagem. 

Sobre os estados que lideram em número de vagas, ela explica que Goiás, Bahia e Distrito Federal se destacam por concentrarem polos industriais e educacionais relevantes, além da forte atuação das regionais do IEL, que mantêm diálogo próximo com empresas e instituições de ensino.

Formação com propósito

O programa de estágio do IEL vai além da intermediação de oportunidades. De acordo com a superintendente, ele se destaca por oferecer acompanhamento individualizado, plataforma exclusiva de conexão e trilhas de formação focadas nos desafios da indústria, como inteligência artificial e transição energética.

“O IEL realiza, em todo o país, um acompanhamento completo. Desde o momento em que a empresa identifica uma necessidade de vaga de estágio, apoiando a empresa a desenhar o perfil desse estagiário. Vamos às instituições de ensino e identificamos o perfil que está sendo formado. Na sequência, trabalhamos o processo de recrutamento e seleção desses estagiários, fazendo o encontro entre empresa e candidato”, destaca Sarah. Ao final do processo, estudantes e empresas ainda podem ter seus projetos reconhecidos no Prêmio IEL de Talentos,  uma tradicional premiação realizada pelo instituto anualmente.

Da sala de aula ao mercado

Estudante do ensino médio técnico em redes de computadores no SESI de Goiânia, Pedro Ferreira, 17 anos, é um dos jovens que aproveita a oportunidade oferecida pelo IEL. Ele está no estágio desde abril de 2024, na área de desenvolvimento gerencial, e valoriza todo o conhecimento que adquire com a experiência. “O estágio é algo que realmente faz diferença quando você se dispõe a querer aprender, porque não tem como pré-requisito você já ter tido experiência em algum lugar, o pessoal realmente está disposto a te ensinar. Então, é algo que eu acho fundamental para alguém que está buscando a primeira oportunidade”, avalia.

Para o IEL, investir na formação de estagiários é semear a liderança do futuro. “O IEL tem o papel de formar novas competências para que consigamos pensar em um profissional que atuará no mercado, preferencialmente, no segmento industrial e poderá crescer na sua carreira, sendo o líder do futuro”, diz Sarah.

Ela ressalta ainda que as empresas ganham ao integrar aos seus times talentos com visão atualizada, criatividade e disposição para aprender. “Os estagiários trazem às empresas uma visão atual, criativa, sobre as novas tecnologias e sobre como aplicar esses conhecimentos a partir de uma perspectiva acadêmica e vivencial. Da outra parte, a empresa traz para esse estagiário um ambiente propício para que ele experimente, experiencie seus conhecimentos na prática”, pontua. 

Como participar

Os estudantes interessados nas oportunidades de estágio devem acessar o site do IEL em seu estado ou o portal nacional para consultar as vagas disponíveis e realizar o cadastro. Todas as oportunidades são remuneradas, com jornadas flexíveis e acompanhamento de tutores nas empresas.

Clique aqui para cadastrar o seu currículo.

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09/08/2024 03:00h

Pesquisa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) mostra que 42% dos brasileiros de 14 a 24 anos tem pouco conhecimento sobre educação profissional. Representante do Senai e técnica em administração e enfermagem apontam benefícios do curso técnico para a carreira profissional.

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Mesmo nos períodos de decisões sobre o futuro e a carreira, muitos jovens ainda desconhecem a educação profissional, que é uma formação rápida, seja técnica ou de qualificação, que contribui para a entrada no mercado de trabalho. Uma pesquisa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) mostrou que 42% dos brasileiros de 14 a 24 anos conhecem pouco ou nada a respeito da formação técnica. 

Entre os mais novos, de  14 a 17 anos, o desconhecimento é ainda maior, chegando a 52%. Já aqueles que têm até o ensino fundamental o percentual chega a 62%.

O superintendente de Educação Profissional e Superior do Senai, Felipe Morgado, avalia como um desafio o cenário em que tantos jovens conhecem pouco o ensino profissionalizante. Segundo ele, a educação profissional aumenta as chances desse grupo conseguir um emprego.

“Esse é um desafio, apresentar para a sociedade, principalmente para os jovens, o quanto a educação profissional é o acesso mais rápido ao mercado de trabalho e o quanto ela ajuda a crescer na carreira, a aprender a aprender e a se desenvolver”, afirma Morgado.

Apesar do desconhecimento, há boa avaliação

A pesquisa revelou, ainda, que apenas 29% dos jovens afirmam que frequentam ou já frequentaram algum curso profissionalizante. Desse total, 75% deles consideraram a experiência como ótima ou boa. Entre aqueles que têm de 22 a 24 anos, a aprovação chega a 89%. 

Já 95% dos jovens ouvidos pela pesquisa avaliam o curso profissionalizante importante para alcançar seus objetivos de vida. É o caso da técnica em administração e em enfermagem, Bianca Jost, 22 anos, moradora do município de Três de Maio (RS). 

Enquanto fazia a formação técnica na área administrativa, aos 16 anos, ela ainda estava no ensino médio. O curso teve duração de 1 ano e meio e, durante a formação, teve a experiência de aplicar os conhecimentos numa empresa parceira do Senai. Para Bianca, ambas as formações técnicas foram cruciais tanto para o seu desenvolvimento pessoal e profissional, quanto para conseguir um emprego.

“Minhas experiências, tanto com o curso técnico em administração, que eu fiz concomitante com ensino médio, bem cedo, quanto com o curso técnico em enfermagem, que foi um pouco mais tarde, foram muito boas, serviram para eu criar habilidades de comunicação nessas áreas. Foi super importante me comunicar, criar essa aptidão para tomar decisões, sabe, de me impor, de trabalhar em equipe. Ambas foram muito boas para mim, só trouxeram benefícios”, conta Bianca.

O representante do Senai, Felipe Morgado, aponta o potencial da educação profissional para a carreira dos jovens. "Se o futuro do trabalho está em transformação, a educação profissional é o melhor caminho para que os jovens possam se inserir no mercado de trabalho e ter sucesso profissional."

Interesse pelo ensino técnico

Apesar da falta de conhecimento sobre os cursos, os jovens participantes da pesquisa do Senai demonstram curiosidade e vontade de cursar a modalidade. Confira os percentuais:

  • 56% se interessam pela formação técnica (de 14 a 24 anos);
  • 62% demonstraram interesse (de 14 a 17 anos); 
  • 57% dos que estudam em escola pública e 48% da privada 

O estudante Jhonatan Kallil Bernabé, 17 anos, de Ji-Paraná (RO), conhece os cursos profissionalizantes ofertados na região onde mora e já pensou em cursar. Agora, a ideia não faz sentido para ele, que sonha em seguir carreira acadêmica. 

“Quando eu estava entrando no ensino médio, eu pensei na possibilidade e no Senai, quando eles passaram na minha escola falando sobre os cursos, quando eu ainda não sabia a área específica que eu queria seguir. Estou u vi uma oportunidade de já sair do ensino médio com um passo na frente já, com alguma especialização, que seria mais fácil para mim, que já teria alguma porta aberta depois”, diz Jhonatan.

Hoje, a partir da observação da ascensão profissional de amigos após ingressarem no ensino técnico, Jhonatan avalia a modalidade de educação técnica como uma porta de entrada para o mercado de trabalho.

“Os meus amigos que cursaram falaram que foi muito interessante e, por trabalharem em uma empresa, eu vejo que muitas pessoas fizeram o curso técnico e continuaram seguindo, especializando, fazendo a graduação, fizeram as especializações na área do curso técnico, então eu vejo que é uma porta de entrada muito boa para o mercado de trabalho”, destaca o estudante.

A pesquisa de opinião do Senai ouviu 2007 jovens de 14 a 24 anos de todo o país, sendo uma amostra representativa do território nacional.

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