O mês de maio para a indústria brasileira começou e terminou de maneira diferente. A produção industrial mostrou recuperação no último mês, em dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), na última terça-feira (24). O indicador indica aumento de 4,2 pontos em comparação ao mês anterior, atingindo a marca de 52 pontos, a maior do ano de 2025.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), os indicadores de expectativas da indústria apresentaram alta em junho, revertendo a queda registrada em maio.
O indicador de expectativa de demanda subiu para 55,6 pontos, sinalizando otimismo do setor. Já o indicador de compras de insumos e matérias-primas avançou para 53,9 pontos, enquanto a expectativa de exportações também cresceu, alcançando 52,5 pontos. Todos os índices permanecem acima da linha dos 50 pontos, o que indica uma percepção positiva dos empresários industriais em relação aos próximos meses.
A CNI também informou que a intenção de investimento dos empresários industriais permaneceu estável entre maio e junho, mantendo-se em 56,1 pontos. Apesar da estabilidade no mês, o índice registra uma queda acumulada de 2,7 pontos ao longo do primeiro semestre de 2025, o que indica uma postura mais cautelosa por parte do setor.
A pesquisa ouviu 1.482 empresas no total, das quais 591 são de pequeno porte, 522 de médio porte e 369 de grande porte. O levantamento foi conduzido entre os dias 2 e 11 de junho de 2025.
Por outro lado, o levantamento da CNI revelou que o emprego na indústria segue em queda. O índice que mede a evolução do número de empregados permaneceu abaixo da linha dos 50 pontos pelo terceiro mês consecutivo, alcançando 49,6 pontos em maio. Esse resultado sinaliza que, para a maioria dos empresários consultados, houve uma redução no número de trabalhadores em comparação com o mês anterior.
O desempenho abaixo dos 50 pontos reflete um ambiente de contratação ainda fraco, apesar da melhora nas expectativas para demanda e exportações. Isso pode indicar que, mesmo com sinais de recuperação à frente, os industriais ainda evitam ampliar o quadro de funcionários enquanto a confiança não se consolida.