Na última quarta-feira, 18 de junho, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou oficialmente à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) o fim do vazio sanitário no país. O período de 28 dias livre do vírus segue a previsão estipulada em protocolos internacionais. Dessa forma, o Brasil pôde se autodeclarar livre da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP).
O marco zero ou período de vazio sanitário começou dia 22 de maio, logo após a conclusão da desinfecção da granja localizada em Montenegro (RS). No dia 16 de maio, o local registrou o primeiro e único foco da doença em granja comercial no país.
Segundo o Mapa, com o encerramento do prazo e sem novas ocorrências da doença, o país finalizou todas as ações sanitárias exigidas – o que resultou na recuperação de status de livre da doença.
Conforme a pasta, o processo de notificação à OMSA é conduzido de forma técnica e transparente pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Todas as etapas do processo, desde a notificação do foco, ao início do vazio sanitário, até a autodeclaração de ar livre da doença, foram registradas.
Em nota, o Mapa informou que, com o fim do período de vazio sanitário, está notificando os países que impuseram restrições temporárias às exportações de produtos avícolas brasileiros. O objetivo é restabelecer o comércio internacional o mais breve possível.
O quinto foco de vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) no Brasil foi detectado em uma criação de aves domésticas de subsistência no município de Santo Antônio da Barra (GO). A confirmação foi feita pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), na última sexta-feira (13).
Em nota, o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, afirmou que a confirmação da doença no local não afeta o status sanitário do Brasil diante da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) – já que não envolve aves comerciais. O resultado positivo para H5N1 no município goiano, segundo ele, também não compromete as exportações de carnes e ovos.
Conforme o Plano Estadual de Contingência para a Influenza Aviária, a Agrodefesa já deu início à operação de contenção do vírus no local com um Grupo Especial de Emergência Zoossanitária, com apoio de setores como segurança pública, Defesa Civil e prefeitura do município afetado.
Entre as ações emergenciais estão a implantação de vigilância no raio de dez quilômetros ao redor do foco, com monitoramento intensivo do trânsito de aves, ovos e materiais avícolas. As ações também envolvem a suspensão temporária de feiras e exposições com aves vivas nas regiões afetadas.
Além do Centro de Operações de Emergência Zoossanitária (Coezoo), o Governo de Goiás, por meio da Agrodefesa, também segue com a atuação de equipes em cerca de 180 propriedades, com instalação de barreiras sanitárias.
A notificação da suspeita da gripe aviária na propriedade foi feita à Agrodefesa no dia 9 de junho. Houve a morte de cerca de 100 galinhas, que apresentaram sintomas como asas caídas, secreção nasal, dificuldade respiratória e apatia. Conforme nota da Agência, a atuação foi imediata após a notificação de suspeita.
Confira os focos em andamento de H5N1 no país:
Já o município de Montenegro (RS), que registrou o primeiro caso de gripe aviária do Brasil em propriedade comercial, segue em período de vazio sanitário de 28 dias – prazo que deve seguir até 18 de junho.
O chamado “marco zero” do ciclo de 28 dias de observação é previsto nos protocolos internacionais. Isso significa que, caso não sejam registrados novos focos nesse período, o Brasil poderá se autodeclarar livre da doença naquela região.
O país investiga sete casos suspeitos de gripe aviária (H5N1), sendo seis em criações de aves domésticas em Parauapebas (PA), Cedro (CE), Novo Cruzeiro (MG), Sacramento (MG), São Joaquim de Bicas (MG) e Terenos (MS). Em São Valentim (RS), a investigação ocorre em um animal silvestre.
Os dados constam no painel de monitoramento de síndromes respiratórias e nervosas em aves, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), atualizados na última segunda-feira (16).
O Mapa reiterou, em nota oficial, que “o consumo de carne de aves e de ovos não apresenta risco para a saúde”.
Em relação às restrições temporárias impostas às exportações brasileiras de carne de aves em função da detecção de IAAP no município de Montenegro (RS), até o momento, o Brasil suspendeu a exportação de carne de aves para 21 países.
Na atualização mais recente, as restrições do México se limitam ao estado do Rio Grande do Sul (RS).
Já a Mauritânia anunciou a suspensão das importações de carne de frango de todo o território nacional. Por sua vez, Omã passou a suspender as compras do RS.
Confira como as suspensões estão distribuídas
Um quarto foco de vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) no Brasil foi detectado em uma criação de aves domésticas de subsistência no município de Campinápolis (MT). O anúncio foi feito pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no domingo (8). Segundo a Pasta, o consumo e a exportação de produtos avícolas permanecem seguros.
Conforme o Mapa, o Serviço Veterinário Oficial interditou a propriedade e coletou amostras para análise em laboratório que deram positivo para gripe aviária. Ainda no domingo (8) foram iniciadas as medidas de erradicação, bem como as ações de vigilância, que ocorrem num raio de 10 km ao redor do foco.
O Mapa afirma que, no raio estipulado, não existem estabelecimentos avícolas comerciais.
Além disso, a Pasta informou que a confirmação do caso em Mato Grosso não altera o período de vazio sanitário de 28 dias na área em Montenegro (RS) – onde foi confirmado um foco de gripe aviária em um matrizeiro de aves comerciais.
Confira os focos em andamento de H5N1 no país:
O país ainda investiga 11 casos suspeitos de gripe aviária (H5N1), sendo cinco em criações de aves domésticas em Itaituba (PA), Nova Cruz (MG), Alegre (ES), Caçador (SC) e Viamão (RS). Em Eldorado dos Carajás (PA), a investigação ocorre em uma criação doméstica para subsistência.
Os dados constam no painel de monitoramento de síndromes respiratórias e nervosas em aves, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), atualizados na última segunda-feira (9).
O Mapa reiterou, em nota oficial, que “o consumo de carne de aves e de ovos não apresenta risco para a saúde”.
Quanto às restrições temporárias impostas às exportações brasileiras de carne de aves por causa da detecção de IAAP no município de Montenegro (RS), até o momento o Brasil suspendeu a exportação de carne de aves para 24 países.
O Kuwait suspendeu a importação de carne de frango de todo o país. Já a Macedônia do Norte ampliou a restrição do estado do Rio Grande do Sul para todo o território nacional. Em contrapartida, a Namíbia flexibilizou a medida, com restrição apenas ao estado do Rio Grande do Sul.
Confira como as suspensões estão distribuídas
Segundo o Mapa, a Pasta segue em articulação com as autoridades sanitárias dos países importadores com a prestação ágil e transparente de todas as informações técnicas necessárias sobre o caso.
O número de países que adotaram restrições à importação de carne de aves do Brasil chegou a 21. A informação foi anunciada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), nesta quarta-feira (4).
As medidas foram tomadas devido à detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade no município de Montenegro (RS).
Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (4), o ministro Carlos Fávaro, afirmou que esse foco foi contido e que a doença não se espalhou para fora da granja. "Esse vírus é tão letal que, em 4 ou 5 dias, não sobrevive um animal. Se não tem animal morrendo, o foco foi contido", disse.
O caso em Montenegro foi registrado há 3 semanas e apontado com o primeiro identificado em uma granja comercial no Brasil. A gripe aviária chegou ao país em 2023 e, até maio deste ano, só havia atingido aves silvestres e de criação doméstica.
De acordo com a Pasta, ainda há uma articulação com as autoridades sanitárias das nações importadoras, com disponibilidade de informações técnicas necessárias sobre o caso. O Ministério também pontua que o consumo de carne de aves e de ovos não apresenta risco para a saúde.
Ainda segundo o ministério, há um novo caso suspeito em uma granja comercial que está sendo investigado, em Teutônia, também no estado gaúcho. Outras três suspeitas foram descartadas. Elas estavam localizadas em Ipumirim (SC), Aguiarnópolis (TO) e Anta Gorda (RS).
No último dia 3, foi confirmado um caso de gripe aviária em uma espécie de pato no zoológico de Brasília. O ministro, porém, disse que não existe motivo para alarde com relação a esse foco.
Desde o início de 2025, 451 suspeitas foram investigadas. Cinco casos foram confirmados. Dois deles em Montenegro, dois em aves de zoológicos, em Brasília e em Sapucaia (RS); e um em Mateus Leme (MG).
O país ainda investiga 12 casos suspeitos de gripe aviária (H5N1), sendo um em uma granja comercial em Anta Gorda (RS). Os dados constam no painel de monitoramento de síndromes respiratórias e nervosas em aves, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), atualizados na última segunda-feira (2).
O painel aponta que há dois casos em andamento – em um zoológico de Sapucaia do Sul (RS) e outro na cidade de Mateus Leme (MG). Ambos são de animais silvestres.
Os outros focos que estão sob investigação foram registrados em produções domésticas nos estados do Ceará, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal.
Confira os municípios com animais domésticos sendo investigados:
Já as investigações em andamento que envolvem aves silvestres estão localizadas em Belo Horizonte (MG), Santo Antônio do Monte (MG) e Brasília (DF).
Os casos que estavam sendo investigados em granjas comerciais em Aguiarnópolis (TO) e Ipumirim (SC) foram descartados pelo ministério.
O Mapa anunciou que o serviço veterinário oficial concluiu a desinfecção da área afetada em Montenegro (RS) – onde foi confirmado um foco de H1N5. Dessa forma, o período de 28 dias de vazio sanitário no local teve início em 22 de maio.
O chamado “marco zero” do ciclo de 28 dias de observação é previsto nos protocolos internacionais. Isso significa que, caso não sejam registrados novos focos nesse período, o Brasil poderá se autodeclarar livre da doença naquela região.
No último dia 27 de maio, em audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o foco de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro (RS) está contido.
Conforme o Estadão, o Brasil notificou à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) sobre a conclusão da política de erradicação, que está prevista no Plano Nacional de Contingência para Influenza Aviária, na granja comercial onde a doença foi detectada – em Montenegro (RS).
O Mapa reiterou, em nota oficial, que “o consumo de carne de aves e de ovos não apresenta risco para a saúde”.
O Mapa atualizou as restrições temporárias impostas às exportações brasileiras de carne de aves em função da detecção de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro (RS). Até o momento, o Brasil suspendeu a exportação de carne de aves para 24 países.
O Kuwait suspendeu a importação de carne de frango de todo o território nacional. Já a Macedônia do Norte ampliou a restrição do estado do Rio Grande do Sul para todo o Brasil. Em contrapartida, a Namíbia flexibilizou a medida, com restrição apenas ao estado do Rio Grande do Sul.
Confira como as suspensões estão distribuídas
Em nota, a Pasta afirmou que segue em articulação com as autoridades sanitárias dos países importadores com a prestação ágil e transparente de todas as informações técnicas necessárias sobre o caso. “As ações adotadas visam garantir a segurança sanitária e a retomada segura das exportações o mais breve possível”, diz o Mapa.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontou, em nota oficial, que a confirmação de gripe aviária no país deixa produtores de carne de frango em estado de alerta. A instituição afirma que entre as principais preocupações está o risco do prolongamento das suspensões das exportações brasileiras da carne de frango, além da possibilidade do surgimento de novos casos da doença.
O Centro de Pesquisas reforçou que a cadeia avícola nacional, com apoio dos setores públicos e privados, têm condições de controlar a situação sanitária de forma rápida. Além disso, o Cepea afirmou que há capacidade de negociar a retomada e a flexibilização dos embarques com seus principais parceiros comerciais, com vistas a reduzir os impactos sobre a cadeia produtiva.
Em nota compartilhada no último dia 22, o Cepea informou que a conformação de gripe aviária em granjas comerciais no Brasil aumentou a cautela dos operadores dos setores de carnes e de grãos. Um levantamento do Cepea revelou que, após uma semana de confirmação, o mercado interno da carne de frango não evidenciou desarranjo da oferta.
Entre 15 a 20 de maio, o frango resfriado no atacado da Grande São Paulo se desvalorizou 1% – o que seria típico para o período. Em relação aos suínos, houve manutenção do ritmo leve de queda. Já a cotação da carcaça casada bovina teve um alto recuo, de 3,7%, no atacado da Grande São Paulo.
Em nota, o Cepea informou que pesquisadores do Centro apontam que atacadistas destacam que as vendas da carne bovina estão fracas no início desta segunda quinzena de maio, “mas a desvalorização dos cortes e também a pressão exercida por frigoríficos nas compras de novos lotes de animais "sinalizam que o mercado pecuário está refletindo de forma intensa os impactos de eventual aumento da oferta interna de carne de frango”, diz um trecho da nota.
No último dia 23, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que novos países adotaram restrições à importação de carne de aves brasileira, em função da detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro (RS).
Com isso, três novos mercados - Albânia, Namíbia e Índia - anunciaram a suspensão das importações de todo o território brasileiro. Já Angola decidiu restringir as compras apenas do estado do Rio Grande do Sul.
Confira a situação atual das exportações:
O Mapa reiterou, em nota, que o consumo de carne de aves e de ovos não apresenta risco para a saúde.
Desde a confirmação do primeiro caso de gripe aviária (H5N1) em uma granja comercial no Brasil, em Montenegro (RS), apenas um segundo caso foi confirmado em um zoológico de Sapucaia do Sul (RS). O país ainda investiga 12 casos suspeitos, sendo dois em granjas comerciais – em Aguiarnópolis (TO) e Ipumirim (SC). Os outros sete focos foram registrados em produções domésticas e de subsistência nos estados do Ceará, Pará, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
Com relação aos dois casos suspeitos em granjas comerciais de Aguiarnópolis (TO) e Ipumirim (SC), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou, em nota, que as investigações das amostras coletadas nestas granjas seguem em andamento.
Segundo o ministério, as análises iniciais apontaram para resultados com baixa carga viral ou possível degradação do material genético viral – o que inviabilizou o sequenciamento direto do vírus. A Pasta explicou que, para estes casos, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em São Paulo (LFDA), referência no país para a doença, adotou o protocolo previsto pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Com isso, as amostras estão sendo inoculadas em ovos embrionados com o intuito de isolar o patógeno e aumentar a quantidade de material genético disponível para realizar provas complementares, conforme preveem os protocolos. O ministério informou, ainda, que o mesmo procedimento já foi adotado em 33 amostras suspeitas ao longo do último ano em 1.529 amostras analisadas, o que representa cerca de 2,2% do total.
“Todas as etapas estão sendo conduzidas com rigor técnico, de acordo com os padrões internacionais, e seguem como prioridades da defesa agropecuária brasileira”, diz um trecho da nota.
Confira os municípios que possuem produções domésticas e de subsistência com investigação de casos em andamento:
Também há três casos suspeitos em investigação envolvendo animais silvestres em três estados, nos municípios de Castelo (ES), Ilhéus (BA) e Icapuí (CE).
Os dados constam no painel de monitoramento de síndromes respiratórias e nervosas em aves, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), atualizados na última sexta-feira (23).
O Mapa anunciou que o serviço veterinário oficial concluiu a desinfecção da área afetada em Montenegro (RS) – onde foi confirmado um foco de H1N5. Dessa forma, começou na quinta-feira (22) o período de 28 dias de vazio sanitário.
O chamado “marco zero” do ciclo de 28 dias de observação é previsto nos protocolos internacionais. Isso significa que, caso não sejam registrados novos focos nesse período, o Brasil poderá se autodeclarar livre da doença naquela região.
O Mapa tem seguido o Plano de Contingência com ações para prevenir, controlar e impedir a disseminação do vírus no país. A Pasta declarou situação de emergência zoossanitária da gripe aviária no município de Montenegro (RS) por 60 dias. A situação sanitária é válida para um raio de 10 km em torno do foco de detecção da doença.
O Ministério da Agricultura e Pecuária informou em nota que, no raio de 10 km da granja afetada, 540 estabelecimentos rurais foram identificados – dentre os quais, além da granja do foco, mais dois atuam com avicultura comercial. Segundo o Mapa, todos os estabelecimentos já foram vistoriados.
Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) reforçaram que a situação não representa risco ao consumidor final. O Mapa também reiterou, em nota oficial, que “o consumo de carne de aves e de ovos não apresenta risco para a saúde”.
O Mapa atualizou as restrições temporárias impostas às exportações brasileiras de carne de aves em função da detecção de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro (RS). Até o momento, o Brasil suspendeu a exportação de carne de aves para 20 países.
A Rússia, Bielorrússia, Armênia e Quirguistão retiraram a suspensão do país todo e reduziram a restrição geográfica para o estado do Rio Grande do Sul.
Em nota, a Pasta afirmou que segue em articulação com as autoridades sanitárias dos países importadores com a prestação ágil e transparente de todas as informações técnicas necessárias sobre o caso. “As ações adotadas visam garantir a segurança sanitária e a retomada segura das exportações o mais breve possível”, diz o Mapa.
Confira como as suspensões estão distribuídas
Após o Brasil registrar o primeiro caso de gripe aviária (H5N1) em uma granja comercial em 15 de maio, em Montenegro (RS), houve outra confirmação em um zoológico de Sapucaia do Sul (RS). O país ainda investiga seis casos suspeitos, sendo dois em granjas comerciais – um no Tocantins e outro em Santa Catarina. Os outros focos foram registrados em produções domésticas e de subsistência nos estados do Ceará, Pará e Rio Grande do Sul.
Os dados constam no painel de monitoramento de síndromes respiratórias e nervosas em aves, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), atualizados nesta quarta-feira (21).
Em coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira (19), o ministro do Mapa, Carlos Fávaro, destacou o esforço do governo federal na contenção dos casos. Além disso, ressaltou a robustez do sistema sanitário – com o recebimento de possíveis casos, e investigação, além da transparência dos dados no enfrentamento da gripe aviária. Para ele, a transparência é essencial para preservar a credibilidade das exportações brasileiras de produtos avícolas.
“Agentes do Ministério da Agricultura, dos estados e dos municípios recebem o alerta. A pessoa fala: "Tem um animal doente aqui". Então, a gente vai lá e com total transparência a gente coloca no sistema. É exatamente aí que tem a robustez. E por isso vamos conseguir ganhar credibilidade, pela transparência que estamos conduzindo e vamos sempre conduzir. Ao fazer dessa forma, o mercado, o sistema, vai confiar que o processo foi feito com total transparência. E quando chegar o momento de atestarmos, de novo, que o Brasil está livre de gripe aviária, o mercado vai ter essa confiança, porque acompanhou passo a passo o modelo e a transparência”, afirmou Fávaro.
O ministro Fávaro também destacou o chamado “marco zero” do ciclo de 28 dias de observação previsto nos protocolos internacionais, que deve começar quinta-feira (22). Caso não sejam registrados novos focos nesse período, o Brasil poderá se autodeclarar livre da doença naquela região.
O Mapa tem seguido o Plano de Contingência com ações para prevenir, controlar e impedir a disseminação do vírus pelo país. A Pasta declarou situação de emergência zoossanitária da gripe aviária no município de Montenegro (RS) por 60 dias. A situação sanitária é válida para um raio de 10 km em torno do foco de detecção da doença.
Conforme o Mapa, até 18 de maio, a expectativa era de atingir 100% das vistorias em propriedades da área perifocal, com raio de 3 km de onde se declarou emergência. No dia 18 de maio, portanto, na área de vigilância – que corresponde a 7km a partir do raio de 3km –, 238 de 510 propriedades haviam sido vistoriadas.
Na propriedade de Montenegro (RS) houve o descarte de todas as aves e de seus ovos, além de realização de limpeza e desinfecção de todas as instalações. Além disso, o Mapa informou, em nota oficial, que os ovos provenientes da propriedade de foco foram completamente rastreados para destruição. Foram implementadas, ainda, barreiras sanitárias, sendo sete de bloqueio de trânsito de animais e seis de desinfecção.
“O Mapa, por fim, esclarece que investigações de suspeitas são rotina na atividade da Defesa Agropecuária e que em casos onde emergências são declaradas o sistema fica sensibilizado e o número de investigações tende a aumentar em um primeiro momento, o que reforça a robustez do sistema de Defesa Agropecuária do Brasil, que atende e trata todas as investigações com eficiência e transparência”, informa o ministério em nota oficial.
De acordo com informações da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, o consumo de carne de aves e ovos armazenados em casa ou em pontos de venda é seguro – tendo em vista que a doença foi detectada em uma granja de reprodução. Segundo a secretaria, não há restrição de consumo.
Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) também reforçaram que a situação não representa risco ao consumidor final.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atualizou as restrições temporárias impostas às exportações brasileiras de carne de aves em função da detecção de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro (RS). Até o momento, o Brasil suspendeu a exportação de carne de aves para 20 países.
Confira como as suspensões estão distribuídas
Para reduzir o risco de entrada e disseminação da influenza aviária de alta patogenicidade na avicultura comercial do Brasil, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) estabeleceu novas medidas preventivas.
Essa atenção é destacada devido à ameaça iminente de reingresso da doença no território nacional, em função de novos focos de gripe aviária na América do Sul.
As medidas constam na Portaria nº 782, que suspende, em todo o país, a realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves. A ideia é prevenir a propagação da doença.
De acordo com orientações da Secretaria de Defesa Agropecuária, a ação tem como objetivo proteger a sanidade avícola, além de reduzir os efeitos que podem ser causados na cadeia produtiva do país.
O ministério pontua ainda, que, além disso, a criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior, também está suspensa em estabelecimentos registrados.
A medida foi publicada no Diário Oficial da União do último dia 27 de março, com vigor imediato e duração de 180 dias, com possibilidade de prorrogação.
Entre 2022 e 2024, o Brasil havia registrado, pelo menos, 3.130 suspeitas de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves e 166 focos do vírus da Influenza Aviária.
Os municípios que mais apresentaram focos foram São João da Barra (RJ), Vila Velha (ES), São Sebastião (SP) e Santos (SP). Nas áreas de foco, foram identificadas 163 aves silvestres com a doença e 3 aves de subsistência.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 880 casos de gripe aviária em humanos foram notificados mundialmente desde 2003, mas nenhum deles ocorreu no Brasil.
Ação preventiva visa garantir resposta coordenada e eficaz a possíveis surtos da doença no Brasil
O Brasil não possui nenhum caso confirmado de gripe aviária, mas o Ministério da Saúde (MS) já se antecipou e lançou o Plano de Contingência Nacional do Setor Saúde para Influenza Aviária. Segundo a Pasta, a iniciativa é uma ação preventiva que visa garantir resposta coordenada e eficaz a possíveis surtos da doença no país.
O documento estabelece as responsabilidades para as instâncias federal, estadual e municipal e define estratégias de organização para enfrentar emergências relacionadas à doença. As ações previstas incluem atividades integradas de vigilância epidemiológica, diagnóstico laboratorial, assistência e, ainda, comunicação em saúde.
Este ano, o MS também publicou o Guia de Vigilância da Influenza Aviária em Humanos, que traz diretrizes para o monitoramento de pessoas expostas a animais suspeitos ou confirmados com influenza aviária (IA), identificação precoce de casos suspeitos em humanos, além da implementação rápida de tratamento para evitar complicações e mortes.
Além disso, o MS também reforçou o treinamento de profissionais de saúde e estabeleceu fluxos de comunicação e articulação com outras entidades governamentais e internacionais. O objetivo é garantir que o país esteja preparado para detectar e enfrentar casos da doença, caso surjam no território.
A IA, também conhecida como gripe aviária, é uma doença infecciosa, causada pelos vírus influenza. A doença pode infectar aves e mamíferos, incluindo humanos.
Segundo o MS, quando as aves estão infectadas podem disseminar vírus através da saliva, secreções de mucosas e fezes. A infecção se dá tanto pelo contato direto, como respirar o vírus contido em gotículas ou partículas transportadas pelo ar, ou pelo contato com superfícies contaminadas por ave infectada e depois tocando os próprios olhos, boca ou nariz.
A Pasta destaca que raramente as pessoas contraem a influenza aviária, mas quando isso ocorre, geralmente é devido ao contato direto desprotegido, sem uso de equipamentos de proteção individual como luvas e máscaras, com aves infectadas.